Share

Capítulo 4

Author: Lillian Frost
Eulália ficou tão assustada que sua voz saiu trêmula e gaguejante:

— O... O quê?

O rosto dela, que já estava vermelho, agora parecia prestes a explodir de vergonha e nervosismo. Como ela, alguém que só teve uma experiência confusa e recente com isso, poderia “conduzir”? Fazer o quê? Meu Deus, será que ela podia assistir algum filme para complementar os escassos 23 anos de conhecimento que tinha sobre o assunto?

Cristian observava o rubor se espalhando pelo rosto de Eulália, como uma nuvem de fogo que tomava conta de todo o corpo dela. As bochechas pálidas ganharam tons de vermelho intenso, enquanto os olhos brilhantes, tão claros e expressivos, estavam carregados de uma vergonha que ela tentava, sem sucesso, esconder. Aquela timidez natural, misturada com uma beleza tão vibrante, inexplicavelmente o divertia e o atraía ainda mais.

Ele arqueou levemente a sobrancelha, com um ar de superioridade quase preguiçoso, mas seus olhos estavam fixos nos lábios carnudos e brilhantes dela. As pupilas escuras de Cristian estavam cheias de intensidade, como se ele estivesse à beira de perder o controle.

— Eulália. — Chamou ele, com a voz grave e rouca, uma tonalidade que carregava faíscas de desejo. — Me beije.

Eulália sentiu o impacto daquelas palavras. O olhar penetrante de Cristian parecia queimar sua pele, deixando-a completamente sem ar. O corpo dela começou a reagir de forma involuntária: suas mãos ficaram geladas, mas o resto do corpo parecia pegar fogo. “Me beije” Aquelas duas palavras ecoavam em sua mente, autoritárias e irresistíveis.

Naquele instante, algo pareceu se romper dentro dela. Por que ela deveria se privar? Por que deveria continuar se sacrificando por Valério, um homem que claramente a havia descartado por Lorena, sem se importar com nada além de suas próprias vontades?

E, bem diante dela, estava Cristian. O homem perfeito. Ele era incrivelmente bonito, com cada linha do corpo parecendo esculpida por um artista. Ele era poderoso, desejado por todas as mulheres da alta sociedade de Cidade de Orion. Quantas delas fariam de tudo apenas para estar onde Eulália estava agora? Além disso, ele não devia nada em comparação a Valério. Na verdade, Cristian era superior em tudo.

Eulália respirou fundo, reunindo coragem. Ela inclinou a cabeça e, imitando os movimentos que ele havia feito com ela mais cedo, pressionou seus lábios contra os dele.

Cristian sentiu o toque suave e doce dos lábios dela, e sua respiração ficou mais pesada. O coração dele acelerou por um breve momento, mas ele não deixou transparecer. O beijo dela, tímido e hesitante, carregava uma doçura que o deixava ainda mais fascinado.

Eulália, sentindo-se mais confiante, deslizou os lábios para baixo, até alcançar o pomo de Adão dele. Quando seus lábios tocaram levemente a pele quente daquela área sensível, Cristian engoliu em seco, e o som da deglutição ecoou nos ouvidos dela. Aquele som enviou uma onda de eletricidade pelo corpo de Eulália, deixando-a trêmula e com o coração disparado. O simples ato de beijá-lo parecia afetar tanto a ela quanto a ele.

De repente, Cristian se moveu. Com um movimento rápido e decidido, ele a virou e segurou seus pulsos delicados, prendendo-os acima da cabeça dela. Ele a pressionou contra o colchão, seu corpo completamente sobre o dela.

Cristian capturou os lábios dela novamente, dessa vez com intensidade e urgência. Sua voz rouca soou próxima ao ouvido dela, carregada de uma mistura de desejo e provocação:

— Você é mesmo uma pequena tentação, sabia? Aprendeu rápido.

Sem esperar resposta, ele voltou a beijá-la, mais profundamente dessa vez.

O corpo de Eulália ardia. Ela queria resistir, mas suas mãos estavam firmemente presas, e seu corpo, completamente dominado, não conseguia se mover. A sensação de estar presa entre o colchão e Cristian a deixou ainda mais vulnerável. Um gemido suave escapou de seus lábios, e, com o calor crescente, sua mente começou a se esvaziar. O desejo era a única coisa que restava.

