Share

Capítulo 5

Author: Lillian Frost
Dylan coçou a parte de trás da cabeça.

— Nada ainda. Eulália continua fazendo birra? Essa mulher está ficando muito confiante! Mas, Valério, não deixa ela te manipular assim. Ela só quer que você ceda, e, como dizem, se um homem cede uma vez, vai ceder mil vezes. Não dá para abrir precedentes. Além disso, com a posição dela na família Vargas, ela não tem muita escolha. Se ela ousar te deixar, é provável que os Vargas também a descartem.

Ao ouvir isso, Valério relaxou um pouco a expressão. Ele pegou o copo de bebida na mesa e tomou um gole. O sabor elegante e encorpado do álcool parecia aliviar sua mente.

Talvez o motivo de ele estar tão inquieto fosse o fato de que, dessa vez, Eulália havia levado sua atitude ao extremo, a ponto de inventar um sequestro. Isso o deixava desconfortável de uma forma que ele não conseguia explicar.

Orfeu Freitas, que estava sentado ao lado e bebendo, não conseguiu ficar calado. Para ele, o amor que Eulália sentia por Valério era algo que qualquer pessoa seria capaz de reconhecer e se comover.

— Valério, você sabe que Eulália já fez coisas que nenhuma mulher faria por você. Quando você teve aquelas dores de cabeça insuportáveis, ela ficou ajoelhada por um dia e uma noite pedindo ajuda ao melhor especialista em massagem terapêutica só para aliviar sua dor. Quando você não gostava de certos pratos, ela estudou culinárias do mundo inteiro para cozinhar exatamente o que você gosta.

Orfeu fez uma pausa, o olhar sério:

— Só quando Lorena começou a aparecer e a te cercar por todos os lados foi que Eulália perdeu o controle e começou a explodir. E, mesmo assim, ela sempre cedeu no final, porque te ama.

Valério permaneceu em silêncio, mas Orfeu continuou:

— Dessa vez, você passou dos limites. Mesmo que esse casamento tenha sido falso, você colocou Eulália numa posição humilhante. Todos estão rindo dela. E, para piorar, olha a frequência com que Lorena tem “crises”: o aniversário de namoro de vocês, o seu aniversário, o aniversário da própria Eulália, até mesmo feriados como Páscoa e Natal. Toda vez, lá está você no hospital com Lorena. Qualquer mulher ficaria no limite. Não importa o quanto Eulália te ame, o coração humano tem um limite. Não espere se arrepender depois que ela for embora.

Valério soltou uma risada fria e desdenhosa:

— Eu? Me arrepender por causa de uma mulher? Isso nunca vai acontecer.

Eulália o deixar? Aquilo era impossível, como o céu desabar. Para Valério, o amor e a dedicação dela ao longo dos anos tinham se tornado algo tão rotineiro e garantido quanto o ar que ele respirava.

No entanto, as palavras de Orfeu ficaram em sua mente. Mulheres eram naturalmente ciumentas, e talvez, dessa vez, ele tivesse ido longe demais com Eulália.

Ele terminou de beber, pegou o paletó e levantou-se para sair.

— Já vai? Você acabou de chegar! A noite nem começou! — Gritou Dylan, surpreso, enquanto via o amigo sair.

Do lado de fora do bar, Valério entrou em seu Maybach e, antes de o carro partir, ele ligou para seu assistente, Fábio.

— Organize uma visita do estilista francês Marélia à Cidade de Orion nos próximos dias. Quero que ela faça um vestido de noiva exclusivo para Eulália. E compre todos os lotes do próximo leilão de joias em Paris.

Enquanto desligava, Valério pensou consigo mesmo: “Eulália, isso é o suficiente para você?”

Quando chegou à mansão, Valério jogou o paletó em uma cadeira e caiu no sofá, esticando as pernas com descuido. Sua cabeça latejava levemente, uma dor que ele raramente sentia nos últimos anos, graças às massagens que Eulália fazia para ele. Mas, naquela noite, o estresse parecia ter feito a dor voltar.

Ele fechou os olhos, o cabelo bagunçado caindo sobre o rosto, enquanto sua respiração estava pesada.

