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Capítulo 3

Author: Lillian Frost
Cristian lançou um olhar frio para Abelardo.

O homem caminhou até a sala, pegou uma garrafa de vodca no bar e a abriu com um abridor. Ele encheu um copo de vidro e o virou de uma vez só. O álcool queimava sua garganta e ajudava a dissipar a doçura sufocante que ainda pairava no ar daquela noite.

Abelardo estalou a língua e zombou:

— Hm, dá pra notar. Um homem “bem tratado” é outro nível. Pelo visto, nem preciso do remédio que eu trouxe, né? Quem é a mulher que conseguiu domar o ilustre príncipe do Grupo Nogueira, o senhor “frio e intocável”?

Ele estava morrendo de curiosidade. Cristian era conhecido no mundo dos negócios por sua frieza quase cruel, um homem implacável e estrategista. Mas, no lado pessoal, ele era diferente do grupo de amigos. Enquanto Abelardo e os outros gostavam de relaxar bebendo, flertando com atrizes ou modelos e, vez ou outra, pagando caro por noites inesquecíveis, Cristian preferia atividades intensas e perigosas: corridas de carro, surfe, paraquedismo, boxe. Mulheres, para ele, eram sinônimo de problemas e perda de tempo.

Quando Abelardo já achava que Cristian não responderia, ele colocou o copo vazio no balcão de mármore e, com indiferença, murmurou:

— Eulália Vargas.

Abelardo ficou boquiaberto. Ele não esperava ouvir aquele nome.

Eulália estava em alta nas rodas da alta sociedade recentemente, mas não por vir de uma família tradicional ou realmente poderosa como muitos supunham dos Vargas. Ela era conhecida por ser a noiva de Valério Santiago. Valério, com quem Cristian tinha uma rivalidade feroz nos negócios, era uma figura quase oposta. Embora ambos fossem parte da elite financeira da Cidade de Orion, eles nunca dividiam o mesmo círculo social.

Nos últimos tempos, Valério estava nos holofotes por causa do casamento extravagante que organizava para Lorena, seu primeiro amor. Todos sabiam disso, e Eulália, sua noiva oficial, havia se tornado alvo de piadas e fofocas maldosas. Até Abelardo já tinha ouvido falar.

— Não me diga que você foi atrás dela só pra provocar o Valério? — Abelardo perguntou, com um sorriso torto. — Se fosse pra irritar ele, não seria mais interessante ir atrás da Lorena? Afinal, a Eulália... Bem, ela está meio “fora de moda” ultimamente.

Cristian lançou um olhar cortante na direção de Abelardo, tão gelado que fez o homem sentir um calafrio.

— Você acha que Valério vale o meu esforço?

Abelardo riu sem jeito e levantou as mãos, tentando se redimir:

— Claro que não, chefe. Valério não merece sua atenção. Mas, convenhamos, Eulália ainda é a noiva dele. E agora, com essa... Situação entre vocês...

Ele não terminou a frase. Dizer que Cristian era, tecnicamente, o “terceiro” na história seria pedir para perder a língua.

Mas, mesmo sem dizer, Cristian entendeu. Seus olhos se estreitaram, e ele respondeu, com uma calma ameaçadora:

— Você fala mais do que deveria, Abelardo.

Abelardo engoliu em seco. Ele sabia que Cristian não era de blefar. Tentando se safar, ele se levantou:

— Certo, já vou indo. Não quero atrapalhar.

Antes que Cristian pudesse responder, Abelardo já corria porta afora. Poucos minutos depois, o barulho de uma aeronave privada decolando ecoava pelo céu.

Horas mais tarde, Eulália finalmente recobrou a consciência. O efeito do remédio tinha passado, mas seu corpo doía como se tivesse sido desmontado e remontado. Ela foi despertada pelo som ensurdecedor de um avião subindo aos céus. Ainda atordoada, abriu os olhos lentamente e tentou se sentar. O cobertor de seda deslizou, e ela viu as marcas em sua pele clara: arranhões, hematomas e sinais inconfundíveis do que havia acontecido.

A lembrança veio como um relâmpago. Ela e Cristian... E ela havia tomado a iniciativa!

O rosto de Eulália ficou vermelho em um instante. Ela não sabia como lidar com aquilo. Antes que pudesse organizar seus pensamentos, ouviu o som da porta do quarto se abrindo.

Por reflexo, ela se deitou de novo, puxando o cobertor até o pescoço. Suas mãos apertavam as bordas do tecido com força, enquanto seus olhos permaneciam fechados. Mas ela não precisava abrir os olhos para sentir. Os passos firmes de Cristian ecoavam perto da cama, e seu olhar ardente era quase palpável.

Eulália prendeu a respiração. Seus cílios tremiam, e até seus dedos dos pés estavam tensos. Ela sentia o peso do olhar dele sobre seu corpo, como se ele pudesse atravessar o cobertor.

Quando ela achava que não aguentaria mais, a voz rouca e preguiçosa de Cristian preencheu o quarto:

— Já dormimos juntos, Eulália. Agora você vai fingir que não aconteceu?

Ela abriu os olhos devagar, hesitante. A primeira coisa que viu foi Cristian, parado ao lado da cama. Ele era alto, de ombros largos, e tinha um ar que misturava desdém e curiosidade. Ele estava com uma camisa branca, os primeiros botões abertos, revelando a clavícula marcada. Diferente de Valério, cuja frieza era quase robótica, Cristian exalava uma energia perigosa e irresistível.

Eulália se sentou lentamente, ainda segurando o cobertor com força. Sua voz saiu hesitante, quase nervosa:

— Cristian, eu... Eu não fiz de propósito. Eu estava sob efeito do remédio. Eu... Como posso compensar você?