O quarto se transformou em um refúgio de sombras e sussurros, onde os corpos entrelaçados de Cristian e Eulália se moviam em perfeita sintonia. A noite foi tomada por uma paixão desenfreada.

Enquanto isso, Valério e Lorena haviam acabado de retornar à ala VIP do Hospital Municipal Esperança, após o casamento realizado na capela. Lorena foi levada direto ao quarto, localizado na cobertura do hospital, reservado para os pacientes mais importantes.

Valério havia pago um ano inteiro de tratamento para ela, garantindo que não faltasse nada. O principal médico responsável, Jorge, administrou um calmante para Lorena e, ao sair do quarto, dirigiu-se a Valério no corredor.

— A saúde de Lorena está estável. O estado emocional dela tem ajudado bastante. Se continuar assim, talvez possamos prolongar sua expectativa de vida.

Valério acenou com a cabeça, sem dizer nada. Jorge parecia querer continuar a conversa, mas, ao notar o cansaço evidente no rosto de Valério, decidiu encerrar o assunto e desceu.

Valério abriu a porta do quarto e entrou.

Lorena não estava com o habitual pijama hospitalar. Em vez disso, ela usava um vestido justo de renda preta, algo completamente diferente de sua imagem habitual de pureza e fragilidade. Naquela noite, havia nela um toque sedutor e intrigante que não passava despercebido.

Lorena estava recostada na cama, com um sorriso leve e enigmático nos lábios, enquanto os olhos dela encontravam os de Valério.

Quando Lorena viu Valério entrar no quarto, os olhos dela brilharam de imediato. Ele havia trocado o traje do casamento, mas ainda vestia um elegante terno branco.

A luz do corredor do hospital iluminava sua figura alta de 1,85m, destacando os traços firmes e bem definidos de seu rosto. Sob aquela iluminação suave, sua presença parecia ainda mais imponente, mas com um toque de serenidade que só fazia torná-lo mais atraente.

Se, há cinco anos, ela não tivesse deixado Cidade de Orion, se não tivesse se afastado de Valério, hoje, a única noiva dele seria ela. Eulália jamais teria ocupado sua posição.

Ao pensar nisso, Lorena cerrou os dentes, tomada pelo ressentimento. Mas logo se acalmou. Não fazia diferença agora. Ela sabia que, no coração de Valério, havia um espaço que ninguém podia substituir. A prova disso era o casamento simbólico que ele havia realizado por ela naquele dia.

Por isso, naquela noite, Lorena não queria e nem planejava deixar Valério sair do hospital. Desde que ela tinha voltado para Cidade de Orion, Valério havia sido gentil, cuidadoso e atencioso com ela, mas sempre mantinha uma distância. Ele nunca havia ultrapassado o limite. Nunca haviam dormido juntos, e isso a deixava inquieta.

Para Lorena, essa barreira só podia significar uma coisa: Eulália ainda era uma sombra entre eles, uma presença que impedia Valério de se entregar completamente.

Lorena estendeu uma mão pálida e delicada em direção ao homem parado à porta:

— Val, você pode ficar comigo esta noite?

Os olhos escuros de Valério eram insondáveis. Ele caminhou até a cama e ajeitou o cobertor sobre ela com cuidado.

— O médico disse que você precisa descansar. Quando você dormir, eu vou embora.

Nos olhos de Lorena, uma sombra de decepção passou rapidamente antes que ela pudesse disfarçar. Sempre que ela tinha uma crise, Valério ficava ao lado dela, mas nunca até o amanhecer. Ele sempre a deixava no final.

Ela se ajoelhou na cama, e o movimento fez com que o vestido de renda preta que usava deslizasse, revelando um decote profundo e a pele delicada de sua clavícula. Suas mãos subiram até o cinto de Valério, e sua voz saiu baixa, quase implorando:

— Val, você sabe o que eu quero dizer.

Valério parou por um momento. Seu olhar se tornou mais sombrio, e ele respondeu com firmeza:

— Lorena, não faça isso.