Francisca, uma das funcionárias da casa, saiu da cozinha carregando um copo de caldo de cana fresco, que ela colocou na mesa ao lado dele.

Valério abriu os olhos e lançou um olhar curioso para o copo.

— O que é isso?

— É caldo de cana, senhor. A Srta. Eulália me pediu para fazer sempre que o senhor bebesse.

Valério apertou os olhos, massageando a testa. Ele permaneceu em silêncio por alguns segundos antes de dispensar Francisca:

— Pode sair.

Depois que ela saiu, ele pegou o copo e tomou um gole. O sabor doce e reconfortante suavizou algo dentro dele. Sem querer, ele sentiu seu coração amolecer.

Ele suspirou. Por causa desse pequeno detalhe — o fato de Eulália ainda se preocupar em pedir algo especial para ele —, ele decidiu que, dessa vez, cederia ao temperamento dela.

Pegando o celular, Valério discou para o número de Eulália. Era a primeira vez que ele ligava para ela depois de uma briga.

— O número que você ligou está desligado.

Os dedos de Valério apertaram o celular com tanta força que ficaram brancos. Uma onda de raiva subiu por seu peito.

— Eulália, você realmente sabe como me provocar. Está tentando me manipular agora, né? Mas você passou dos limites!

Sem hesitar, ele ligou novamente para Fábio. Sua voz estava fria e cortante:

— Cancele tudo sobre o vestido de noiva!

Na manhã seguinte, o som das ondas quebrando na praia ecoava suavemente, enquanto as cortinas brancas da janela panorâmica da mansão balançavam com o vento.

Cristian saiu do banheiro com o torso nu, uma toalha branca descansando em seus ombros, e o cabelo curto ainda gotejando discretamente.

Quando Eulália abriu os olhos, foi recebida por essa visão. Ela ficou momentaneamente congelada, incapaz de desviar o olhar. Por alguns segundos, ela simplesmente observou.

O peito dele, de um tom bronzeado, era firme e perfeitamente esculpido, com linhas musculares que pareciam feitas sob medida. Sua postura alta e esguia exalava uma combinação perigosa de sensualidade e autocontrole. Naquele momento, Cristian não parecia o homem frio e calculista do mundo dos negócios. Ele mais parecia um modelo de capa de revista, com uma beleza quase irreal.

O rosto de Eulália começou a esquentar, e seu coração acelerou de forma incontrolável. Sentindo-se exposta por seus próprios pensamentos, ela desviou os olhos depressa, tentando disfarçar o nervosismo. Sua voz saiu trêmula enquanto ela murmurava:

— Vo-você... Por que está tomando banho de manhã?

Cristian, sem se apressar, secou os cabelos com a toalha e lançou um olhar descontraído para Eulália. Seus lábios curvaram-se em um sorriso de canto, carregado de provocação.

— Quem disse que não se pode tomar banho de manhã?

— Não é isso... — Eulália tentou explicar, mas a vergonha a dominou. — Quero dizer, você devia se vestir logo!

A risada baixa e rouca de Cristian encheu o quarto. Ele parecia se divertir com o embaraço dela.

— Eulália, você está sendo formal demais. Ontem à noite você estava bem à vontade, me tocando com toda a vontade do mundo.

Eulália ficou sem fala. Como ele podia ser tão descarado? Que história era essa de que foi ela quem o tocou com vontade? E ele? Não tinha sido ele quem a tinha beijado e acariciado com tanta intensidade? As marcas em sua pele eram provas claras disso!

Ao pensar nisso, ela sentiu seu corpo inteiro protestar. Suas costas, sua cintura, até suas pernas estavam doloridas, como se tivessem sido desmontadas e remontadas. Ela apertou os dedos contra a palma da mão, tentando encontrar alguma calma.

Apesar do que aconteceu, ela e Cristian ainda eram praticamente estranhos. O que havia acontecido entre eles deveria ser encarado como um caso casual, algo semelhante às histórias de uma noite que ela já tinha ouvido falar sobre bares. Uma noite intensa seguida de um dia em que ambos voltavam a ser desconhecidos. Nada mais.

