Capítulo 7

Leonardo tinha amor por Laura?

Claro que tinha, caso contrário, não a odiaria tanto.

Ele a odiava por ela ser cruel, por ela matar indiretamente Alícia, por ela ficar sempre dessa forma fria e indiferente.

Ele só queria se casar com ela para a torturar. Não queria que ela ficasse sempre no pico e ele só pudesse olhar para cima para a ver.

Obviamente, era a mulher dele, mas o fazia de palhaço.

Assim como agora, Laura não se importava de que ele ficasse com Ana e até mencionou claramente o divórcio.

Por quê?

Ela ainda não recompensou o que devia a ele. Por que Laura podia ir embora e ele tinha que ficar preso nesse pesadelo?

Leonardo, com os olhos escuros e olhos vermelhos, puxou o pulso de Laura.

No segundo seguinte, todo o corpo de Laura estava confinado ao sofá ao lado da cama do hospital.

Leonardo segurou seu pulso fino. Sua força era muito grande, dando a pulso um círculo de marcas.

Ela franziu a testa de dor, mas ele se aproximou e a prendeu sob seu corpo.

— Laura, você não tem qualificação para mencionar o divórcio para mim.

Ele agarrou o queixo dela, forçando-a a encarar seu olhar profundamente arrepiante.

— Somente eu posso te abandonar nesta vida. Até que você tenha expiado seus pecados, nunca deve pensar em deixar a família Santos para perseguir seus supostos sonhos e liberdade. Você só merece apodrecer na família Santos.

Eles estavam tão perto que Laura foi capaz de ver claramente o novo chupão no lado do pescoço de Leonardo, deixado por Ana.

Aquele tipo de chupão era como uma carinha sorridente com ironia.

Ela olhou para o homem à sua frente, ainda com aquele rosto, mas não mais gentil, cheio de hostilidade.

Laura se afastou do olhar. Leonardo agarrou o acordo de divórcio, o rasgando e o jogando em seu rosto.

Os pedaços brancos se espalharam.

Laura não tinha expressão. Leonardo simplesmente a odiava com esse tipo de olhar sem graça.

Ele realmente queria ser como um monstro para deixar sua marca no corpo dela. Seus dentes já estavam esfregando no ombro dela como se ele estivesse considerando se deveria morder esse lugar. No instante seguinte, um tapa foi jogado em seu rosto.

— Leonardo, o que você vai fazer na frente de sua amante?

O vestido de Laura já estava um pouco bagunçado e foi pouco desbotado. Suas bochechas estavam rosadas por causa de raiva.

Leonardo voltou a si e olhava fixamente para Laura.

Sua mão travou o pescoço delicado dela.

— Laura, não pense no divórcio. Eu só quero que você apodreça ao meu lado para sempre.

Sua voz era baixa e rouca, cheia de ódio como uma maldição.

Laura riu de repente.

— Então sua Ana também terá que apodrecer fora da família Santos pelo resto de sua vida sem nome. Quando estou na família Santos, Ana sempre será uma amante sem vergonha.

Laura estava sendo agarrada, mas ainda estava rindo. No fundo dos olhos dela, havia uma zombaria.

— Você quer quebrar totalmente nosso relacionamento?

Ela podia sentir a mão de Leonardo apertando passo a passo.

Ele estava realmente tentando a matar em sua raiva.

O rosto de Laura tinha ficado todo vermelho, sua voz carregando um tremor: — Eu não me importo de deixar toda a Cidade H saber que Ana está sendo escondida por você como uma amante.

— Cale a boca!

Os olhos de Leonardo estavam cheios de crueldade. Como se ele tivesse tocado em algo sujo, soltou Laura e se levantou.

Ana, deitada na cama do hospital, olhando para essa cena. Gritou com pobreza: — Irmão Leonardo, eu sinto frio...

Leonardo, ansioso e com o coração partido, correu para segurar a mão de Ana, que se aconchegou nos braços de Leonardo.

— Irmão Leonardo, eu estou bem. Contanto que você esteja feliz, eu estou bem.

As palavras caíram e Ana desmaiou.

— Ana, Ana!

Leonardo pressionou ansiosamente a campainha da enfermeira.