O tom dele não era rude, mas carregava um peso que a fez estremecer. Ela conhecia bem o temperamento de Valério. Quando ele dizia algo, sua palavra era definitiva.

No passado, ela havia tentado provocá-lo, achando que ele cederia e a mimaria. Mas, para sua surpresa, seu comportamento apenas o afastou. Dessa vez, ela não cometeria o mesmo erro.

Com os olhos úmidos e brilhantes, Lorena deixou as lágrimas caírem, sua expressão era de uma fragilidade tocante:

— Val, me desculpa. Eu fui tola, gananciosa demais... É que eu esqueci que você já tem a Eulália.

As palavras dela tocaram algo dentro de Valério. Ele sabia que Eulália o amava, mas o amor dela era intenso, possessivo e, às vezes, sufocante. Ela exigia tanto dele que, muitas vezes, ele se sentia cansado.

Por que Eulália não podia ser mais suave como Lorena?

Com esse pensamento, ele levantou uma mão e acariciou os cabelos dela, em um gesto de consolo.

— Não pense nisso. Apenas descanse.

Ao sair do hospital, Valério segurava o celular. Desde a ligação que havia recebido de manhã, sobre o suposto sequestro de Eulália, não havia recebido mais nenhuma notícia dela.

Seu humor já estava sombrio, e a ausência de notícias só o deixava ainda mais irritado. Assim que entrou no carro, ele ordenou ao motorista:

— Me leve ao Velvet Noir.

Velvet Noir era o maior e mais exclusivo bar de Cidade de Orion, conhecido por seus luxuosos salões e festas privadas. Quando chegou, Valério foi direto para uma das salas VIP.

— Ora, ora, você por aqui! — Brincou Dylan Nunes, um dos amigos mais próximos de Valério. — Acabou de casar e já está aqui? Não era para estar na noite de núpcias? Afinal, dizem que cada minuto de uma noite como essa vale ouro...

Antes que Dylan pudesse terminar, Valério deu um leve tapa na parte de trás da cabeça dele.

— Por que você me bateu, cara? — Reclamou Dylan, massageando o local.

Valério ignorou a queixa, jogando o paletó do terno casualmente em uma cadeira antes de se sentar.

— Algum de vocês ouviu algo da Eulália? — Perguntou ele, direto ao ponto.
Continue to read this book for free
Scan code to download App

Latest chapter

  • Ops, Sem Querer Conquistei o Bilionário   Capítulo 30

    No dia seguinte, Eulália passou a manhã inteira procurando o relatório do projeto global no escritório, mas ele parecia ter desaparecido. Ela havia planejado usar o relatório para marcar uma reunião formal com Cristian, explicar o plano de maneira profissional e tentar convencê-lo a investir. Se isso não funcionasse, a última alternativa seria apelar para o favor que ele prometeu realizar. Afinal, Cristian tinha dado sua palavra. Mas o relatório simplesmente sumiu. Ela tinha certeza de que o havia deixado sobre a mesa. Eulália tinha trabalhado até tarde na noite anterior para finalizar os últimos detalhes. — Bruna, quem entrou no meu escritório nos últimos dois dias? Bruna, que estava parada na porta, hesitou por um momento antes de responder, com a voz ligeiramente nervosa: — Eulália, ninguém entrou no seu escritório. Eulália estreitou os olhos e ficou olhando para Bruna em silêncio, avaliando-a. Bruna sentiu os pelos da nuca se arrepiarem sob o olhar penetrante de Eulál

  • Ops, Sem Querer Conquistei o Bilionário   Capítulo 29

    Cristian curvou os lábios em um sorriso frio e sarcástico. — Quem quer jantar comigo, em Cidade de Orion, está na fila até o topo do arranha-céu. Em qual posição você acha que está? Antes que Filomena pudesse responder, Gilda entrou apressada no escritório. Ela segurou o braço de Filomena com delicadeza, mas firme o suficiente para que a outra entendesse o recado, enquanto lançava um olhar discreto, indicando que era hora de ir. — É melhor você voltar outra hora. — Sussurrou Gilda, tentando evitar que a situação ficasse ainda mais desconfortável. Filomena piscou os olhos, relutante, e lançou um último olhar para as costas largas de Cristian, que já havia se virado, ignorando completamente sua presença. Com os lábios apertados de frustração, ela se virou e deixou a sala, a contragosto. Quando a sala ficou vazia novamente, Cristian pegou um maço de cigarros da mesa, tirou um e o colocou entre os dentes. Ele girou o isqueiro algumas vezes sob os dedos antes de finalmente acendê-

