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Capítulo 4

Penulis: Mary Sue
O som da fechadura eletrônica se abrindo ecoou na tranquilidade da noite, alto e claro.

Daise ficou imóvel. Então, ele também morava ali?

Nico olhou para trás e viu a expressão atordoada dela. Seus lábios se curvaram em um sorriso cheio de diversão:

— Minha vizinha, não vai me cumprimentar?

As orelhas de Daise imediatamente ficaram quentes. Era só ela, sendo ridiculamente autocentrada. Afinal, ele morava ali, não estava atrás dela.

— Eu... — Daise abriu a boca, mas não conseguiu pensar em nada para dizer.

Nico se encostou no batente da porta, deixando que a luz da lua o envolvesse em uma aura prateada. Ele falou devagar, com aquele tom despretensioso que sempre parecia ler seus pensamentos:

— Daise, você estava imaginando coisas de novo, não estava?

Daise levantou a cabeça de repente e encontrou o olhar provocador dele. Ele havia adivinhado exatamente o que ela estava pensando.

— Eu, eu não quis dizer isso...

— Boa noite, minha vizinha.

Nico a interrompeu, sorriu para ela e entrou na casa.

A porta se fechou, e Daise finalmente soltou um longo suspiro. Que coincidência, não?

Aquela noite, Daise não conseguiu dormir. Deitada na cama, ela olhava fixamente para o teto, ouvindo o som do vento ocasionalmente batendo na janela.

Nos últimos cinco anos, sua insônia havia piorado a ponto de ela depender de remédios para conseguir dormir. Naquela noite, ela havia tomado dois comprimidos de calmante, mas nem isso ajudou.

Quando os primeiros raios de sol da manhã atravessaram as frestas da cortina, Daise percebeu que havia passado a noite em claro.

Ela esfregou os olhos, que estavam doloridos e secos, e se levantou para se arrumar. No espelho, ela viu o reflexo de alguém com o rosto pálido e olheiras suaves sob os olhos.

Daise suspirou e jogou um pouco de água fria no rosto, tentando espantar a letargia.

No final da manhã, ela teria que voltar à casa da família Lopes para o almoço. Essa era sua segunda prova de fogo, e ela não podia falhar.

A ligação de seus pais adotivos na noite anterior havia sido desconfortável. As vozes deles pareciam familiares, mas estranhas ao mesmo tempo. Era como se cinco anos tivessem criado um muro invisível entre eles.

Mas isso era esperado. A relação entre eles sempre foi superficial. Quando Daise tinha dez anos, seus pais biológicos haviam perdido tudo. O pai dela tirou a própria vida, e a mãe, consumida pela tristeza, morreu pouco depois. Ela foi acolhida pelo melhor amigo de seu pai, e, por isso, ela sentia-se grata. Afinal, eles a criaram.

Era ela que não tinha sido suficiente.

Daise voltou ao presente enquanto pensava se deveria fazer uma xícara de café. Mas seus pensamentos foram interrompidos por uma batida curta e firme na porta.

Ela parou, surpresa, e olhou automaticamente para a tela do monitor de segurança ao lado da porta.

Na imagem, Nico estava parado casualmente do lado de fora. Ele vestia um pijama preto folgado, com a gola desabotoada revelando um pedaço de pele junto à clavícula.

O cabelo estava bagunçado, indicando que ele havia acabado de acordar.

Daise franziu a testa. Ela caminhou até a porta e a abriu apenas o suficiente para aparecer uma fresta, olhando para ele com cautela:

— Você precisa de alguma coisa?

Nico abaixou os olhos, observando-a do alto de sua postura relaxada, mas os olhos carregavam um brilho preguiçoso e divertido.

— Eu pareço alguém que come gente? — Ele perguntou de repente.

Daise ficou sem reação por um segundo e balançou a cabeça.

— Então por que você está com tanto medo de mim? — Ele arqueou as sobrancelhas, com uma expressão questionadora.

Daise apertou os lábios. Em sua mente, uma resposta surgiu automaticamente:

"Quem não teria medo? O herdeiro da maior corporação de Cidade Serena e, ao mesmo tempo, o líder informal do submundo de Cidade Colina."

