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Capítulo 3

Author: Doce
Quando viu Ayla se aproximar do carro, Gustavo rapidamente recompôs a expressão e caminhou para acompanhar.

Naquele horário, os dois sempre saíam juntos para o trabalho.

— Peça para o assistente levar você. Eu marquei com o corretor, vou ver uma casa hoje. — Disse Ayla.

Gustavo franziu o cenho, surpreso.

— Mas hoje temos uma reunião geral...

— Essa casa é muito disputada. Se eu não for hoje, talvez não consiga fechar. — Interrompeu Ayla. — Você vive dizendo que eu preciso aprender a me satisfazer de vez em quando, não é?

A voz de Ayla soava calma, sem qualquer emoção aparente, o sorriso leve brincando nos lábios.

Mesmo assim, um arrepio percorreu as costas de Gustavo.

Ele tentou disfarçar, forçando um sorriso.

— Tudo bem. Então eu também não vou para a empresa hoje. Quero ir com você ver a casa.

— Não precisa. — Respondeu Ayla, o sorriso se abrindo ainda mais.

Virou-se e, com um toque leve, encostou o dedo no peito de Gustavo. — Quero escolher sozinha. Quando decidir, levo você para conhecer.

Ela sabia exatamente o que se passava na cabeça dele.

Gustavo não queria ir junto por carinho, mas para vigiar Ayla. Se o contrato fosse feito em nome do casal, o imóvel acabaria pertencendo, na prática, a ele e a Bianca.

O tom provocante da mulher mexeu com Gustavo. De repente, ele sentiu um impulso. Segurou o pulso de Ayla e perguntou, meio rindo:

— Está preparando uma surpresa para mim?

— Claro. — Respondeu Ayla, o sorriso travando por um segundo antes que ela puxasse a mão de volta.

— Certo. Faço o que você quiser. — Disse Gustavo, em voz baixa, envolvendo de leve os ombros dela.

Sem alternativa, Ayla suportou o toque, mantendo a calma.

Quando ela entrou no carro e partiu, o sorriso de Gustavo desapareceu.

Talvez fosse imaginação, mas ele sentia que Ayla estava diferente.

Ou talvez... fosse ciúme. Será que ela estava com inveja de Bianca?

Gustavo ajustou o nó da gravata, irritado sem saber o motivo.

Não deveria se preocupar tanto com Ayla.

Por melhor que ela fosse, por mais sincera que parecesse...

Na vida dele, só existia uma esposa, Bianca.

Uma hora depois, Ayla estava diante da imensa janela panorâmica, observando o horizonte do distrito financeiro.

O apartamento que escolhera era uma cobertura duplex independente, totalmente mobiliada e equipada com automação de última geração. O estilo era minimalista e sofisticado, com acabamento impecável e decoração de extremo bom gosto. Tinha mais de trezentos metros quadrados de área útil, não era o maior, mas ocupava o ponto mais valorizado de toda a região.

Ayla já conseguia imaginar o espetáculo das luzes da cidade refletidas no vidro à noite.

— Vai ser este. Prepare os papéis e registre apenas no meu nome. — Disse, satisfeita, voltando-se para o gerente de vendas.

O local estava pronto para ocupação imediata, o que significava que ela poderia deixar, a qualquer momento, aquele "lar" sufocante e repulsivo.

— Claro. — Respondeu o gerente, radiante. Ele realmente acreditara que Ayla estava ali apenas para olhar.

A partir daquele instante, o tratamento mudou.

O gerente a conduziu até a área vip do saguão, mandou servir chá e petiscos e foi pessoalmente buscar o contrato.

Em poucos minutos, bastaria Ayla assinar e passar o cartão; o resto seria resolvido por uma equipe exclusiva.

Enquanto aguardava, uma voz feminina, estridente e cheia de arrogância, atravessou o ambiente:

— Então é você quem quer tomar o apartamento que eu escolhi?

Ayla ergueu o olhar. À sua frente, uma jovem de aparência impecável, roupa de grife, maquiagem perfeita, aproximava-se com passos firmes e expressão hostil.

Atrás dela vinham dois seguranças e uma corretora.

— Está falando comigo? — Perguntou Ayla, surpresa, a voz serena.

— É claro! O bloco A foi o que eu escolhi primeiro. Eu vou comprar aquele! — A mulher tirou os óculos escuros, revelando olhos rasgados e vibrantes, que brilhavam de raiva.

— O gerente não mencionou nenhuma reserva, e você também não pagou sinal. Se eu fizer o pagamento antes, o imóvel é meu. — Disse Ayla, fria, sem se alterar.

Não queria discutir com alguém tão sem razão e se levantou para mudar de lugar.

A mulher, enfurecida, pisou firme o salto no chão, a voz subindo um tom:

— Tanto faz! Eu não vim aqui pedir a sua permissão. Tenho prioridade! Querendo ou não, vai ter de ceder!

Ayla se virou, franzindo o cenho.

— Prioridade?

