LOGINDepois que a amiga de infância dele morreu, Eduardo Ribeiro me odiou por dez anos inteiros. No segundo dia após o casamento, ele pediu transferência para servir nas fronteiras. Durante esses dez anos, enviei incontáveis cartas, tentando lhe agradar de todas as formas, mas a resposta dele era sempre a mesma: "Se você realmente se sente culpada, então morra logo!" Até que, quando fui sequestrada, ele entrou sozinho no esconderijo dos bandidos e me salvou, levando vários tiros. Antes de morrer, com o último fio de força, ele arrancou a mão dele da minha. — O maior arrependimento da minha vida... foi ter me casado com você... — Se tudo pudesse recomeçar, por favor... não volte a me atormentar... No funeral, Sra. Ana, a mãe dele, soluçava de arrependimento: — Filho, a culpa é da mãe... eu não devia ter te forçado... O pai dele me lançou um olhar cheio de ódio: — Você matou a Jamile, e agora matou também meu filho! Maldita azarada, por que ainda não morre?! Até o coronel que tinha insistido no nosso casamento balançou a cabeça e suspirou: — Foi erro meu separar dois corações. Eu devo um pedido de desculpas ao Eduardo. Todos lamentavam por Eduardo Ribeiro. Inclusive eu. Fui expulsa da organização e, naquela mesma noite, engoli veneno no meio de um campo abandonado. Quando abri os olhos novamente, estava de volta à véspera do casamento. Desta vez, decidi realizar o desejo de todos eles.
View MoreFalei com calma:— Eu e ele nunca fomos casados, nem temos qualquer relação. Não adianta me pegar.— Heh, que língua afiada pra uma mulherzinha! — Um dos homens riu com desdém.— A gente tem um informante, e ela disse que o Eduardo ama você mais do que tudo.— Hoje eu quero ver até onde o Eduardo vai pra salvar a mulher dele!A história parecia se repetir.Tentei me soltar, mas era inútil. Tomei uma decisão, se Eduardo aparecesse outra vez, eu preferia me matar a ficar em dívida com ele.Mas, pra minha surpresa, quem chegou primeiro foi o Afonso.Enquanto os sequestradores xingavam, ele se aproximou por trás e atacou de surpresa.Logo começou uma luta intensa.Vendo que iam perder, um dos bandidos puxou uma faca e correu na minha direção.— Se eu for morrer, alguém vai comigo!A lâmina se aproximava, e eu fechei os olhos em desespero.Mas a dor que eu esperava não veio.Quando os abri, vi Eduardo na minha frente, surgido sabe-se lá de onde.A lâmina tinha atravessado suas costas.Sang
Ele ergueu a cabeça, os olhos cheios de esperança.Eu balancei a cabeça devagar.— Você me deve uma vida. Como poderia reparar isso?Assim que as palavras saíram da minha boca, ele desabou.— Me desculpa, Mariana... me desculpa...Não respondi. Apenas me virei e saí do quarto.Nos dias seguintes, eu fazia de tudo pra evitá-lo.Afonso, que costumava passar no hospital pra me ver, percebeu isso e não conseguiu esconder a curiosidade:— Aquele ferido, quem ele é pra você?Balancei a cabeça.— Alguém do passado. Prefiro não falar disso.Afonso apertou os lábios, pigarreou e mudou de assunto:— Mariana, a gente já se conhece há tanto tempo... Na verdade, eu sempre gostei de você. Você não quer...O jeito hesitante dele não me surpreendeu.Neste mundo, ninguém te trata bem sem um motivo.Durante esses dois anos, Afonso sempre cuidou de mim em tudo.As intenções dele, é claro que eu já tinha percebido.Mas depois de duas vidas sendo destruída por um amor, eu não tinha mais força pra começar o