Se Daise soubesse quem ele era naquela época, ela jamais teria sido ingênua o suficiente para vê-lo como um salvador.

Parecia que Nico percebeu seus pensamentos, porque ele soltou uma risada baixa, como se estivesse se divertindo com a situação.

— Vizinhazinha, você tem algo para comer? — Nico perguntou, casualmente, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Daise piscou, surpresa. A pergunta a pegou completamente desprevenida. Ela hesitou e balançou a cabeça:

— Não... Não tenho nada.

Ela não tinha o hábito de tomar café da manhã há muito tempo. Durante os anos no exterior, ela costumava trabalhar até tarde e pular refeições. Eventualmente, ela simplesmente parou de comer de manhã.

Nico franziu o cenho:

— Depois de tanto tempo, você ainda não toma café da manhã?

Daise ficou em silêncio por um momento antes de responder em voz baixa:

— Não tenho ingredientes em casa. Desculpa.

Nico a encarou por alguns segundos antes de dizer:

— Eu tenho.

Daise não respondeu.

Nico inclinou levemente a cabeça, apontando com um movimento sutil:

— Vem pra minha casa.

Essa frase foi dita por Nico com uma voz rouca e carregada de intenção, um tom sugestivo e provocante. Soava como um convite implícito para algo muito mais íntimo.

Daise estava atrás da porta entreaberta, com os dedos inconscientemente pressionando a palma da mão. Seu coração apertava de leve, como se algo dentro dela estivesse fora de controle.

— Vai vir ou não?

A pergunta de Nico soava como uma armadilha, mas também como uma brincadeira. Porém, o olhar firme e decidido dele dizia claramente que ele estava falando sério.

— Eu… — Ela abriu a boca, mas as palavras de recusa ficaram presas na ponta da língua.

Nico arqueou uma das sobrancelhas, com uma expressão de puro desdém e provocação:

— Não vem?

O tom dele parecia perguntar:

"Você não tem coragem?" Ou, pior, parecia dizer: "Se não vier, vai se arrepender."

Daise franziu levemente as sobrancelhas. Mesmo depois de tantos anos, ela ainda tinha medo dele. Soltando um suspiro interno, ela abriu a porta e seguiu Nico para fora.

Do lado de fora, o dia estava claro e ensolarado, com aquele frescor único que vinha depois da chuva.

Havia algo na forma como Nico a guiava para fora, como se ele não estivesse apenas tirando ela de casa, mas também a ajudando a escapar de um passado sombrio.

Daise piscou algumas vezes, respirando fundo, e então ela ergueu os olhos discretamente para observar a figura alta de Nico à sua frente. Por um instante, algo dentro dela quase amoleceu.

A casa de Nico era quase duas vezes maior que a dela, mas com uma decoração completamente diferente. Assim que ele abriu a porta, Daise foi recebida por um cheiro fresco de cedro misturado com um toque sutil de tabaco, tão típico dele.

O interior era predominantemente preto, branco e cinza. O design era minimalista, com linhas limpas e austeras, refletindo perfeitamente a personalidade do dono: afiado, controlado e intransigente.

— Fique à vontade. — Disse Nico, apontando para a sala de estar. Ele, por sua vez, seguiu para perto da mesa de jantar. — A geladeira está ali. Se quiser algo, é só pegar.

Daise olhou ao redor da sala e viu algumas jaquetas caras jogadas descuidadamente no sofá. Uma delas era a jaqueta que Nico usara na noite anterior, a mesma que havia prendido seu cabelo na corrente.

— O que está olhando? — A voz de Nico, de repente, soou próxima ao seu ouvido.

Daise despertou de seus pensamentos e percebeu que ele já estava bem atrás dela. A proximidade a deixou nervosa, e ela deu um passo apressado para frente, tentando disfarçar.

— Nada, não é nada. — Respondeu Daise rapidamente, quase gaguejando.

Nico seguiu o olhar dela até a jaqueta no sofá. Quando ele viu qual era, um sorriso malicioso curvou os lábios dele, mas ele não disse nada.

— Sr. Nico… — Daise rapidamente seguiu para a cozinha, tentando mudar de assunto. — O que você quer comer?

Nico a seguiu com passos lentos e preguiçosos:

— Qualquer coisa serve.