A mulher ao lado da jovem — a corretora responsável pela venda — falou em tom frio, sem sequer olhar para Ayla:

— Aqui nós fazemos uma verificação de patrimônio antes da venda. Não seguimos a ordem de chegada; a prioridade depende da fortuna de cada cliente.

Ayla franziu ligeiramente a testa.

— Que regra... curiosa. — Respondeu, a voz calma, mas com um toque de ironia.

Nesse momento, o gerente que havia saído para buscar o contrato voltou, visivelmente constrangido.

Aproximou-se de Ayla e, em voz baixa, explicou:

— Me desculpe, senhora. Aquela moça se chama senhorita Barbosa. A família dela é dona da maior marca de brinquedos do país.

Ayla lembrou-se de imediato. Grupo Barbosa — o império dos brinquedos.

Ela tinha lido o nome da empresa ao pesquisar o mercado local depois de receber a herança. O grupo ocupava o quinto lugar no ranking empresarial de San Elívar. Sim, fazia sentido. Aquela senhorita Barbosa realmente tinha motivos para se achar superior.

A corretora voltou a falar, mantendo o mesmo ar de falsa cortesia:

— Eu entendo o seu desconforto, mas infelizmente as regras são essas.

Ayla respirou fundo e respondeu com serenidade:

— Não há desconforto. Só acho a regra pouco justa. Mas, seguindo a lógica de vocês, minha prioridade vem antes da dela. Quero este imóvel.

Ela voltou-se para o gerente ao seu lado.

— Por favor, finalize o processo o quanto antes. Estou com pressa.

O tom era leve, quase tranquilo, mas a mensagem era clara:

A fortuna dela superava a do Grupo Barbosa.

— O quê? — A senhorita Barbosa piscou, sem acreditar.

— O que ela disse? Que tem prioridade? — Repetiu, olhando para a corretora como se tivesse ouvido um absurdo.

A funcionária, confusa, apressou-se em consultar o sistema de reservas.

Não fazia sentido. Se um cliente com patrimônio superior ao dos Barbosa estivesse interessado no imóvel, o escritório inteiro já teria sido avisado, e o diretor-geral estaria ali para receber.

Olhando para a roupa e o jeito de Ayla, a corretora pensou que ela parecia uma mulher comum, no máximo, uma nova-rica.

Como poderia ter mais dinheiro do que a senhorita Barbosa?

— Senhorita, você não entendeu o que eu disse? Aqui tudo depende do patrimônio... — começou a corretora.

— Então verifique. — Cortou Ayla, entregando o documento de identidade.

Não tinha paciência para discutir. Já conhecia gente bem mais desprezível do que aquelas pessoas, um pouco de arrogância não a abalava.

O gerente ao lado olhou para ela, hesitante, mas mesmo assim seguiu o procedimento.

No andar superior, atrás das cortinas leves da área vip, uma silhueta se moveu.

Um homem levantou-se, e o assessor ao lado compreendeu de imediato:

— Vá até lá e avise que o senhor Cardoso mandou parar a verificação. Digam que ela é a herdeira da família Fonseca.

Em San Elívar, havia apenas uma família Fonseca, a mais rica de toda a cidade. Mas ninguém nunca ouvira falar que existia uma filha naquela casa.

Ayla voltou a se sentar, serena.

A corretora, agora impaciente, cruzou os braços.

— Senhora, por favor, não se iluda. Já explicamos que aqui é necessário comprovar patrimônio. Talvez a senhora tenha algum dinheiro, mas no máximo conseguiria comprar um apartamento menor. Peço que não continue tomando o tempo da senhorita Barbosa, ou serei obrigada a chamar a segurança.

A senhorita Barbosa, por outro lado, parecia se divertir. Soltou uma risada curta e empurrou o braço da corretora.

— Deixa pra lá. Eu quero ver até onde isso vai. Quero ver que tipo de "prioridade" ela acha que tem.

Fez uma pausa e, com o queixo erguido, completou:

— Mas deixo claro desde já: se estiver mentindo e me fizer perder tempo, vai ter de se ajoelhar e me pedir desculpas. Caso contrário, eu mesma coloco você pra fora.

Era jovem, talvez um pouco mais nova que Ayla, e tinha toda a arrogância típica de quem crescera cercada de mimos.

Ayla sorriu de leve.

— Está bem. E se eu tiver prioridade? Vai se ajoelhar e pedir desculpas para mim também?

— Você... — A voz da outra falhou.

Nesse momento, um homem de terno apareceu correndo, enxugando o suor da testa.

— Senhora, mil desculpas! Confirmamos agora há pouco: a senhora realmente tem prioridade! Foi uma falha nossa, peço perdão!

O gerente ficou completamente atônito.

Estava prestes a verificar o patrimônio de Ayla quando recebeu a mensagem:

a mulher que ele atendia possuía uma fortuna de dezenas de bilhões... era a filha recém-reconhecida da família Fonseca, a mais rica de San Elívar.

A gerente ainda tentava entender o que estava acontecendo quando alguém se aproximou e sussurrou algo em seu ouvido. As pernas dela fraquejaram imediatamente, e caiu de joelhos no chão.