  • Ops, Sem Querer Conquistei o Bilionário   Capítulo 28

    Cristian estava com a cabeça baixa, assinando uma pilha de documentos com sua caligrafia ágil e firme. Ao ouvir o som da porta se abrindo e uma voz, ele ergueu os olhos. Quando viu quem estava diante dele, não era Eulália, como esperava. Sua expressão imediatamente se fechou, e suas sobrancelhas franziram levemente. A voz de Cristian, grave e carregada de frieza, ecoou pela sala: — Quem é você? No instante em que ele levantou o olhar, Filomena ficou paralisada por alguns segundos. A visão daquele homem de traços perfeitos a deixou sem palavras. A pele clara dele parecia brilhar sob a luz do escritório, os olhos profundos e o nariz bem estruturado formavam um rosto de contornos impecáveis, com lábios finos e sensuais. Cristian usava uma camisa cinza de corte simples, mas elegante. Os dois primeiros botões estavam abertos, revelando uma parte discreta de seu peitoral, enquanto as mangas estavam dobradas, expondo seus antebraços musculosos. As veias que se destacavam em seus braço

  • Ops, Sem Querer Conquistei o Bilionário   Capítulo 27

    Se há três anos o Grupo Nogueira já era considerado o maior conglomerado de Cidade de Orion, agora sua influência havia se expandido de forma avassaladora, alcançando relevância global. Era compreensível que, no início, os membros mais antigos do conselho tivessem duvidado das capacidades de Cristian. Sua postura descontraída, charme indomável, inteligência afiada e uma beleza fora do comum o faziam parecer mais um modelo de renome internacional do que um típico CEO autoritário. Cristian ouviu o relatório sobre os números da empresa e assentiu levemente, satisfeito com os resultados. — O bônus de final de ano será dobrado para todos vocês. — Anunciou ele, com a voz calma e firme. — Obrigado, presidente. — Muito obrigado, Sr. Cristian. Os aplausos ecoaram novamente na sala de reuniões. Cristian manteve a expressão tranquila, mas seus olhos demonstravam confiança absoluta. — Preparem o plano de investimento para o próximo semestre. Depois disso, marcamos outra reunião. Por

  • Ops, Sem Querer Conquistei o Bilionário   Capítulo 26

    Eulália estava sentada em seu escritório, segurando uma caneta enquanto pressionava os dedos contra a testa. Seu olhar estava fixo na paisagem do lado de fora da janela, imersa em pensamentos profundos. O projeto global do Grupo Vargas precisava de um investimento de 4 bilhões, e ela sabia que Filomena faria de tudo para conseguir essa quantia. Afinal, os 10% das ações do Grupo Vargas em jogo representavam não só uma participação significativa na empresa, mas também dividendos anuais que poderiam chegar a dezenas de milhões, um valor que mudaria qualquer vida. No passado, Eulália talvez não ligasse tanto para dinheiro. O que ela realmente desejava era o afeto de sua família. Durante anos, ela havia vivido sob a criação tóxica de sua mãe adotiva, Jordana, que a tratava com frieza e crueldade. Ela era manipuladora, usando táticas de abuso emocional e psicológico constantes. Se Eulália tirava boas notas, Jordana ficava insatisfeita. Se ela fazia amigos, Jordana encontrava motivos pa

