LOGINA queridinha do meu irmão me acusou falsamente de bullying. Ele, que sempre foi minha única família, acreditou nela, e furioso, me mandou para uma escola de “virtudes femininas” para me reeducar. Lá, aprendi a ser a irmã perfeita: quieta, obediente, invisível. Foi só quando ele leu meu laudo médico… que enlouqueceu. — Bea, só mais uma vez. Me chama de irmão.
View MoreQuando voltei pra casa, todos os traços da presença da Bella já tinham sido apagados. Tudo parecia exatamente como eu lembrava.Enquanto eu subia pro sótão, Caio me segurou pelo braço.— Fica no seu quarto, Bea. Eu não vou deixar você ser maltratada de novo.Segurando minha pequena bagagem, balancei a cabeça.— Qualquer lugar serve. De qualquer forma, quando eu melhorar, vou arrumar um emprego e sair daqui.O rosto de Caio mudou de imediato.— Por que sair? Essa é a sua casa.— Não é, Caio. Essa é a sua casa. Eu só quero um lugar meu. Um lugar de onde eu não possa ser expulsa a qualquer momento. Eu não quero voltar praquele lugar.Os olhos de Caio se encheram de novo. E, na minha frente, ele caiu de joelhos.— Bea, isso nunca mais vai acontecer. Eu juro. Caio promete.Pra me dar segurança, Caio me levou até o cartório e colocou a casa no meu nome. Transferiu todos os bens pra mim.Ele olhava pras marcas no meu corpo e fazia as mesmas em si mesmo.Mesmo sangrando, mesmo pálido, ele sorr
Bella nem conseguiu terminar a frase. Caio a agarrou pelo pescoço e a prensou contra a parede.O olhar dele era puro gelo. Uma fúria assassina que parecia prestes a engoli-la viva.— Não ouse falar mais nada da Bea! Sua víbora! Foi você quem pegou o colar! Você usou isso pra provocar a Bea! Foi você quem inventou que ela te empurrou!— Eu não... — Tentou dizer Bella.— Ainda tem coragem de mentir?! Eu vi as câmeras! E também o que aconteceu na formatura! A Bea nunca te empurrou. Foi tudo armação sua! Você matou a minha irmã! Assassina!Caio apertava com tanta força que Bella mal conseguia se debater.No começo ainda tentava escapar... mas logo as lágrimas escorriam dos olhos, sufocada.— Solta... eu... cof... eu sou inocente...— Eu vi com meus próprios olhos! Você ainda quer negar?! Devolve minha irmã!— Socorro! — Gritou Bella, apavorada, percebendo que Caio estava fora de controle.Se não fosse uma enfermeira que passou bem na hora e conseguiu separá-los, Caio talvez realmente teria
— Também achei o o vídeo da câmera de segurança da sua casa. Dá pra ver claramente o colar sendo jogado pela janela.Mandei gente procurar ali por perto, mas já faz dias. Não sei se ainda vai dar pra encontrar.O rosto de Caio se desfez. Ele tentava manter a calma, mas estava por um fio.— Entendi. E tem mais uma coisa... faz tempo, mas por favor, me ajuda a descobrir a verdade.Caio estava quebrado. Sentou-se no chão, sem conseguir processar tudo aquilo.Será que, naquele momento, ele pensava no que me faltou no último instante?Apenas uma frase. “Eu acredito em você.”Mas ele não disse. E foi essa ausência que me empurrou no fim.Caio ficou horas olhando minhas coisas, revirando cada detalhe, relendo cada linha. Até que encontrou os bilhetes escondidos dentro do ursinho. E então, ela desabou de vez.“Caio, eu quero ir pra casa! Tá doendo muito! Caio! Meu corpo tá cheio de machucado, tá feio, tá doendo.”“Caio, eu vou morrer? Tô com fome… quero comida que você faz. Tô trancada no quar
Não doía.Tudo aconteceu tão rápido que nem deu tempo pra doer.Pela primeira vez em muito tempo, me senti leve. Porque eu sabia que nunca mais sentiria dor.Meio atordoada, lembrei de quando adoeci logo depois que mamãe morreu.Caio ficou desesperado, passou dias e noites ao meu lado. Mesmo dormindo, eu ouvia sua voz.Sentia a mão dele na minha testa, acariciando com cuidado, chamando meu nome sem parar.Quando acordei da febre alta, vi seus olhos vermelhos de tanto chorar.Ele implorava:— Bea... por favor, fica bem. Não me deixa.— Eu só tenho você. Se algo te acontecer... eu não sei como continuar.Aquelas lágrimas se desfaziam na minha mente. Eram substituídas por outro olhar. Frio. Cheio de desprezo.“Por que você não morre logo?”Caio… agora eu ia morrer.Você sentia feliz?Mas por que ele tava chorando?Parecia um sonho. Como se minha alma tivesse se separado do corpo.Vi tudo de cima. Meu corpo deitado numa cama de hospital, cheio de tubos.Caio ao lado, olhos vermelhos.— O e






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