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Após a volta da ex-namorada, a herdeira parou de fingir
Após a volta da ex-namorada, a herdeira parou de fingir
Penulis: Adeus à Lua

Capítulo 1

Penulis: Adeus à Lua
Quando Helena chegou à festa para buscar Leonardo, parou ao ouvir a conversa que vinha de dentro.

— Leonardo, a Camila voltou para o Brasil. E a Helena? O que você vai fazer?

A voz de Leonardo soou indiferente: — O que eu deveria fazer?

— Você não está com a Helena há três anos? Agora que a Camila voltou, quem você vai escolher?

Através da fresta da porta, Helena viu Leonardo acender um cigarro. Envolto pela fumaça branca, ele permaneceu em silêncio por alguns segundos antes de responder, com a voz contida:

— Eu não sei. Não quero machucar a Helena, mas também não consigo esquecer a Camila.

Um dos amigos suspirou:

— Camila foi sua primeira namorada, sua musa intocável. O relacionamento de vocês foi intenso. É normal que você não tenha conseguido esquecê-la.

Outro amigo interveio:

— Mas espera aí… A Helena está com você há três anos! Ela é linda, incrível, e você ainda não superou a Camila?

Leonardo passou a mão pela testa, como se estivesse cansado. Sua voz saiu um pouco mais baixa:

— Helena é muito bonita. Mas, no início, comecei a sair com ela porque ela se parecia um pouco com a Camila. Durante todos esses anos, estive apenas tentando encontrar a sombra da Camila nela.

O amigo soltou um suspiro pesado:

— Então ela foi só uma substituta esse tempo todo? Cara… Agora até eu estou com pena da Helena.

Outro amigo perguntou:

— E quando você pretende terminar com a Helena?

Leonardo deu um leve toque no cigarro, derrubando a cinza.

— Vamos ver… A Helena é obediente e compreensiva. Para ser sincero, eu até fico com um pouco de pena de terminar com ela.

O amigo ao seu lado deu um tapinha em seu ombro.

— Leonardo, você não pode ter tudo. É melhor pensar bem no que vai fazer.

— Qual é! — Outro amigo disse com um tom despreocupado. — Fica com as duas, ué. Se estiver se sentindo culpado, compra uns presentes pra Helena. Mulheres são fáceis de agradar.

Leonardo soltou uma risada sarcástica.

— Você fala como se todo mundo fosse igual a você, namorando três ou quatro ao mesmo tempo. Eu ainda não cheguei nesse nível de cafajestagem.

Do lado de fora, Helena curvou os lábios num sorriso autodepreciativo e se virou para ir embora.

Saindo do restaurante, ela caminhou sem rumo pela beira do rio. Seu coração pesava enquanto as lembranças dos últimos três anos com Leonardo passavam por sua mente.

Três anos de relacionamento. Ela realmente acreditava que havia amor entre eles.

Mas, no fim, ela não passava de uma substituta da primeira paixão dele.

Parada à beira do rio, Helena olhou ao redor. À esquerda, a cidade pulsava com suas ruas movimentadas. À direita, as águas do rio corriam incessantes.

Uma lágrima escorreu pelo canto de seu olho, o vento forte bagunçou seus cabelos, ela tomou uma decisão.

Pegou o celular e discou um número.

— Oi, pai. Eu aceito voltar para casa e aceitar o casamento arranjado.

A escuridão da noite tornava os postes de luz amarelados ainda mais opacos, enquanto pequenos insetos voavam ao redor das lâmpadas.

Helena estava parada sob a luz fraca do poste, olhando para o céu infinito da noite. Sua voz era suave.

— Nada demais. Só cansei de brincar… Quero me casar e ter uma vida estável.

Houve um silêncio antes de ela continuar:

— No passado, eu estava errada. Fui imatura. Não deveria ter discutido com vocês e saído de casa. Agora, já entendi tudo.

— Assim que eu resolver as coisas aqui, volto para Cidade J.

...

Helena andou sozinha por um longo tempo. Quando finalmente retornou à mansão Vista Verde, já passava das dez da noite.

A governanta, Marta, a viu entrar e caminhou até ela com uma tigela nas mãos.

— Senhorita Helena, a senhorita voltou! Esta é a sopa para o estômago que preparou para o senhor Leonardo, certo? Vi que já tinha esfriado, então a esquentei de novo. Eu ia levar para ele agora, mas já que a senhorita chegou, por que não leva pessoalmente?

Helena não disse nada. Apenas pegou a tigela e subiu as escadas até o quarto.

Empurrou a porta e viu que a mesa de trabalho estava vazia. A tela do computador estava ligada, mas Leonardo não estava lá.

Do banheiro, o barulho da água ecoava. A luz estava acesa.

Ele estava tomando banho tão cedo hoje?

Helena colocou a tigela sobre a mesa.

O som das notificações do WhatsApp não parava de tocar na tela do computador, chamando sua atenção.

Curiosa, ela pegou o mouse e clicou para abrir a conversa.

É uma mensagem de Camila.

— Leonardo, eu voltei. Chego hoje às 23h30 no Aeroporto de Cidade H. Você pode vir me buscar?

Essa mensagem foi enviada dez minutos atrás.

Então, ele tomou banho para ir ao aeroporto buscar sua primeira namorada do passado.