Laura olhou para Leonardo ocupado por Ana e a ironia no fundo dos seus olhos se tornou cada vez mais profunda.

A porta da enfermaria não estava bem fechada. A enfermeira entrou com o médico. Laura olhou para cima e deu uma olhada no rosto do homem, que era bastante impressionante.

Essa pessoa tinha olhos bonitos e lábios finos. Seu olhar estava com clareza e ironia. Era o rosto mais típico de um homem experiente em namoro. No entanto, usando um jaleco branco especial de médico, foram adicionados alguns pontos de elegância.

Era Igor Ramos.

Laura já teve um encontro com essa pessoa. Só o conheceu em um jantar e conversou com ele algumas frases, mas o suficiente para se lembrar dele.

Essa pessoa era o herdeiro da família Ramos em Cidade H. Tinha boa amizade com várias famílias de Cidade H e era a pessoa com mais experiência de namoro nessas famílias, fazendo jus ao seu rosto.

A família Ramos era uma família de medicina. Seu hospital de nobreza em Cidade H era um hospital de primeira classe. As outras famílias ousavam ofender qualquer uma outra família exceto família Ramos.

E Igor era um jovem de gênio raro. Com quatorze anos, entrou na universidade. Desde a infância, aprendia medicina oriental e ocidental, publicava todos os tipos de artigos profissionais e era a estrela em ascensão que mais chamava a atenção na área.

Essa pessoa era o reitor. Se não fosse figura grande, ninguém convidaria esse mestre.

Laura observou Igor, mas Igor acenou com a cabeça e sorriu para ela, caminhando lenta e metodicamente até a cama do hospital.

Igor raramente participava de jantares públicos. Leonardo não se lembrava dele, apenas estava ansioso para deixá-lo diagnosticar Ana rapidamente.

Igor lentamente puxou uma cadeira e se sentou na beira da cama. Olhou para a enfermeira ao seu lado e a enfermeira tirou a bolsa de agulhas com compreensão. Dentro havia uma longa fileira de agulhas e a mais longa tinha mais de dez centímetros. Leonardo não podia aguentar e desviou os olhos.

— Doutor, Ana só está com febre. Uma in é suficiente, não há necessidade de usar esse tipo de agulha. — Leonardo olhou para as fileiras de agulhas já sentindo a dor.

— Quem lhe disse que ela está com febre? — O termômetro de Igor varreu a testa de Ana. — A temperatura está normal. A paciente agora acha que tem uma febre falsa, isso pode diagnosticar a síndrome bipolar. O estágio primário é o coma, mais tarde se tornará cada vez mais grave. Eu preciso acordá-la com uma agulha longa primeiro. A doença dela é difícil de tratar. Essa agulha pode doer muito, assim uma dor de cabeça por dez dias ou oito dias é normal.

Igor disse levemente palavras horríveis, vislumbrando os olhos de Ana se movendo nervosamente, e a frieza de olhos dele se aprofundou.

— Eu vou aplicar a agulha aqui.

A agulha longa se moveu lentamente para a frente de Ana. Ana não desmaiou de forma alguma, não podia mais fingir que se endireitou rapidamente da cama do hospital olhando com horror para a agulha longa que quase foi inserida em seu cérebro.

— Irmão Leonardo, me... me sinto melhor. Não preciso aplicar a agulha.

O corpo de Ana tremeu de medo.

Os olhos de Igor se estreitaram ligeiramente. Colocou a longa agulha em sua mão de volta em sua bolsa, dizendo: — Parece que eu sou realmente capaz com maravilhosas habilidades médicas. Eu não preciso aplicar agulhas para fazer a paciente se livrar da doença, vale a pena comemorar.

Ana só podia abaixar a cabeça, não se atrevendo a olhar para Igor.

Leonardo ainda estava preocupado com Ana, acalmando-a. Vendo Igor prestes a sair, entrou em pânico e perguntou: — Doutor, Ana ainda precisa tomar outros medicamentos?

Igor se levantou e já tinha ido até a entrada da enfermaria. Ao ouvir isso, ele riu.

— Ela não tem febre. Seu corpo está saudável. A síndrome bipolar foi inventada por mim. Que remédio ela precisa tomar? É você que é cego e que precisa tomar mais remédio.