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Meu Irmão Fez do Meu Mundo um Inferno por Seu Amor

Meu Irmão Fez do Meu Mundo um Inferno por Seu Amor

Oleh:  Brisa KoiTamat
Bahasa: Portuguese
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A queridinha do meu irmão me acusou falsamente de bullying. Ele, que sempre foi minha única família, acreditou nela, e furioso, me mandou para uma escola de “virtudes femininas” para me reeducar. Lá, aprendi a ser a irmã perfeita: quieta, obediente, invisível. Foi só quando ele leu meu laudo médico… que enlouqueceu. — Bea, só mais uma vez. Me chama de irmão.

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Bab 1

capítulo 1

Naquele dia em que voltei pra casa, chovia sem parar.

Meu irmão, Caio Távora, não foi me buscar.

— Bella não tá se sentindo bem. Volta sozinha. — Disse ele ao celular, com a voz fria, sem um pingo de afeto.

Recolhi minhas coisas em silêncio e comecei a caminhar.

Só um ano presa naquela escola e já tinha esquecido o caminho de casa.

No dia em que Caio me levou até lá, tudo aconteceu tão rápido.

Rápido demais pra que eu explicasse que não fui eu quem empurrou Bella Monteiro da escada.

Rápido demais pra que ele ouvisse qualquer coisa. Me jogou lá dentro sem pensar duas vezes, como se me trancasse num buraco sem fim.

Mas agora, ali na chuva, eu já andava há horas. Encharcada, perdida. E ainda não tinha chegado em casa.

Talvez... talvez eu não tivesse mais casa.

Nossos pais morreram cedo. Só tínhamos um ao outro.

E mesmo assim, Caio me trocou por Bella.

Durante mais de um ano, ele não apareceu. Nem uma vez.

Teve um dia em que adoeci feio. Tudo o que eu queria era voltar. Ver Caio.

Liguei pra ele. Mal consegui falar.

— Para de se fazer de vítima. — Disse ele. E desligou.

Caio me abandonou.

E eu não sabia mais onde era o meu lar.

— O que você pensa que tá fazendo? Passou um ano lá e ainda continua mimada desse jeito? — Interrompeu Caio, entrando às pressas na delegacia. Quando me viu encharcada da cabeça aos pés, franziu a testa e começou a despejar broncas. — Bella estava doente hoje, por isso não fui te buscar. Já tem idade suficiente pra voltar pra casa sozinha. Precisa mesmo fazer esse teatrinho? Acha que eu vou passar a mão na sua cabeça?

— Eu errei, não foi por querer. Eu só... só esqueci o caminho de casa. — Disse, trêmula.

Minhas pernas mal se firmavam. O tom da voz dele me dava um medo que eu sentia no corpo inteiro, não só na cabeça. Eu já estava gelada de frio, mas naquele momento, parecia que tudo dentro de mim congelava.

Caio ficou em silêncio, com a expressão carregada. Sem pensar, me ajoelhei diante dele.

— Foi culpa minha, Caio, me perdoa. Não me manda de volta, por favor. Eu prometo que vou me comportar. Vou fazer tudo certo, Caio.

Os policiais olharam atônitos. Um deles me levantou com delicadeza e tentou convencer Caio com calma.

— Venha para casa comigo. Já chega de escândalo.

Com o rosto fechado, Caio virou as costas e saiu.

Segui atrás dele, sem dizer nada, pisando leve como quem não queria incomodar.

Antes de entrar no carro, tirei o casaco molhado e coloquei no banco, com cuidado.

— Que que é isso agora? — Perguntou ele, franzindo a testa.

Baixei os olhos e respondi quase num sussurro:

— Minha roupa tá molhada... não queria sujar seu carro.

Ele fechou ainda mais o semblante. Dava pra ver claramente que estava incomodado. Baixei a cabeça, envergonhada, quase encolhida.

Demorou alguns segundos até que ele dissesse, com impaciência:

— Entra logo!

