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Capítulo 2

ผู้เขียน: Anna Smith
Eu não dormi naquela noite. Toda vez que fechava os olhos, acordava chorando. Ao amanhecer, eu apenas fiquei sentada ali, de joelhos puxados até o peito, olhando para a escuridão até que o céu ficasse cinza.

Quando Luca voltou para casa na manhã seguinte, fingi estar dormindo. Ele tirou o casaco, esperou o frio desaparecer do corpo e então me puxou para os braços dele. Eu podia sentir o batimento cardíaco dele, firme e forte, contra as minhas costas.

— Amor, olhe — ele disse suavemente, abrindo o tablet.

A imagem de uma ilha brilhava na tela areia branca, água azul, o tipo de paraíso sobre o qual as pessoas escrevem.

— Acabei de comprá-la — ele disse, a voz quase juvenil.

— É para o nosso filho. E isso não é tudo. Comecei a construir parques de diversões em todo o país. Cada um levará o nome do nosso filho. Quando finalmente o tivermos, farei uma celebração de cem dias. A cidade inteira virá comemorar.

Ele parecia tão orgulhoso de si mesmo, tão cheio de planos para um futuro que eu sabia que nunca viria. Ele falou e falou, e demorou um minuto inteiro para perceber que eu não tinha dito uma única palavra. Então ele me ouviu fungar. Ele se virou para mim e congelou. Meu rosto estava molhado de lágrimas.

— Ei, o que está errado?

Ele entrou em pânico instantaneamente. Luca Moretti, o homem que uma vez enfrentou pistoleiros de uma família rival sem pestanejar, estava tremendo porque eu estava chorando.

Se eu tivesse um pingo de dor, ele a carregaria cem vezes. Esse era quem ele era ou quem eu pensei que ele fosse. Forcei um pequeno sorriso e limpei os olhos.

— Não é nada — eu disse. — Acabei de assistir a um filme. O marido traiu a esposa.

Ele relaxou, um sorriso surgindo nos lábios.

— Então você não tem nada com que se preocupar. O resto do mundo pode trapacear, mas eu não. Nunca eu.

Ele acariciou meu rosto.

— Eu ficarei com você o dia todo. Diga-me o que você quer comer. Eu cozinho. Eu balancei a cabeça.

— Está tudo bem. Vou encontrar algumas amigas para almoçar. Você deveria ir trabalhar.

Ele hesitou, mas Luca nunca gostava de discutir comigo. Então ele me seguiu.

Quando entramos na sala de jantar privada, risadas encheram o ar.

— Eu sabia! — uma das minhas amigas brincou. — Se Valeria está vindo, Luca está vindo também. Ele nunca a deixa sair de vista.

Luca riu, fácil e encantador, como se não fosse o homem mais temido da cidade.

Ele distribuiu os presentes que havia trazido, um por um, para todas as mulheres na mesa. Suspiros seguiram.

— Oh, meu Deus, esta é a nova linha de joias L.T este conjunto custa sete dígitos!

— Luca, você nos mima todas as vezes! Só temos essa sorte por causa de Valeria!

Elas estavam certas. Luca faria qualquer coisa para que minhas amigas gostassem dele, porque quando elas sorriam, eu sorria.

E ele sempre dizia que a minha felicidade era o oxigênio dele. Todos na mesa olhavam para mim com inveja declarada.

— Valeria, você é tão sortuda — uma delas disse sonhadora. — Ele te ama tanto.

Eu sorri educadamente, o tipo de sorriso que não alcançava os meus olhos. Elas não podiam ver que a minha sorte estava esgotando, um silencioso batimento cardíaco de cada vez. A risada ainda estava ecoando quando a porta se abriu.

E lá estava ela. Bianca Rizzo. Coberta de pérolas e confiança, ela entrou na sala como se fosse dona do ar em si.

— Ah — eu entrei na sala errada? — ela perguntou com uma risada suave.

— Esperem... estas não são minhas antigas amigas da faculdade?

Ninguém disse uma palavra. A tensão na sala tornou-se sólida. Mas Bianca não pareceu notar ou se importar. Ela deslizou para o assento bem na minha frente e olhou casualmente para as caixas de presente nas mãos de todos.

— L.T — ela disse, sorrindo levemente.

— Marca famosa. Embora eu suponha que a maioria de vocês não saiba, a marca é minha.

Ela olhou diretamente para mim ao acrescentar:

— Meu marido investiu bilhões para iniciá-la há dois anos. Ele trabalhou muito e construiu vinte e seis lojas em todo o mundo. Ele é o melhor parceiro que uma mulher poderia pedir.

O olhar dela se voltou para Luca, apenas por um segundo, e depois de volta para mim. O sorriso que se seguiu foi afiado como navalha. Eu não conseguia respirar.
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