  • Ops, Sem Querer Conquistei o Bilionário   Capítulo 25

    Tomás pensou por um momento e, cauteloso, sugeriu: — Sr. Valério, atualmente o nosso Projeto Sul da Cidade está exigindo uma grande quantidade de fluxo de caixa. Talvez esses 5 bilhões sejam necessários para cobrir as demandas desse projeto. Valério lançou um olhar frio na direção dele, sua expressão carregada de impaciência. — Por acaso, agora eu preciso da sua autorização para usar 5 bilhões? A pergunta, cortante como uma lâmina, fez Tomás suar frio. Ele tentou justificar, com a voz um pouco trêmula: — Não é que não possamos disponibilizar, senhor. É só que, coincidentemente, o Projeto Sul... Mas Valério não estava disposto a ouvir desculpas. Ele estava de mau humor nos últimos dias e sua paciência andava curta. — Eu sou o seu chefe, Tomás. Você, como subordinado, está aqui para resolver problemas, não para criar mais. Entendido? Tomás prontamente respondeu, tentando controlar o nervosismo: — Sim, senhor. Entendido. Quando o senhor precisa que essa quantia esteja di

  • Ops, Sem Querer Conquistei o Bilionário   Capítulo 24

    Eulália mal havia saído do corredor quando viu André sair do escritório acompanhado de alguns secretários e executivos do alto escalão. Todos tinham ouvido os gritos de Filomena e foram verificar o que estava acontecendo. Eulália lançou um olhar para trás e viu Filomena, com os punhos cerrados e os olhos cheios de ódio, correndo em sua direção como se estivesse pronta para atacá-la. Eulália arqueou as sobrancelhas, e uma ideia surgiu. Fingindo estar assustada, ela rapidamente se escondeu atrás de André. — Pai, pai! A Filomena está completamente descontrolada. Ela tentou me bater! Por favor, me ajuda! — Eulália, sua vagabunda! Não fuja! Hoje eu vou acabar com a sua cara! — Gritou Filomena, correndo para fora da escada sem sequer perceber que havia uma plateia esperando por ela. Filomena estava tão cega de raiva que não teve tempo de parar ao ver os outros. Quando André a viu sair ensopada, exalando um cheiro azedo e com uma expressão de pura fúria, sua expressão se tornou so

  • Ops, Sem Querer Conquistei o Bilionário   Capítulo 23

    Eulália olhou para Filomena, que exibia uma expressão altiva e confiante. Parecia pouco provável que ela estivesse mentindo. Afinal, Filomena valorizava demais o título de “filha da família Vargas” e fazia de tudo para monopolizar o afeto de André e Hélia. Uma pessoa assim dificilmente arriscaria envolver-se em um sequestro só para chamar a atenção deles. De repente, o som do elevador interrompeu seus pensamentos. As portas se abriram, e alguns colegas de trabalho saíram apressados. Quando viram Eulália e Filomena paradas no saguão, uma com um olhar sombrio e a outra cheia de arrogância, os colegas desviaram o olhar e apressaram o passo, como quem foge de uma bomba-relógio prestes a explodir. Ninguém queria ser envolvido em uma guerra particular que não lhes dizia respeito. Eulália ergueu levemente as pálpebras, com um brilho frio no olhar. Discretamente, ela dobrou o braço e o esticou para frente, de forma quase imperceptível. Um dos colegas, que segurava um copo de café ferve

  • Ops, Sem Querer Conquistei o Bilionário   Capítulo 22

    André franziu a testa e respondeu com firmeza: — Você estudou artes. Não tem nada a ver com os cargos do Grupo Vargas. Filomena havia escolhido artes na faculdade porque, na época, acreditava que era a filha legítima da família Vargas, alguém que nunca precisaria se preocupar com o futuro. Mas agora, a situação era completamente diferente. Ela não era a verdadeira filha de André e Hélia. Seu estilo de vida luxuoso, com gastos mensais dos milhões de reais bancados pela mesada de Hélia, era insustentável. Filomena sabia que, se dependesse de vender suas pinturas, acabaria passando fome. Para garantir sua sobrevivência, precisava de uma fatia maior da fortuna dos Vargas, e o caminho mais rápido era entrar no Grupo Vargas. Ela forçou um sorriso confiante e disse: — Pai, eu sou inteligente. Não vou mais trabalhar com artes. Você está precisando de capital, e a Eulália agora está se achando superior demais, recusando-se a pedir ajuda ao Valério. Como você pretende levar adiante ess

Explore and read good novels for free
Free access to a vast number of good novels on GoodNovel app. Download the books you like and read anywhere & anytime.
Read books for free on the app
SCAN CODE TO READ ON APP
DMCA.com Protection Status