Cristian arqueou uma sobrancelha, um sorriso de canto surgindo em seus lábios. Ele parecia achar graça da situação, mas não disse nada imediatamente. Ele apenas a observou, como um predador avaliando sua presa.

O príncipe inatingível da Cidade de Orion, Cristian Nogueira, havia sido “dormido” por ela. Até Eulália achava aquilo inacreditável.

Cristian arqueou uma sobrancelha enquanto observava a mulher na cama. Seus longos cabelos levemente ondulados estavam espalhados no travesseiro, emoldurando o rosto delicado. Os olhos dela, claros e brilhantes, traziam um misto de arrependimento e constrangimento. Sua pele alva estava repleta de marcas — vestígios dos beijos intensos e possessivos dele.

Cristian estreitou os olhos, sua expressão ficando mais sombria. Ele inclinou ligeiramente a cabeça e, com um tom preguiçoso e indiferente, respondeu:

— Como você pretende compensar?

Eulália perguntou baixinho, quase sem coragem:

— O que você quer? Posso te dar dinheiro?

Cristian ergueu as pálpebras, com desdém visível nos olhos:

— Eu não preciso de dinheiro.

Eulália ficou sem palavras. Realmente, o que ela poderia oferecer a Cristian, um homem cuja fortuna ultrapassava bilhões? Para ele, qualquer quantia que ela pudesse dar seria insignificante.

Desconcertada, ela levantou os olhos e sugeriu timidamente:

— Então... Pode me dar uma dica?

Ela não sabia como agir. Era sua primeira vez com alguém. O que exatamente deveria fazer depois de dormir com um homem? Especialmente quando esse homem era Cristian Nogueira, o magnata mais poderoso da Cidade de Orion. Se fosse outra pessoa, ela pensaria que tinha saído perdendo. Afinal, sua primeira vez tinha ido embora assim, de repente. Mas, considerando quem era Cristian, parecia que ela era quem tinha saído no lucro.

Cristian se inclinou, aproximando-se dela. Com um gesto lento e deliberado, ele ergueu o queixo pequeno e delicado de Eulália, forçando-a a encontrar o olhar dele. Os olhos de ambos se cruzaram no ar, e o sorriso dele ficou mais evidente, um sorriso carregado de algo perigoso.

— Eulália. — Ele disse, com uma voz baixa e sedutora. — Eu acabei de te satisfazer. Agora, como compensação, é a sua vez de me satisfazer.

A mente de Eulália explodiu. Um “boom” silencioso ecoou em sua cabeça, deixando-a completamente em branco.

Sob o efeito do remédio, algumas horas antes, ela tinha sido corajosa e ousada. Sua timidez e racionalidade tinham desaparecido, dando lugar a uma entrega impulsiva. Mas agora, em plena consciência, ela não sabia como reagir. E, sinceramente, ela não teria coragem de repetir o que fez.

Cristian, no entanto, não deu tempo para que ela raciocinasse. Sem hesitar, ele segurou a cintura fina dela com firmeza e abaixou a cabeça, capturando os lábios carnudos e avermelhados de Eulália. O beijo foi intenso, recheado de domínio e desejo.

Ela sentiu-se perdida no sabor dele. Embora não tivesse bebido, o gosto de álcool na boca dele, misturado com o cheiro fresco do sabonete masculino, era quase intoxicante. A combinação a envolvia, como se Cristian estivesse arrastando-a para um furacão de sensações.

De repente, uma memória de Valério surgiu em sua mente. Era o aniversário dele. Eulália tinha se esforçado tanto naquela ocasião: preparou um bolo de chocolate com as próprias mãos e se arrumou com um vestido preto, curto, de alças finas e decote profundo. Ela planejava dar a ele sua primeira vez naquela noite.

Mas, como esperado, Lorena teve outra “crise” de saúde, e Valério a abandonou novamente. Ele nem apareceu. Eulália passou a noite inteira chorando, olhando para o bolo que havia feito com tanto carinho. Aquele vestido, que ela havia escolhido com tanto cuidado, tornou-se um lembrete doloroso de sua humilhação e acabou esquecido em algum canto do armário.

A lembrança fez seu coração apertar. Ela se odiava por ter sido tão ingênua, tão tola.

De repente, uma dor leve em sua orelha a trouxe de volta à realidade. Ela abriu os olhos instintivamente e viu Cristian a observando. Ele estava com uma expressão séria, apoiado com as mãos ao lado do corpo dela. Os olhos dele eram tão profundos que parecia impossível decifrar seus pensamentos.

— Você estava distraída? — A voz dele soou.

A pergunta fez Eulália entrar em pânico. Ela percebeu que, por um momento, havia pensado em Valério enquanto estava com Cristian. Que homem aceitaria aquilo? Certamente nenhum, especialmente alguém como Cristian.

— Parece que minha presença não é suficiente para te manter concentrada, é isso? — A voz de Cristian era calma, mas havia algo perigoso em suas palavras.

Eulália sentiu o medo crescer dentro dela. Cristian tinha uma reputação bem conhecida: ele não era apenas poderoso, mas também tinha um lado cruel e implacável. Ela sabia que não deveria provocá-lo.

— Eu... Eu não fiz de propósito. — Disse ela, apressadamente, tentando se explicar.

Cristian observou a expressão dela por um momento antes de sorrir. Era um sorriso que misturava charme e malícia.

— Não tem problema. — Ele respondeu, de forma enigmática.

Eulália sentiu um alívio momentâneo, mas aquilo durou pouco. Cristian virou o corpo, segurou-a com facilidade e a posicionou sobre ele. Ele a fez deitar em seu peito e aproximou os lábios do ouvido dela, sua voz baixa e rouca:

— Desta vez, é você quem vai conduzir.
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