Naquele momento, ele chorava, lágrimas e ranho misturados.— Que bom... Mariana, que bom que você tá viva...Franzi levemente a testa.— Solta, Eduardo, seus ferimentos vão abrir!Por mais que eu tentasse, não conseguia tirar a mão da dele.A irritação subiu, e minha voz ficou mais alta:— Eu mandei soltar!Eduardo parou, atônito, e lentamente largou minha mão.Movi o pulso e mudei de assunto.— Por que você tá aqui?— Eu... eu vim pra cá numa missão de eliminação de bandidos... mas caí numa emboscada...— Eu achava que você tinha morrido, e sempre quis… fazer algo por você.— Pra evitar que você sofresse um acidente como na vida passada, foi por isso que eu...Ao ouvir aquilo, entendi na hora, ele também tinha voltado no tempo.Vendo minha reação, Eduardo perguntou com cuidado:— Mariana, você... você também voltou?Sem expressão, troquei os curativos dele.— Evita se mover muito. O ferimento não pode molhar. Tenta comer leve.O brilho nos olhos de Eduardo foi desaparecendo aos poucos
Quando meus pais ainda estavam vivos, sempre quiseram que eu estudasse medicina, que curasse e ajudasse as pessoas.Agora, de certa forma, eu estava seguindo esse caminho.Por causa da minha base sólida e da firmeza de espírito adquirida em duas vidas, consegui entrar no posto de saúde.Todos os dias eu acordava para atender pacientes, estudar fórmulas de remédios e elaborar diferentes planos de tratamento.A vida era simples, mas ao menos era cheia de sentido.Como o transporte aqui não era prático, às vezes eu precisava ir até as casas dos moradores para atendê-los.Certa vez, demorei demais e, quando saí, o céu já estava escurecendo.No caminho de volta, senti o ar ao redor estranho e frio.No começo achei que fosse por causa da diferença de temperatura entre o dia e a noite.Até que vi, na escuridão, pequenos pontos de luz verde se aproximando passo a passo.Naquele instante, meu coração gelou.Eram lobos!Eu tinha sido cercada por uma matilha sem perceber!Quando já não via saída,
— Cala a boca!Os olhos de Eduardo estavam repletos de veias estouradas, e a força das suas mãos aumentava.— A Mariana não morreu, ela só ficou brava e foi se esconder!— É tudo culpa sua, se não fosse você, me seduzindo uma vez atrás da outra...Ele não conseguiu terminar a frase. Ele próprio sabia o quão ridícula era essa desculpa.Sentindo a respiração cada vez mais curta, Jamile ficou aterrorizada.Ela se debateu e implorou por perdão:— E-eu errei, Eduardo, por favor, me perdoa desta vez...Nesse momento, do lado de fora soou uma voz masculina rouca:— Jamile!— Não acha que eu não sei que você está escondida aqui?!— Vadia, gastou o meu dinheiro e ainda vai atrás de outros homens!O homem era o filho do dono da fábrica da cidade.Ele chutou a porta aberta e, ao ver a cena, ergueu a sobrancelha:— Ora, então o capitão também anda pegando a mulher dos outros, é?— Você quase vai formar família e ainda faz isso, não tem vergonha?— Se é desse tipo de negócio que você gosta, paga v
Depois de hesitar várias vezes, o soldado acabou falando:— Capitão, já confirmaram. No momento em que a ponte desabou, um carro estava passando...— A Srta. Mariana... também estava dentro dele...Uma certidão de óbito provisória e o pedido de casamento devolvido foram colocados diante de Eduardo.Ele pegou os papéis com o olhar vazio. Mas, ao ver o nome Jamile, as pupilas dele se dilataram de repente.Murmurou, incrédulo:— N-não... impossível... ela me amava...As lágrimas deslizaram pelo rosto e caíram sobre o documento, borrando a cor do carimbo.Aquela folha fina parecia pesar uma tonelada.Incapaz de suportar, Eduardo cuspiu sangue e desabou na cama.Ele sonhou um sonho longo.No sonho, Mariana não tinha morrido, e os dois chegaram a se casar.Mas a vida a dois não era feliz, ele evitava ir ver a Mariana, porque no fundo acreditava que ela tinha sido a culpada pela morte da mulher que ele amava, Jamile.Passaram-se dez anos assim, presos numa vida vazia.Até que, um dia, soube q






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