— Camila: Leonardo, nesses anos separados, eu sempre senti sua falta. Não consegui te esquecer. Me arrependo muito de ter rompido com você para ir estudar no exterior por causa da minha carreira.

— Nós dois sempre fomos orgulhosos demais, nunca soubemos ceder. Mas eu sei que, no fundo, você ainda sente algo por mim, não é?

— Nesses anos, tive alguns namorados, mas sempre terminava rápido. Eu sentia que faltava algo. Só depois percebi que, no meu coração, a pessoa que eu sempre amei foi você.

— Demorei para criar coragem de voltar para Cidade H. Eu tinha medo de que você ainda me odiasse, que não quisesse me ver. Medo de ver que você já tem outra mulher ao seu lado. Medo de que você não me ame mais.

— Foi um erro meu, Leonardo. Você pode me perdoar?

Helena olhava a tela em silêncio, sentindo o peito apertado.

Ela estava prestes a fechar a conversa e sair do quarto quando viu Leonardo responder à mensagem:

— Camila, só quero te perguntar uma coisa… Você ainda me ama?

O computador dele estava com o Whatsapp aberto, mas, mesmo no banho, ele fez questão de responder pelo celular.

O coração de Helena tremeu levemente.

O trabalho de Leonardo era sempre muito corrido, e ele costumava não ter tempo para responder suas mensagens.

Ela já estava acostumada. Para não incomodá-lo, ela até parou de mandar mensagens com tanta frequência.

Mas para Camila… Mesmo no banho, ele encontrava tempo para responder. Amar ou não amar, a diferença era gritante.

A resposta de Camila veio quase instantaneamente.

— Camila: Sim. Só amo você.

— Leonardo: Ok. Eu vou te buscar.

Naquele momento, Helena sentiu que seus três anos de relacionamento não passavam de uma piada cruel.

Helena fechou silenciosamente a janela de conversa e colocou o mouse de volta, como se nada tivesse acontecido.

Ela foi até a cozinha no andar de baixo e se serviu de uma tigela de mingau para o estômago, tomando colherada por colherada.

Leonardo tinha problemas no estômago, e esse mingau foi algo que ela aprendeu a fazer especialmente para ele. Ela colocava lírios, arroz de cevada e feijão vermelho, que já estavam de molho, em água fervente, depois adicionava arroz de milho e cozinhava em fogo baixo. Quando estava quase pronto, ela colocava batata-doce fresca cortada em pedaços pequenos.

Fazer esse mingau era demorado e trabalhoso, mas, porque ele disse “gosto”, ela preparava para ele há dois anos.

Depois de terminar o mingau, Leonardo desceu as escadas.

Ele já havia tomado banho, secado o cabelo e trocado para uma roupa limpa e fresca.

— Para onde você foi? Não te vi quando voltei.

Helena respondeu calmamente:

— Fui dar uma caminhada.

Leonardo caminhou até a porta.

— Eu tenho algo para fazer fora. Se estiver cansada, pode dormir, não precisa esperar por mim.

Helena abaixou os olhos e disse suavemente:

— Tá bom.

— Você vai voltar hoje à noite?

Helena perguntou.

Leonardo parou por um momento enquanto calçava os sapatos, ficou em silêncio por alguns segundos e respondeu:

— Tem algo urgente na empresa. Se demorar muito para resolver, provavelmente não volto hoje.

— Tudo bem.

A garota não fez mais perguntas nem reclamou.

Helena sempre foi muito compreensiva.

Leonardo não pensou muito sobre isso e, depois de colocar os sapatos, saiu sem olhar para trás.

Helena subiu as escadas e abriu o quarto de Leonardo. A tigela de mingau ao lado do computador realmente não tinha sido tocada.

No Whatsapp, o parceiro de casamento, Gabriel, enviou uma mensagem.

Gabriel:

— Helena, quando você vai voltar para Cidade J?

Para Helena, Gabriel era como um bom irmão mais velho, alguém que sempre a tratou com carinho. Quando ele a chamava de “Helena”, Helena não sentia que fosse um apelido entre noivos, mas sim um tratamento de irmão para irmã.

Helena respondeu:

— Quando eu resolver tudo por aqui.

Gabriel:

— Certo, se precisar de ajuda, é só me avisar.

Helena:

— Obrigada, Gabriel.

Gabriel:

— Durma cedo, boa noite.

Naquela noite, Leonardo não voltou para casa.

Na manhã seguinte, Helena foi acordada pelo toque do telefone.

— Alô?

— Helena, meu aniversário é depois de amanhã, lembra de vir à minha festa de aniversário, tá?

Helena tirou o celular do ouvido e, ainda com os olhos sonolentos, olhou para o nome na tela.

Sofia Rocha, amiga de Leonardo do círculo social, e com quem Helena se dava bem.

— Claro, me manda o local.

Após desligar, Helena se levantou, se arrumou e saiu para a compra escolher um presente para Sofia.

Ela escolheu uma pulseira da última coleção de uma marca famosa, que combinava perfeitamente com o estilo de Sofia.

No dia do aniversário de Sofia, Helena chegou cedo ao local da festa.

— Feliz aniversário, Sofia.

Ela entregou o presente.

Sofia recebeu o presente e agradeceu educadamente.

Enquanto estavam na conversa, Leonardo chegou tarde, segurando o braço de uma mulher desconhecida.

No momento em que seus olhares se encontraram, Leonardo parou, surpreso.

— Helena, o que você está fazendo aqui?
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