Cristian notou o olhar perdido dela. Os cílios longos de Eulália lançavam sombras sobre seus olhos, escondendo seus pensamentos. No entanto, o leve franzir de suas sobrancelhas e a tensão em seu corpo mostravam que ela estava claramente refletindo sobre algo.

Ele arqueou uma sobrancelha, um sorriso provocador surgindo em seus lábios.

— Então, você dorme comigo por uma noite e já quer fingir que nada aconteceu?

Cristian jogou a toalha no cesto de roupas sujas e puxou uma camiseta branca simples, vestindo-a de maneira casual e despreocupada.

De repente, alguém bateu na porta. Cristian caminhou até ela e a abriu. Do outro lado, uma empregada segurava um conjunto de roupas nas mãos.

— Senhor, as roupas da senhora chegaram.

Cristian pegou o conjunto das mãos dela e acenou para que ela fosse embora. Depois, ele se virou e caminhou até a cama, onde Eulália ainda estava sentada, e colocou as roupas ao lado dela. O gesto foi natural, mas havia algo íntimo e protetor nele.

— Seu vestido de ontem está sujo. Aqui está algo para você vestir.

O aroma fresco e limpo do banho de Cristian parecia preencher o quarto enquanto ele se aproximava. Eulália notou que, junto com o vestido, havia também peças de lingerie preta. Ao perceber que ele havia segurado aquelas peças com as próprias mãos, o rosto dela ficou ainda mais vermelho.

Seus pés se mexeram de forma nervosa, os dedos dos pés se curvando involuntariamente. Eulália sentiu como se pudesse cozinhar um ovo só com o calor que emanava de seu corpo.

Cristian exalava uma presença tão intensa que ela sentia que seu coração podia parar a qualquer momento. Era assim que as coisas funcionavam entre adultos? Mesmo com Valério, seu coração nunca havia batido dessa maneira, tão selvagem e descontrolado.

Ela respirou fundo, tentando encontrar sua voz.

— Nós... Estamos quites. Tudo o que aconteceu ontem foi resolvido, certo?

Cristian inclinou-se ligeiramente, uma das mãos segurando o queixo delicado de Eulália, forçando-a a encontrar seu olhar penetrante.

— O que você acha? — Perguntou ele, com um tom baixo que parecia carregar um desafio escondido.
Continue to read this book for free
Scan code to download App

Latest chapter

  • Ops, Sem Querer Conquistei o Bilionário   Capítulo 30

    No dia seguinte, Eulália passou a manhã inteira procurando o relatório do projeto global no escritório, mas ele parecia ter desaparecido. Ela havia planejado usar o relatório para marcar uma reunião formal com Cristian, explicar o plano de maneira profissional e tentar convencê-lo a investir. Se isso não funcionasse, a última alternativa seria apelar para o favor que ele prometeu realizar. Afinal, Cristian tinha dado sua palavra. Mas o relatório simplesmente sumiu. Ela tinha certeza de que o havia deixado sobre a mesa. Eulália tinha trabalhado até tarde na noite anterior para finalizar os últimos detalhes. — Bruna, quem entrou no meu escritório nos últimos dois dias? Bruna, que estava parada na porta, hesitou por um momento antes de responder, com a voz ligeiramente nervosa: — Eulália, ninguém entrou no seu escritório. Eulália estreitou os olhos e ficou olhando para Bruna em silêncio, avaliando-a. Bruna sentiu os pelos da nuca se arrepiarem sob o olhar penetrante de Eulál

  • Ops, Sem Querer Conquistei o Bilionário   Capítulo 29

    Cristian curvou os lábios em um sorriso frio e sarcástico. — Quem quer jantar comigo, em Cidade de Orion, está na fila até o topo do arranha-céu. Em qual posição você acha que está? Antes que Filomena pudesse responder, Gilda entrou apressada no escritório. Ela segurou o braço de Filomena com delicadeza, mas firme o suficiente para que a outra entendesse o recado, enquanto lançava um olhar discreto, indicando que era hora de ir. — É melhor você voltar outra hora. — Sussurrou Gilda, tentando evitar que a situação ficasse ainda mais desconfortável. Filomena piscou os olhos, relutante, e lançou um último olhar para as costas largas de Cristian, que já havia se virado, ignorando completamente sua presença. Com os lábios apertados de frustração, ela se virou e deixou a sala, a contragosto. Quando a sala ficou vazia novamente, Cristian pegou um maço de cigarros da mesa, tirou um e o colocou entre os dentes. Ele girou o isqueiro algumas vezes sob os dedos antes de finalmente acendê-

