Na minha vida passada, Gabriel Lacerda, meu irmão, escolheu acompanhar a amante Camila Soares para ver uma chuva de meteoros. Levou consigo todos os seguranças da casa, deixando-nos completamente vulneráveis. Naquela noite, inimigos que ele mesmo havia destruído aproveitaram a oportunidade e invadiram nossa mansão para se vingar. Minha mãe foi gravemente ferida tentando me proteger. Liguei para ele, desesperada, implorando que voltasse. Ele retornou com os seguranças, mas já era tarde demais. Embora os invasores tenham sido capturados, uma nova tragédia aconteceu: Camila havia desaparecido e deixou uma carta de suicídio. Na carta, ela me acusava de usar a situação para afastar Gabriel dela e de deixar ela sozinha, exposta à vingança dos inimigos. Gabriel queimou a carta bem na minha frente. Sem raiva, sem dor. Apenas disse: — Esquece isso. Não vale a pena. Apesar de tudo, ele foi responsabilizado. Meu pai me confiou o controle da empresa da família. Mas naquela mesma noite, durante a festa de comemoração, Gabriel entrou no meu quarto e me matou. Com o olhar frio, ele disse: — Pessoas como você já deviam estar mortas. A herança é minha por direito. Morri sem paz. E quando abri os olhos novamente… O som dos inimigos arrombando os portões ecoava do lado de fora da mansão.
View MoreEle se lembrou de quando a conheceu.Camila era só uma assistente simples, vestia-se com discrição, o rosto limpo, sem maquiagem. Tão pura quanto um lírio.Não ligava pra marcas, não era vaidosa. E foi justamente aquela pureza que o encantou.Achava que ela era o amor da sua vida.— Quem é que não gosta de dinheiro? — Cuspiu Camila, com desprezo. — Você acha que, se fosse pobre, eu ia te dar bola?— Acorda, Gabriel. Fica aí apodrecendo sozinho!Ela ajeitou a roupa amarrotada e virou-se para sair.Pensava em usar os machucados pra arrancar pena do Tomás, talvez ainda conseguisse reverter as coisas.Mas assim que chegou à porta, dois policiais a interceptaram.— Boa tarde. De acordo com o depoimento dos envolvidos no caso de invasão à residência Lacerda, no dia 1º de março, a senhora está sendo chamada para esclarecimentos como suspeita.Camila empalideceu.— Não... não tem nada a ver comigo... eu não fiz nada...Atrás dela, Gabriel explodiu:— Era você! Foi você! Você me destruiu! Queri
E como eu previa, a empresa que Gabriel fundou até fez uma estreia barulhenta, com direito a cerimônia de abertura e discursos ambiciosos.Mas os parceiros eram quase nenhum.Alguns projetos menores até tentaram se aproximar, mais por respeito ao sobrenome Lacerda do que por real interesse.Mas Gabriel nem disfarçava o desprezo. Chegou a humilhar um deles na frente de todos:— Vocês não têm nem um investimento decente pra apresentar. E acham que podem negociar comigo?A notícia se espalhou rápido, e logo ninguém mais queria fazer negócio com ele.O ambiente no escritório ficava cada vez mais frio.Camila, no começo, ainda se exibia ao lado dele, mas com a conta zerada e nenhum contrato fechado, começou a ficar nervosa.— Gabriel, e se a gente pegasse uns projetos menores por enquanto? Só pra entrar algum dinheiro, nem que seja pouco... — Disse ela, tentando medir as palavras.— Você tá duvidando de mim, Camila? — Interrompeu ele, com o rosto sombrio. — Até você acha que eu vou fracassa
Virei o rosto. Aquelas demonstrações de amor me davam náusea. Não queria assistir mais àquela encenação ridícula.Na vida passada, enquanto Gabriel me torturava até a morte, ele repetia:— A carta da Camila dizia tudo. Foi você que armou tudo isso, só pra me afastar e machucar ela.— Você matou a Camila. Destruiu a mamãe. Sua víbora.Naquela época, eu achava que ele tinha sido envenenado pelas mentiras da Camila.Agora, entendia: ele só não queria enxergar que tudo tinha começado por culpa dele.No fundo, Gabriel sempre desejara minha morte.E quando finalmente me matou... só então conseguiu paz.— Para aí! — Disse meu pai de repente, a voz gelada. — Se vai embora, vai de mãos abanando. Não leva um centavo.Gabriel ficou paralisado. Aquilo, ele não esperava.— Pai, você...— Cala a boca! — Rugiu meu pai, interrompendo com fúria.Gabriel abraçou Camila com força e saiu, sem olhar pra trás.— Família Lacerda? Sem mim, não são nada! Eu sou o verdadeiro herdeiro. Vocês ainda vão implorar p