Fiquei tempo demais longe? A casa onde vivi com Caio por mais de dez anos, agora parecia um lugar estranho.

A foto minha com ele, que sempre esteve pendurada na sala, tinha sumido. No lugar, uma nova: Caio e Bella, sorrindo juntos.

O sofá creme que eu tanto amava — e que fiz questão de encomendar com ele — tinha desaparecido.

No lugar, um rosa, espalhafatoso, que eu sempre detestei.

Meu quarto também havia mudado por completo. Nada mais era meu. Tudo agora carregava a presença de outra pessoa.

— Bea voltou?

Bella saiu do quarto de Caio com um sorriso doce no rosto.

— Você vive fora de casa, então eu trouxe a Bella pra morar aqui. A perna dela ainda dói por causa da queda que você causou. — Disse Caio, aproximando-se e segurando a mão dela.

Continuou:

— Seja mais madura. Mandei arrumar o quartinho do sótão pra você. Vai ficar lá de agora em diante.

Olhei para cima. O quarto escuro no sótão onde antes só se guardavam tralhas.

Tudo bem. Pelo menos era um teto.

Na escola, eu dividi o mesmo quarto abafado com mais sete meninas.

Em dias de calor, acordava no meio da noite com o corpo completamente encharcado de suor. A sensação de sufocamento era como ter uma pedra enorme pressionando meu peito.

Mas isso nem foi o pior.

O pior aconteceu numa noite, pouco tempo depois que cheguei.

Eu estava quase dormindo quando senti algo estranho. Alguém me tocando.

Abri os olhos de repente e vi um par de olhos famintos me encarando.

Gritei. Mas ele tampou minha boca com força.

Não conseguia emitir um som. Me debatia com todas as forças.

E o mais horrível foi ver que as meninas no quarto acordaram. Elas viram.

E nenhuma delas fez nada.

Desde então, eu nunca mais consegui dormir tranquila naquela escola.

Comparado àquilo, este lugar, apesar de pequeno, era limpo, organizado e só de ter um canto pra mim, já era mais do que suficiente.

— Bea, tomei seu quarto e você ficou com esse. Não ficou chateada, né?

Bella sorriu, falsa como sempre.

Eu sabia muito bem o que aquele sorriso significava. Era uma provocação.

Com o meu temperamento antigo, eu não responderia — usaria as mãos, não palavras.

Nunca suportei esse tipo de garota fingida.

Desde o primeiro dia, eu e Bella já nos odiávamos.

Eu detestava aquela doçura ensaiada, e ela vivia me cercando como uma sombra.

No baile de formatura, ela caiu da escada bem na minha frente.

Quando todos correram pra ver o que tinha acontecido, viram Bella chorando, gritando, apontando pra mim.

E, do nada, eu me tornei a vilã da história. A menina cruel que praticava bullying com colegas indefesas.

Nunca ia esquecer o olhar de Caio naquele dia.

Com Bella nos braços, ele me olhou com tanta decepção, tanta raiva. Como se eu fosse um monstro.

— Você me decepcionou. Não tenho uma irmã como você.

Mas eu não empurrei ela.

Naquela noite, esperei Caio voltar pra casa. Esperei por horas.

Ele não voltou. Nem atendeu minhas ligações.

No fim, quem apareceu foi o secretário dele, com dois seguranças.

Me arrastaram pro carro sem dizer uma palavra. Caio nem quis ouvir minha versão.

Simplesmente me jogou naquela escola de "virtudes femininas".

— Eu falhei em te ensinar o básico. Fica lá dentro e pensa no que fez. Vai pagar pela perna da Bella.

Naquele instante, eu entendi.

Não era que Bella fosse melhor do que eu. É que, no coração de Caio, a balança já pendia toda pro lado dela.

Então agora, mesmo que ela tivesse tomado meu quarto. Como é que eu ousaria demonstrar qualquer insatisfação?
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