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Capítulo 2

Author: Lillian Frost
O homem que se aproximava era Cristian Nogueira, o herdeiro do Grupo Nogueira.

Se o Grupo Santiago, comandado por Valério, figurava entre os três maiores conglomerados de Cidade de Orion, o Grupo Nogueira era, sem dúvida, o número um. Fundado no setor bancário, a empresa expandiu rapidamente seus investimentos em imóveis, tecnologia, telecomunicações, fundos de investimentos e outros setores-chave. Mais da metade das indústrias da cidade tinha, de alguma forma, a marca do Grupo Nogueira.

Nos bastidores, todos chamavam Cristian de o “Príncipe de Cidade de Orion”.

Eulália havia se encontrado com ele apenas uma vez, durante uma reunião de negócios. Sua família, o Grupo Vargas, estava participando de uma concorrência que dependia da aprovação do Grupo Nogueira, e ela era uma das responsáveis pelo projeto.

Agora, no entanto, Eulália não tinha tempo para se preocupar com formalidades ou sua aparência desleixada. Com o que restava de sua consciência, ela estendeu a mão e agarrou a barra da calça de Cristian.

— Cristian... Por favor... Me ajude...

Cristian olhou para baixo e viu Eulália estendida no chão. Seus olhos escureceram. O vestido azul e branco dela estava sujo e desalinhado, revelando suas pernas longas e perfeitamente proporcionadas. Seus pés delicados estavam cortados, com manchas de sangue. Quando ele percebeu o rubor anormal em seu rosto e o suor escorrendo em sua testa, sua expressão ficou ainda mais carregada. Sem dizer uma palavra, ele se abaixou e a ergueu nos braços.

Eulália sentiu o toque firme e o aroma fresco de colônia masculina que emanava dele. A fragrância era fria, mas ao mesmo tempo transmitia uma estranha sensação de segurança.

Cristian a colocou no banco do carona, fechou a porta com cuidado e, sem pressa, encostou-se ao carro. Ele começou a enrolar as mangas da camisa preta enquanto removia o relógio de luxo, uma peça que valia milhões. Seus olhos se fixaram nos três sequestradores, que vinham correndo em sua direção. Ele perguntou, com a voz baixa e cortante:

— Foram vocês que deram o remédio para ela?

O tom dele era calmo, mas cada palavra parecia carregar o peso de uma ameaça.

Dez minutos depois, Cristian entrou no carro. Sua camisa preta, agora manchada de sangue, foi arrancada e jogada pela janela. Seu torso musculoso e magro estava à mostra, os contornos definidos de seu abdômen desciam até a cintura estreita, onde o tecido do cinto preto da calça social começava.

No banco ao lado, Eulália estava com os olhos fechados. Sua testa estava coberta de suor, e seus lábios avermelhados estavam mordidos, como se ela estivesse tentando conter algo. Cristian a observou por um momento, seus olhos escuros profundos e indecifráveis. Ele pegou o celular e fez uma ligação.

— Trinta minutos. Venha para Palacete Horizonte. Traga os remédios.

Do outro lado da linha estava Abelardo Rodrigues, diretor do maior hospital particular de Cidade de Orion e também amigo de longa data de Cristian. Ao ouvir a ordem, ele soltou um suspiro irritado:

— Chefe, do hospital até a Avenida Vitória são, no mínimo, duas horas, mesmo que eu corra feito um louco. O que você quer que eu faça, teletransporte? Por acaso virei super-herói?

Cristian curvou os lábios em um sorriso preguiçoso.

— Sua aeronave particular não está lá só para enfeite, está?

Abelardo ficou em silêncio. Quem era essa pessoa, tão importante a ponto de ele precisar decolar imediatamente? Ele começou a duvidar se não era mesmo o “médico de estimação” do poderoso Cristian, sempre disponível para salvar qualquer emergência.

Cristian desligou o celular. Ele girou o volante, e o Porsche disparou novamente pela estrada deserta, cortando o silêncio como um raio. Minutos depois, o carro estacionou em frente a uma luxuosa mansão branca à beira-mar.

Cristian saiu do carro e, antes mesmo de dar a volta para abrir a porta do carona, sentiu um corpo quente e macio cair sobre ele.

Eulália abriu os olhos turvos, a mente confusa e tomada pelo calor. Ela se sentia em chamas, o vestido escorregando por um dos ombros delicados, expondo sua pele sedosa. Sem pensar, ela atravessou o espaço apertado do carro e subiu no colo de Cristian, suas mãos pequenas e trêmulas explorando o peito nu dele.

O interior do Porsche estava tomado por uma atmosfera sufocante, cheia de tensão e algo mais. Cristian engoliu em seco, sua garganta se movendo enquanto ele tentava manter o controle. Ele envolveu a cintura fina de Eulália com uma mão e segurou o queixo dela com a outra, forçando-a a olhar diretamente em seus olhos sombrios.

— Eulália, você sabe quem eu sou? — Ele perguntou, sua voz rouca e baixa.