  • Ops, Sem Querer Conquistei o Bilionário   Capítulo 28

    Cristian estava com a cabeça baixa, assinando uma pilha de documentos com sua caligrafia ágil e firme. Ao ouvir o som da porta se abrindo e uma voz, ele ergueu os olhos. Quando viu quem estava diante dele, não era Eulália, como esperava. Sua expressão imediatamente se fechou, e suas sobrancelhas franziram levemente. A voz de Cristian, grave e carregada de frieza, ecoou pela sala: — Quem é você? No instante em que ele levantou o olhar, Filomena ficou paralisada por alguns segundos. A visão daquele homem de traços perfeitos a deixou sem palavras. A pele clara dele parecia brilhar sob a luz do escritório, os olhos profundos e o nariz bem estruturado formavam um rosto de contornos impecáveis, com lábios finos e sensuais. Cristian usava uma camisa cinza de corte simples, mas elegante. Os dois primeiros botões estavam abertos, revelando uma parte discreta de seu peitoral, enquanto as mangas estavam dobradas, expondo seus antebraços musculosos. As veias que se destacavam em seus braço

  • Ops, Sem Querer Conquistei o Bilionário   Capítulo 27

    Se há três anos o Grupo Nogueira já era considerado o maior conglomerado de Cidade de Orion, agora sua influência havia se expandido de forma avassaladora, alcançando relevância global. Era compreensível que, no início, os membros mais antigos do conselho tivessem duvidado das capacidades de Cristian. Sua postura descontraída, charme indomável, inteligência afiada e uma beleza fora do comum o faziam parecer mais um modelo de renome internacional do que um típico CEO autoritário. Cristian ouviu o relatório sobre os números da empresa e assentiu levemente, satisfeito com os resultados. — O bônus de final de ano será dobrado para todos vocês. — Anunciou ele, com a voz calma e firme. — Obrigado, presidente. — Muito obrigado, Sr. Cristian. Os aplausos ecoaram novamente na sala de reuniões. Cristian manteve a expressão tranquila, mas seus olhos demonstravam confiança absoluta. — Preparem o plano de investimento para o próximo semestre. Depois disso, marcamos outra reunião. Por

  • Ops, Sem Querer Conquistei o Bilionário   Capítulo 26

    Eulália estava sentada em seu escritório, segurando uma caneta enquanto pressionava os dedos contra a testa. Seu olhar estava fixo na paisagem do lado de fora da janela, imersa em pensamentos profundos. O projeto global do Grupo Vargas precisava de um investimento de 4 bilhões, e ela sabia que Filomena faria de tudo para conseguir essa quantia. Afinal, os 10% das ações do Grupo Vargas em jogo representavam não só uma participação significativa na empresa, mas também dividendos anuais que poderiam chegar a dezenas de milhões, um valor que mudaria qualquer vida. No passado, Eulália talvez não ligasse tanto para dinheiro. O que ela realmente desejava era o afeto de sua família. Durante anos, ela havia vivido sob a criação tóxica de sua mãe adotiva, Jordana, que a tratava com frieza e crueldade. Ela era manipuladora, usando táticas de abuso emocional e psicológico constantes. Se Eulália tirava boas notas, Jordana ficava insatisfeita. Se ela fazia amigos, Jordana encontrava motivos pa

