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CAPÍTULO 0002

Author: Gato Laranja no Mundo
Depois de uma noite inteira de correria, Isabela teve alta no dia seguinte.

Ao chegar em casa, preparei a mamadeira e fiz ela dormir.

O cansaço de uma noite sem dormir finalmente me atingiu. Deitei no sofá com a roupa do corpo e acabei cochilando.

Quando acordei, já era meio-dia. Estava indo para a cozinha preparar o almoço quando, de repente, me lembrei do que o médico havia dito ontem.

Ele mandou eu verificar as câmeras de segurança.

Por quê? Será que a ingestão do calmante por Isabela não foi um acidente? Teria sido de propósito?

Ao pensar nisso, comecei a tremer dos pés à cabeça. Só moramos eu e Renato aqui.

Será possível que foi Renato quem deu o calmante à Isabela?

Mas isso parecia impossível. Apesar da traição, eu acreditava que ele jamais faria algo tão cruel com a própria filha.

Mesmo assim, com um fio de dúvida no peito, resolvi conferir as gravações.

Não demorou muito para o sangue me ferver.

A filmagem mostrava claramente Renato triturando um comprimido e misturando no leite da Isabela.

— Fica tranquila, Camila. Vou passar aí para te buscar direitinho, no horário combinado.

— A pirralha não parava de chorar, já dei um jeito nela.

Ele com certeza não sabia que as câmeras estavam ligadas. Do contrário, não teria sido tão descarado.

Jamais imaginei que fosse capaz de tanta crueldade com a própria filha!

As lágrimas voltaram a embaçar minha visão. Mas, dessa vez, não era tristeza. Era raiva.

Nenhuma mãe aceitaria ver alguém machucando sua filha, nem mesmo se esse alguém fosse o próprio pai.

Enxuguei as lágrimas e me forcei a manter a calma. Continuei assistindo às gravações.

Para minha surpresa, descobri que, enquanto eu estava trabalhando, Renato, que dizia estar em home office, levava Camila Rocha para dentro de casa repetidamente.

Os dois faziam sexo no sofá da sala, sem se importar com Isabela, que chorava até ficar rouca bem ao lado.

Então era isso. Ele já me traía havia muito tempo.

Ótimo. Perfeito.

Salvei os vídeos e, com frieza, liguei para o advogado.

— Dr. Ribeiro, bom dia. Preciso que o senhor me ajude a redigir um acordo de divórcio.

A decisão estava tomada. Eu e Isabela sairíamos da vida de Renato. De vez.

...

Mal desliguei o telefone, ouvi a porta sendo aberta.

Renato entrou com várias sacolas nas mãos, sorrindo com entusiasmo.

Fazia tempo que eu não via aquele sorriso no rosto dele.

Mas, ao me ver, ele imediatamente mudou de expressão.

— Você não foi trabalhar hoje?

Sorri com frieza.

— Diferente de você, eu não consigo fingir que nada aconteceu quando minha filha está ardendo em febre.

Renato franziu a testa.

— Já começa a brigar? Ontem eu estava trabalhando! Você acha que eu me mato à toa todo dia? Faço tudo por você e pela Isabela!

Nesse momento, notei a presença de uma silhueta fina na porta.

Camila Rocha.

Ela me estendeu a mão, com um sorriso educado.

— Oi, Lorena. Desculpa aparecer assim, espero não atrapalhar.

Não respondi. Também não saí do caminho.

Foi Renato quem não aguentou o clima. Ele me empurrou de lado com pressa e ajudou Camila a se sentar no sofá, com todo cuidado.

— A Camila machucou o pé. Vai ficar aqui com a gente por uns dias.

Olhei bem para os dois.

— Machucou o pé e vem morar na casa dos outros? Você é bem generoso, Renato.

Ele fez um gesto impaciente com a mão.

— Você sabe como é difícil pra ela. Tá sozinha nessa cidade, uma menina sem ninguém, trabalhando duro... Ela é funcionária da minha empresa. É minha obrigação cuidar.

— Somos só colegas de trabalho, não exagera.

Camila olhou pra mim, com os olhos cheios d'água.

— Desculpa mesmo, Lorena. Não queria incomodar você e o Renato.

Assenti com a cabeça.

— Está incomodando, sim. Como você pode ver, aqui tem uma criança pequena. Fica difícil.

— Cala a boca, Lorena! — Renato me cortou na hora. — Você não tem compaixão nenhuma? A Camila é cinco anos mais nova que você. Vai tratar ela desse jeito?

— Temos um quarto de hóspedes. Qual o problema de ela ficar aqui uns dias? Aliás, essa casa é minha. Eu decido quem mora aqui. Você que não arrume confusão.

Ele falava com toda certeza, como se estivesse coberto de razão.

Mas ele parecia ter esquecido que, quando começamos, eu tinha exatamente a idade da Camila. E mesmo assim, escolhi estar ao lado dele para construir tudo do zero.

Naquela época, ele também dizia que me amava. Prometia que eu teria uma vida maravilhosa.

E no fim das contas, a mulher que ele quer proteger agora é outra.

Sorri levemente e bloqueei o caminho dele para o quarto.

— Imagina se eu não fosse concordar. Só estava pensando... Se a Camila tá ferida, por que ela não fica no nosso quarto principal? Eu e a Isabela podemos ficar no quarto de hóspedes.

Renato pareceu confuso. Talvez estranhasse eu ceder tão facilmente. Afinal, até hoje, eu sempre discutia, sempre resistia. Nunca aceitei as imposições dele assim, tão tranquila.

— Lorena... tá tudo bem com você?

Comecei a arrumar minhas coisas com agilidade.

— Claro que tá. Tô fazendo isso por vocês.

Ele acabou aceitando e se levantou para me ajudar a levar minhas coisas.

Tão hipócrita.

Mas, no instante em que Renato veio me dar uma mão, Camila, que até então estava com o pé machucado, se levantou de repente, se curvou para mim e disse:

— Obrigada, Lorena. Prometo que vou retribuir tudo que está fazendo por mim... Ai!

Mal terminou a frase e já caiu de novo, como se não aguentasse ficar em pé.

Renato ficou desesperado. Me ignorou completamente e correu para pegá-la no colo, levando-a direto para o quarto principal.

Enquanto ele se afastava, vi Camila me lançar um sorriso cheio de desprezo por cima do ombro dele.

Parecia estar zombando da minha incapacidade, como se eu nem fosse capaz de segurar o próprio marido. Mas o que ela não sabia... é que, para mim, Renato já valia menos que lixo.

Camila se instalou no quarto principal, e Renato, querendo pagar de honesto, decidiu dormir no sofá da sala.

Disse que era para evitar mal-entendidos.

Mas, quando acordei no meio da noite para ver a Isabela, Renato não estava no sofá.

O que ouvi foi o som abafado vindo do quarto principal.

Mesmo debaixo do nariz da esposa legítima, eles ainda conseguiam manter a empolgação. Esses dois realmente levam a busca por adrenalina até o fim.
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