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Capítulo 2

Author: Amarga Puff
Suspirei de alívio, achando que estava salva.

Yara, porém, soltou uma risada fria e abriu a porta com tranquilidade.

— Essa mulher está tentando seduzir o Diretor Borges, estou apenas lhe dando uma lição.

As secretárias que estavam na porta olharam para mim com desprezo:

— O Diretor Borges é tão incrível que essas mulheres sem vergonha não param de tentar seduzi-lo.

— Mas fique tranquila, Yara, você está ao lado do Diretor Borges há cinco anos, o coração dele é só seu.

Yara deu um resmungo orgulhoso: — Isso é óbvio.

Enquanto falava, lançou um olhar cheio de hostilidade para mim, que estava caída no chão, em situação deplorável, e zombou: — Algumas pessoas deveriam saber o seu lugar.

Tremendo, tentei pegar meu celular para ligar para meu marido.

De repente, o olhar de Yara ficou gelado, fixando-se no meu celular.

No segundo seguinte, o aparelho foi arrancado da minha mão.

Os olhos de Yara brilharam de ódio enquanto ela encarava a capinha do meu celular.

— Você realmente não esconde suas intenções, ainda tem a ousadia de usar uma capinha de casal com o Diretor Borges.

O celular foi lançado ao chão, despedaçando-se.

— Vagabunda!

Yara parecia uma leoa enfurecida, ela segurou meu cabelo com uma mão e desferiu vários tapas no meu rosto com a outra.

— Eu até pensei em te deixar em paz, mas agora mudei de ideia.

— Gente como você nunca aprende a não ser que leve uma boa lição.

Ela me jogou no chão como quem descarta um pano velho.

— Meninas, essa mulher tentou seduzir o Diretor Borges, que tal tirarmos a roupa dela?

As outras secretárias logo concordaram, animadas com a ideia.

Apoiada nas mãos e joelhos, tentei desesperadamente rastejar até a porta.

Uma dor aguda atravessou minha mão esquerda—Yara havia pisado nela.

A dor era insuportável e não consegui conter um grito.

As outras mulheres se aproximaram rapidamente e me seguraram.

Yara se agachou, olhando para meu rosto com crueldade e um certo prazer: — O rosto até que é bonito, mas não se preocupe, não vou marcar ele agora.

— Porque quando te despirem, vou tirar fotos e espalhar na internet.

— Se eu arranhar seu rosto, depois ninguém vai reconhecer que tipo de mulher você é, e isso não seria bom.

Tremi dos pés à cabeça, tentando proteger minha barriga, mas estava completamente imobilizada.

Yara tirou de algum lugar uma tesoura e começou a cortar minha saia de baixo para cima.

Não ousei me mover, nem gritar, com medo de que um movimento errado atingisse minha barriga.

O tempo parecia se arrastar, mergulhando-me em desespero.

Logo, minha saia foi reduzida a pedaços, expondo minha pele sensível.

— Não é à toa que você tem coragem de tentar seduzir o Diretor Borges, realmente tem algum atrativo.

Não sei quando, mas uma multidão começou a se reunir na porta.

Embora a maioria olhasse friamente, apenas assistindo ao espetáculo, um ou outro, tomado por senso de justiça, tentou intervir.

— Yara, já chega, se isso der em tragédia, nem o Diretor Borges conseguirá te defender.

Yara, porém, não parecia se importar, cutucando minha testa com suas unhas longas: — Ela é só uma empregada que quer seduzir o Diretor Borges. Como secretária do Diretor Borges, é meu dever resolver problemas ao redor dele.

A pessoa tentou argumentar, mas Yara lançou um olhar severo:

— Tem certeza de que quer ficar do lado da amante e se opor a mim, a favorita do Diretor Borges?

Diante disso, a pessoa hesitou e calou-se.

— Yara, acho que essa mulher está grávida!

De repente, uma das secretárias, mais atenta, apontou para minha barriga e gritou.

O olhar de Yara ficou ainda mais afiado, ela se aproximou em passos largos e encarou minha barriga como se quisesse perfurá-la com os olhos.

Yara riu alto, mas seu olhar era feroz, como se fosse me despedaçar no instante seguinte.

— Não adiantou nada eu me proteger de todas as oportunistas da empresa, no fim, fui enganada por uma empregadinha de cama.

— Teve coragem de engravidar do Diretor Borges. Quero ver se você vai sobreviver para dar à luz.

Ela agarrou meu cabelo, mas desta vez não foi apenas um tapa: bateu minha cabeça contra a parede.

— Morra!

— Qualquer mulher que tente roubar o Diretor Borges de mim merece morrer.

Quando se cansou de me bater, me largou no chão.

Mal tive tempo de respirar, uma dor lancinante tomou conta do meu abdômen.

Encolhi o corpo instintivamente, mas nada adiantou.

Um zumbido tomou conta dos meus ouvidos, minha visão ficou turva e o sangue quente escorreu pelo meu rosto, pingando no chão.

No último momento, antes de desmaiar, gritei:

— Eu sou a esposa de Samuel!
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