Daise abriu a geladeira e ficou surpresa com a quantidade de alimentos dentro dela: frutas frescas, carnes de qualidade, laticínios variados. Era difícil imaginar que aquilo fosse a geladeira de um solteiro. Ela não conseguiu evitar e perguntou:

— Você cozinha?

— Não. — Respondeu Nico, encostando-se no balcão da cozinha enquanto jogava uma maçã para o alto. — A empregada deixa tudo pronto. Eu quase nunca como em casa.

Daise assentiu, pegando alguns ovos, bacon e fatias de pão:

— Então vou fazer algo simples.

— Como quiser. — Disse Nico, mordendo a maçã distraidamente.

Daise começou a preparar o café da manhã. Ela aqueceu uma frigideira, colocou um pouco de óleo e quebrou os ovos. O som do óleo chiando era o único ruído na cozinha silenciosa.

— Você…

Daise percebeu que Nico estava muito perto dela. Tão perto que, se ela inclinasse levemente o corpo para trás, poderia encostar no peito dele.

Ela quis pedir para ele se afastar, mas ela não sabia como dizer isso.

Nico sempre foi um homem que respeitava os próprios limites. Até mesmo nas noites em que eles fizeram aquele acordo no passado, ele nunca ultrapassou a linha. Ele era contido, nunca demonstrava nenhum tipo de carinho ou afeição. E agora ele estava tão… próximo?

— Vire os ovos. — Disse Nico em voz baixa.

Daise voltou à realidade de repente, apressando-se para virar os ovos na frigideira. Seu coração batia forte e descompassado. A situação parecia estranha demais.

Fazia cinco anos que eles não se viam. E agora, de repente, estavam na mesma cozinha, como um casal familiar preparando o café da manhã juntos?

— Quer o leite quente? — Perguntou Daise, tentando mudar de assunto.

— Quero. — Respondeu Nico, já sentado à mesa, apoiando o queixo nas mãos como se fosse um estudante esperando pela refeição. — E com mel. Gosto de doce.

Daise ficou surpresa. Ela arqueou as sobrancelhas, achando a situação inusitada.

O poderoso e temido herdeiro do Grupo Mello, conhecido por ser implacável no mundo dos negócios, gostava do leite com mel?

— Está rindo de quê? — Perguntou Nico, estreitando os olhos.

— Não é nada. — Respondeu Daise, reprimindo um sorriso enquanto despejava o leite quente na caneca e misturava uma colher de mel. — Aqui está.

— Sente-se. — Disse Nico, apontando para a cadeira à sua frente.

Daise hesitou:

— Eu não estou com fome…

— Vizinhazinha. — Disse Nico, colocando a caneca sobre a mesa e encarando-a diretamente nos olhos. — Você fez a comida. Agora vai comer. Ou vai desperdiçar comida?

O olhar afiado dele parecia capaz de atravessá-la, despindo qualquer resistência.

Daise suspirou internamente, derrotada. Ela sentou-se devagar, pegou uma fatia de pão e começou a comer em pequenos pedaços.

Nico também comia em silêncio. Nenhum dos dois disse nada.

O sol atravessava as janelas de vidro, espalhando luz e sombra pelo chão e pela mesa. Por um breve momento, o único som era o leve tilintar dos talheres.

Era estranhamente tranquilo. Tranquilo o suficiente para que Daise sentisse o coração desacelerar.

Mas, no segundo seguinte, o celular de Daise começou a tocar.

O aparelho estava sobre a mesa, e Nico viu claramente quem estava ligando:

[Samuel].

O olhar de Nico escureceu, e um traço de irritação surgiu em sua expressão. Ele franziu as sobrancelhas e colocou a caneca de leite sobre a mesa com um pouco mais de força do que o necessário.

O som repentino fez Daise se sobressaltar. Ela sempre se assustava facilmente, e Nico sempre conseguia assustá-la.

O celular continuava tocando, então Daise não teve escolha a não ser atender.

— Alô, irmão?

Do outro lado da linha, a voz de Samuel era gentil:

— Daise, eu sei que você acabou de voltar ao Brasil e pode estar sem transporte. Vou mandar alguém te buscar para te levar para casa.
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