Antes mesmo de conseguir se levantar, começou a falar depressa:

— Me desculpe, senhorita Fonseca! Eu fui cega, não reconheci quem a senhora era. Peço perdão, por favor, não leve em conta o meu erro...

— Fonseca? — Repetiu a senhorita Barbosa, incrédula. — Está dizendo... a família Fonseca?

Em San Elívar, bastava o sobrenome Fonseca para fazer o mercado inteiro tremer. Era a família, o império que dominava o setor financeiro.

— Tratem logo dos papéis. Tenho outros compromissos. — Disse Ayla, sem querer prolongar o assunto. Ainda assim, achou curiosa a rapidez com que o processo de verificação tinha sido concluído.

O gerente, nervoso, trouxe o contrato. Ayla assinou e entregou o cartão, e os documentos começaram a ser processados.

— Você é filha da família Fonseca? — Perguntou a senhorita Barbosa, atônita. — Nunca ouvi falar de você.

— Que família Fonseca o quê! — Retrucou logo em seguida, a voz subindo. — Isso só pode ser uma farsa!

Achando que todos ali estavam fingindo, lançou um olhar para os seguranças atrás dela. Eles entenderam a ordem e deram um passo à frente, prontos para agir.

Mas, antes que pudessem se mover, uma equipe de homens de terno entrou apressada no saguão, cercando o grupo da senhorita Barbosa.

À frente, um homem de meia-idade, de terno impecável e luvas brancas, falou com voz firme e cortês:

— Senhorita Barbosa, nós já nos encontramos. Sou Caio, o mordomo-chefe da família Fonseca.

A revelação deixou o ambiente em silêncio. Até Ayla levantou os olhos, surpresa.

O que o mordomo da família Fonseca fazia ali?

Ela observou o homem: cabelo grisalho, óculos de aro dourado, postura impecável e uma presença que impunha respeito sem esforço.

A senhorita Barbosa perdeu toda a arrogância.

— Caio... então... ela é mesmo a filha dos Fonseca?

A voz dela tremia.

Pelas informações que tinha, Samuel Fonseca nunca tivera filhos biológicos.

A esposa dele não podia engravidar, e o casal adotara uma criança anos antes.

Então quem era aquela mulher?

Uma filha bastarda?

— Exato. — Confirmou Caio com serenidade. — A senhorita diante de vocês é a filha biológica do senhor Samuel Fonseca, atual e única herdeira da família Fonseca.

Ao terminar, ele contornou a senhorita Barbosa e fixou o olhar em Ayla.

Ayla se sentiu desconfortável sob aquele olhar firme. No instante seguinte, Caio inclinou-se num arco de noventa graus.

— É uma honra conhecer você, senhorita. — Falou em tom grave, respeitoso.

— Senhorita. — Repetiram em uníssono os homens de terno atrás dele, se curvando também.

A cena deixou Ayla imóvel por um instante e quase fez a senhorita Barbosa perder o equilíbrio.

A jovem apertou a bolsa contra o peito e tentou recuar, mas os seguranças vestidos de preto bloquearam a saída.

— Senhorita, soube que houve um pequeno desentendimento entre você e a senhorita Barbosa. Deseja que eu resolva agora? — Perguntou Caio, mantendo o mesmo sorriso cortês, sem sequer virar o rosto.

O rosto da senhorita Barbosa empalideceu.

Lembrou-se de cada palavra que tinha dito minutos antes e sentiu o estômago revirar.

Será que realmente teria de se ajoelhar e pedir perdão? Se aquilo acontecesse, o nome dela seria motivo de piada por meses.

Ayla respirou fundo, tentando se recompor.

Mesmo conhecendo a reputação dos Fonseca, não esperava uma cena como aquela.

— Deixe pra lá. Não aconteceu nada demais. — Respondeu depois de um breve silêncio.

— Nesse caso, — Afirmou Caio, endireitando a postura — peço apenas que a senhorita Barbosa peça desculpas. Assim, as relações entre as famílias permanecem intactas.

Ayla preferia não se incomodar, mas ele não admitia que alguém ofendesse a família Fonseca.

O tom dele era gentil, mas a pressão no ar era quase palpável.

A senhorita Barbosa engoliu em seco, corou e murmurou:

— Me... me desculpe.

Assim que as palavras saíram, os seguranças abriram caminho. Envergonhada, a moça saiu apressada, com o rosto em chamas.

Quando o grupo desapareceu, Caio fez um discreto sinal. A corretora que antes destratara Ayla também foi conduzida para fora do saguão.

Ayla mal teve tempo de reagir. Caio voltou-se para ela e fez um gesto cortês com a mão.

— Deixe o restante conosco. O carro já está à espera. Por favor, entre, senhorita. — Acrescentou com calma.

Ayla ergueu o olhar para ele. O susto inicial se dissipou, dando lugar a uma calma observadora.

— Entrar no carro? — Perguntou. — Para onde?

Caio manteve o sorriso sereno, mas o tom não deixava espaço para dúvida:

— Para casa, é claro. Para a casa da família Fonseca.

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