Eulália, ainda perdida em seu estado febril, abriu um sorriso. Era um sorriso provocante, cheio de sensualidade. Ela parecia uma fruta madura, pronta para ser colhida. Ela envolveu o pescoço dele com os braços e enterrou o rosto no peito dele, esfregando-se de forma tentadora.

— Cristian... Eu estou tão quente... — Murmurou ela, quase implorando. — Por favor, me ajude...

Depois de falar, Eulália aproximou seus lábios avermelhados da garganta de Cristian, depositando um beijo quente e suave em seu pomo de Adão. Ela continuou subindo, até finalmente pressionar sua boca contra a dele, em um beijo desajeitado, mas carregado de desejo.

O beijo, embora sem técnica, provocou uma resposta imediata no corpo de Cristian, que a observava com os olhos escurecidos. Ele notou o rubor intenso no rosto dela, dominada pelo desejo, enquanto sua mão grande e quente deslizou lentamente pelas costas macias e nuas de Eulália, em movimentos calmos e tranquilizadores.

— Eulália, você tem certeza de que não vai se arrepender? — Ele perguntou, com a voz rouca e grave. — Eu não sou nenhum santo.

Eulália balançou a cabeça, os lábios trêmulos murmurando:

— Não vou me arrepender. Quero que o Valério se arrependa!

Cristian arqueou as sobrancelhas, uma expressão de leve ironia surgindo em seu rosto.

— Ah, então ainda pensa nele? Ainda tem outro homem na sua cabeça?

Ao ouvir isso, ela percebeu que a mão dele havia parado de se mover. Uma sensação de formigamento, como se formigas a mordessem por dentro, percorreu seu corpo. Desesperada, ela negou com veemência:

— Não... Não tem mais ninguém. Nunca mais terá.

Naquele momento, Eulália tinha certeza de que Valério já não ocupava mais nenhum espaço em seu coração.

Cristian, satisfeito com a resposta, voltou a acariciá-la, o arco de suas sobrancelhas relaxando levemente. Sua voz ganhou um tom hipnótico:

— Então peça. Quero ouvir você me pedir.

Eulália, consumida pelo desejo e sem saber o que fazer para aliviar o fogo que queimava dentro dela, olhou para ele com olhos cheios de súplica. Sua expressão vulnerável e delicada era como uma faca que cortava diretamente o coração de Cristian.

— Cristian, por favor... Eu preciso de você.

Cristian sorriu de canto, um sorriso malicioso. Ele se inclinou e a recompensou com um beijo suave antes de sussurrar:

— Boa garota, querida.

Eulália, instintivamente, umedeceu os lábios secos e se aproximou do ouvido dele. Como se quisesse uma recompensa maior, ela sussurrou um segredo, a voz quase inaudível:

— Quero dar minha primeira vez para você.

Os olhos de Cristian brilharam por um breve momento, e ele deixou escapar um sorriso perigoso e sedutor.

— Muito bem. Eu aceito o presente.

Sem perder tempo, Cristian tomou o controle. Ele segurou delicadamente a nuca de Eulália, trazendo-a para mais perto, e a beijou novamente. Mas dessa vez, o beijo não foi suave nem hesitante. Ele era feroz, intenso, como se quisesse marcá-la.

Eulália sentiu como se estivesse flutuando em ondas, sendo carregada e submersa ao mesmo tempo. Ela cedeu completamente, pressionando-se ainda mais contra ele. Uma corrente elétrica percorreu o corpo de Cristian, atingindo diretamente seu coração.

Em poucos minutos, as roupas foram arrancadas com pressa e espalhadas pelo interior apertado do Porsche. O vestido azul de Eulália e as calças sociais de Cristian agora jaziam amassados no banco traseiro. Do lado de fora, os vidros do carro refletiam as sombras entrelaçadas dos dois, uma dança de paixão.

Algumas horas depois, Cristian olhou para o vestido azul de Eulália. A mancha de sangue no tecido era um lembrete claro do que havia acontecido. Seus olhos se tornaram profundos, quase insondáveis.

Ele a ergueu nos braços com cuidado, cobrindo-a com seu paletó, protegendo-a completamente. Sem hesitar, ele entrou na mansão à beira-mar e seguiu direto para o quarto principal.

Depois de uma noite intensa, Cristian parecia mais paciente. Ele cuidou de Eulália com delicadeza: limpou seu corpo, secou seus cabelos e a colocou na cama, cobrindo-a com um cobertor de seda macio.

Enquanto isso, na sala de estar, Abelardo estava largado no sofá, folheando uma revista com evidente tédio. Ele suspirava de impaciência enquanto esperava. Quando viu Cristian sair do quarto, usando uma camisa de seda estampada com os dois primeiros botões abertos, não conseguiu evitar notar a marca de batom vermelho em sua clavícula, como uma cereja vibrante contra sua pele.

Abelardo empurrou os óculos de armação dourada no nariz e olhou para o relógio. Já passava das dez da noite. Ele estava ali esperando por Cristian havia cinco horas!

— Chefe, você exagerou dessa vez. — Abelardo comentou, com um sorriso irônico. — Ainda bem que estamos em uma área isolada. Se fosse na cidade, com esse seu carro milionário balançando por horas, teriam achado que era um terremoto!
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