  • Ops, Sem Querer Conquistei o Bilionário   Capítulo 25

    Tomás pensou por um momento e, cauteloso, sugeriu: — Sr. Valério, atualmente o nosso Projeto Sul da Cidade está exigindo uma grande quantidade de fluxo de caixa. Talvez esses 5 bilhões sejam necessários para cobrir as demandas desse projeto. Valério lançou um olhar frio na direção dele, sua expressão carregada de impaciência. — Por acaso, agora eu preciso da sua autorização para usar 5 bilhões? A pergunta, cortante como uma lâmina, fez Tomás suar frio. Ele tentou justificar, com a voz um pouco trêmula: — Não é que não possamos disponibilizar, senhor. É só que, coincidentemente, o Projeto Sul... Mas Valério não estava disposto a ouvir desculpas. Ele estava de mau humor nos últimos dias e sua paciência andava curta. — Eu sou o seu chefe, Tomás. Você, como subordinado, está aqui para resolver problemas, não para criar mais. Entendido? Tomás prontamente respondeu, tentando controlar o nervosismo: — Sim, senhor. Entendido. Quando o senhor precisa que essa quantia esteja di

  • Ops, Sem Querer Conquistei o Bilionário   Capítulo 24

    Eulália mal havia saído do corredor quando viu André sair do escritório acompanhado de alguns secretários e executivos do alto escalão. Todos tinham ouvido os gritos de Filomena e foram verificar o que estava acontecendo. Eulália lançou um olhar para trás e viu Filomena, com os punhos cerrados e os olhos cheios de ódio, correndo em sua direção como se estivesse pronta para atacá-la. Eulália arqueou as sobrancelhas, e uma ideia surgiu. Fingindo estar assustada, ela rapidamente se escondeu atrás de André. — Pai, pai! A Filomena está completamente descontrolada. Ela tentou me bater! Por favor, me ajuda! — Eulália, sua vagabunda! Não fuja! Hoje eu vou acabar com a sua cara! — Gritou Filomena, correndo para fora da escada sem sequer perceber que havia uma plateia esperando por ela. Filomena estava tão cega de raiva que não teve tempo de parar ao ver os outros. Quando André a viu sair ensopada, exalando um cheiro azedo e com uma expressão de pura fúria, sua expressão se tornou so

  • Ops, Sem Querer Conquistei o Bilionário   Capítulo 23

    Eulália olhou para Filomena, que exibia uma expressão altiva e confiante. Parecia pouco provável que ela estivesse mentindo. Afinal, Filomena valorizava demais o título de “filha da família Vargas” e fazia de tudo para monopolizar o afeto de André e Hélia. Uma pessoa assim dificilmente arriscaria envolver-se em um sequestro só para chamar a atenção deles. De repente, o som do elevador interrompeu seus pensamentos. As portas se abriram, e alguns colegas de trabalho saíram apressados. Quando viram Eulália e Filomena paradas no saguão, uma com um olhar sombrio e a outra cheia de arrogância, os colegas desviaram o olhar e apressaram o passo, como quem foge de uma bomba-relógio prestes a explodir. Ninguém queria ser envolvido em uma guerra particular que não lhes dizia respeito. Eulália ergueu levemente as pálpebras, com um brilho frio no olhar. Discretamente, ela dobrou o braço e o esticou para frente, de forma quase imperceptível. Um dos colegas, que segurava um copo de café ferve

  • Ops, Sem Querer Conquistei o Bilionário   Capítulo 22

    André franziu a testa e respondeu com firmeza: — Você estudou artes. Não tem nada a ver com os cargos do Grupo Vargas. Filomena havia escolhido artes na faculdade porque, na época, acreditava que era a filha legítima da família Vargas, alguém que nunca precisaria se preocupar com o futuro. Mas agora, a situação era completamente diferente. Ela não era a verdadeira filha de André e Hélia. Seu estilo de vida luxuoso, com gastos mensais dos milhões de reais bancados pela mesada de Hélia, era insustentável. Filomena sabia que, se dependesse de vender suas pinturas, acabaria passando fome. Para garantir sua sobrevivência, precisava de uma fatia maior da fortuna dos Vargas, e o caminho mais rápido era entrar no Grupo Vargas. Ela forçou um sorriso confiante e disse: — Pai, eu sou inteligente. Não vou mais trabalhar com artes. Você está precisando de capital, e a Eulália agora está se achando superior demais, recusando-se a pedir ajuda ao Valério. Como você pretende levar adiante ess

Explore and read good novels for free
Free access to a vast number of good novels on GoodNovel app. Download the books you like and read anywhere & anytime.
Read books for free on the app
SCAN CODE TO READ ON APP
DMCA.com Protection Status