— A culpa é toda da Isabela! — Apontou Gabriel, irritado. — Ela só tem inveja da Camila! Inventou essa história de assalto pra criar confusão!— Chega! — Cortou mamãe, com a voz fria como gelo. — Quem cometeu um erro foi você! Colocou uma mulher acima da segurança da própria família. Gabriel, você me decepcionou profundamente.Depois de ferida, mamãe tentou ligar várias vezes pra ele, e ele simplesmente não atendeu.Até que, entre a dor e o torpor, ela ouviu quando os assaltantes ligaram pra ele. E ele respondeu, com desprezo:— Matem, se quiserem. Só não me perturbem mais. Tô com a Camila vendo a chuva de meteoros. Que diacho de gente!Ser tratada com tamanho desprezo pelo próprio filho congelou o coração dela de vez.O rosto de Gabriel escureceu, mas ele ainda mantinha a pose de inocente. Com o pescoço esticado, retrucou:— Que coincidência conveniente, hein? Eu mal saí com os seguranças, e já invadem a casa? Mãe, a senhora tá sendo enganada. Isso tudo foi armação da Isabela! Ela inv
Camila se aninhou no peito dele, chorando baixinho:— Não, por favor, não brigue com sua irmã por minha causa. Isso parte meu coração... — Disse ela, entre soluços.Gabriel se virou na mesma hora, me lançando um olhar de puro desprezo.No rosto dele, não havia nem um traço de hesitação. Só nojo.— Por que você não consegue aceitar a Camila? Ela é tão doce, tão adorável! Como irmã, você devia agradecer por ela cuidar de mim com tanto carinho!Sem aviso, ele agarrou meu pulso e me puxou com força da cama:— Levanta agora e pede desculpas pra Camila!A dor na perna esquerda, ainda fraturada, veio como uma faca cravada no osso. Senti o mundo girar.Caí de joelhos no chão, com as mãos apoiadas no azulejo frio, os ouvidos zunindo.— Em pé! — Ordenou ele, com o rosto sombrio. — Pede desculpas pra ela!Ergui os olhos, sem conseguir conter o riso seco. A raiva me queimava por dentro, sufocante.— Me diz uma coisa, Gabriel. Ela é só uma mulher que você conhece há poucos meses. Isso é mais import
A luz da sala de cirurgia continuava acesa. Lá dentro, nenhum som escapava.Fiquei parada diante da porta, com os punhos cerrados, o corpo rígido como uma corda prestes a arrebentar.Ouvi passos silenciosos atrás de mim. Tomás tinha me seguido.Ele lançou um olhar para minha perna e falou baixo, tentando me convencer:— Isabela, sua perna tá bem machucada. Deixa pelo menos o médico dar uma olhada. Se precisar trocar curativo, eu fico aqui e vigio a cirurgia...— Não se ache tão importante! — Interrompi, com os olhos ardendo de raiva. — Com você por perto, é que eu não fico tranquila!O rosto dele empalideceu, mas não respondeu.Ficou ao meu lado em silêncio, e ligou para Gabriel, insistindo pra que ele voltasse.O corredor estava tão quieto que dava pra ouvir nitidamente a voz irritada de Gabriel do outro lado da linha:— Até você caiu na lábia da Isabela? Ela sempre foi mentirosa. Agora inventou essa pra me arrastar de volta... só pode ser brincadeira.— Gabriel, volta logo! É sério,
Bem-vindo ao Goodnovel mundo de ficção. Se você gosta desta novela, ou você é um idealista que espera explorar um mundo perfeito, e também quer se tornar um autor de novela original online para aumentar a renda, você pode se juntar à nossa família para ler ou criar vários tipos de livros, como romance, leitura épica, novela de lobisomem, novela de fantasia, história e assim por diante. Se você é um leitor, novelas de alta qualidade podem ser selecionados aqui. Se você é um autor, pode obter mais inspiração de outras pessoas para criar obras mais brilhantes, além disso, suas obras em nossa plataforma chamarão mais atenção e conquistarão mais admiração dos leitores.
Comments