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Capítulo 6

Penulis: Árvore Florida
Assim que pronunciei aquelas palavras, todos baixaram a cabeça em silêncio absoluto. O corpo de Leonardo ficou rígido de repente.

Os empregados não esperavam que eu fosse perguntar de forma tão direta, e Leonardo parecia impressionado com a firmeza da minha voz.

Era como se… Aquilo não fosse uma pergunta, mas uma afirmação.

O rosto dele endureceu por um instante, embora logo recuperasse a calma habitual, voltando àquela frieza cortante de sempre.

— Priscila, vou repetir pela última vez. Cris é da minha família. Se você continuar insistindo nisso, vai me decepcionar muito.

Eu o encarei em silêncio. Preciso admitir, Leonardo era um excelente ator. Em seu olhar não havia nem a mais leve sombra de culpa por mentir.

O quarto mergulhou num silêncio mortal. Todos ali prendiam a respiração, esperando que eu explodisse em um ataque histérico.

Mas não fiz nada. Apenas abaixei a cabeça e deixei escapar uma risada curta.

— É mesmo? Entendi.

Leonardo pareceu surpreso. No segundo seguinte, seu corpo relaxou um pouco, convencido de que eu tinha acreditado.

Passei ao lado dele e caminhei até os guardas.

— Vamos. Para a masmorra.

Os guardas trocaram olhares, completamente perdidos.

— Chefe, isso… — Murmurou um deles, hesitante.

— O que estão esperando? A senhora já deu a ordem. Levem-na para a masmorra. — A voz de Leonardo soou impaciente.

Mesmo depois de eu ter demonstrado aceitação, ele ainda escolheu me trancar.

Leonardo permanecia tão cauteloso quanto sempre fora.

Os guardas obedeceram imediatamente e me cercaram como se eu fosse uma criminosa imperdoável.

Baixei a cabeça e não disse nada, apenas os segui em silêncio.

"Se Leonardo fez tanto esforço para esconder a verdade de mim… Por que eu deveria continuar brigando?

No fim das contas, no dia do casamento, meu presente vai chegar direitinho."

Aquela última pergunta tinha sido minha derradeira chance para Leonardo, e ele fez a escolha dele.

Não sei por quê, mas no instante em que ele disse "família", senti algo dentro de mim ficar… Leve.

Era o sinal de que aquele casamento já não tinha mais volta.

Mas eu não esperava que, no caminho para a masmorra, déssemos de cara com Jorge voltando às pressas.

— Chefe! A senhora acabou de receber alta. Como é que ela vai aguentar um lugar úmido como a masmorra?!

— Receber alta? — Leonardo franziu a testa conforme percebia a quão pálida eu estava. — O que está acontecendo aqui?

— A senhora… Ela está grá… — Jorge começou a explicar.

— Mas quando a gente saiu, a cunhada estava super bem, não estava? — Cristiane o interrompeu com uma voz melosa demais. Em seguida, exibiu um sorrisinho travesso. — Ah, eu só falei aquilo da boca pra fora. Porque, quando ela me ligou por vídeo pra me xingar, o fundo da chamada claramente era a casa dela.

Ela se virou para a empregada com um ar de falsa confusão.

— Será que eu me enganei?

A empregada entendeu de imediato. Endireitou a postura e respondeu depressa:

— Sim. Podemos confirmar. A senhora ficou em casa esses dias todos. Nunca chegou a ser internada.

A expressão de Leonardo escureceu no mesmo instante. Ele me fitou com uma mistura de decepção e raiva, uma fúria silenciosa que queimava.

Mas não fez nada comigo. Em vez disso, ergueu a arma e apontou para Jorge.

O disparo ecoou pelo corredor.

Jorge caiu no chão como um boneco sem vida, e o sangue começou a jorrar de sua perna direita.

Meu ouvido zuniu. Por um instante, parecia que o mundo inteiro tinha parado.

— Não… Não… Jorge!

Instintivamente, forcei meu corpo contra os guardas, rompendo o aperto deles com toda a força que tinha.

Corri até ele, desesperada, sentindo as lágrimas caírem sobre o rosto dele, uma após a outra.

Uma culpa avassaladora me tomou por completo. Rasguei a barra do meu vestido e pressionei com força contra a ferida, mas o sangue continuava tingindo minhas mãos de vermelho.

"Eu achava que Leonardo só estivesse tendo um caso.

Que tudo isso fosse apenas para esconder o relacionamento dele com Cristiane.

Mas eu nunca imaginei que ele seria capaz de algo tão cruel… Cruel o bastante para machucar a pessoa mais importante para mim!"

Fitei Leonardo com um ódio tão denso que parecia capaz de rasgá-lo em pedaços.

Ele ficou imóvel por um segundo, claramente sem esperar que minha reação fosse tão intensa.

Afinal, para ele, Jorge não passava de um subordinado insignificante.

Leonardo desviou do meu olhar, limpou a arma com movimentos lentos e frios e, então, se virou para os homens na sala.

— Se eu ouvir mais fofocas ou se alguém ousar me enganar de novo, vai ter o mesmo destino que ele.

Todos assentiram rapidamente, pálidos, sem coragem de dizer uma palavra.

Naquele momento, tudo fez sentido para mim.

Ele atirava não por raiva, mas para calar a própria gente. Para garantir que ninguém comentaria o que aconteceu hoje.

Principalmente o fato de eu ter questionado, na frente de todos, a relação dele com Cristiane.

Isso o atingia fundo. Porque, mesmo sendo o chefão, trair a esposa com a própria irmã adotiva era algo tão vergonhoso que nem ele queria ouvir.

"Leonardo… Como você podia ser tão cruel e tão egoísta?"

Ele me encarou com frieza.

— Para de chorar. Um tiro na perna não mata ninguém.

Depois se virou para os guardas.

— O que estão esperando? Levem a senhora para a masmorra agora.

No mesmo instante, os guardas avançaram e seguraram meus braços, tentando me arrastar em direção à saída.

Mas o movimento brusco fez uma dor súbita atravessar meu ventre, tão forte que me fez encolher inteira.

Os guardas recuaram imediatamente.

— Chefe, a gente não fez nada!

Leonardo me viu suando frio, completamente sem cor, e também empalideceu.

Ele avançou até mim num reflexo, e a voz saiu trêmula, com um toque de pânico.

— Priscila, para com isso… Se levanta agora. Não brinca comigo!

Mas eu já não tinha forças nem para responder.

Minha visão começou a escurecer aos poucos, como se o mundo estivesse se apagando.

Um segundo antes de desmaiar, vi algo que nunca tinha visto antes.

A máscara fria de Leonardo finalmente rachou.

Ele correu até mim, me ergueu nos braços e gritou para fora, desesperado:

— Chamem uma ambulância! Agora!
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