ログインDante abaixou a cabeça para acender o charuto, mas talvez tenha percebido o olhar dela, levantou os olhos.Sob aquele ângulo, o olhar dele parecia frio e cortante, quando estava sem expressão, era exatamente assim, gelado e inabalável.Mas, ao ver que era ela, a frieza permaneceu, só que nos olhos dele surgiu uma doçura suave.Luana ficou sem reação.Por que o namorado dela, sendo tão bom, parecia um chefe da máfia?Tinha uma presença... poderosa.Vivian percebeu o olhar dela, acompanhou com os olhos e sussurrou em seu ouvido:— O Sr. Dante é muito gato, né?— Também acho. — Luana concordou.Ele estava mesmo lindo, inexplicavelmente bonito o dia inteiro.Mas era a primeira vez que ela o via fumar, e aquilo tinha algo diferente.Luana, pessoalmente, não gostava de cigarro. Detestava o cheiro de fumaça, quando sentia em algum lugar público, seu humor estragava na hora.Como nunca tinha visto Dante fumar, sabia que ele não era viciado.Fumar uma ou duas vezes em ocasiões sociais era algo
Cinco minutos.Luana saiu de cima de Dante, e quando ele se levantou, ela foi direto olhar o braço dele, de onde saía um pouco de sangue.Luana, irritada: — Eu te disse pra não me abraçar.Dante baixou a cabeça: — Não consegui me controlar, não teve jeito.Luana ficou brava, mas o Sr. Dante era cara de pau, então ela nem ligou mais: — Tá bom, se vire sozinho então.Quando ia soltar a mão dele, Dante a segurou e entrelaçou os dedos nos dela, prometendo: — Da próxima vez, não vou te deixar preocupada.— E se da próxima vez você fizer de novo e eu ficar preocupada outra vez? — Perguntou Luana.Dante se abaixou um pouco: — Você pode me punir do jeito que quiser.Luana ficou sem palavras.Dante estava sério demais, e Luana quase pensou besteira, mas se segurou!Luana voltou pra casa com Dante.Leandro, Samuel e André estavam fazendo flexões.Lorena e Vivian torciam animadas do lado, e os três homens se esforçavam ainda mais.Igor e Monica jogavam sinuca, em silêncio.De um lado, pura e
— Por que não me contou? — Luana perguntou. Depois de pensar por um momento, completou:— Ou você tava esperando que eu mesma te dissesse?— Não sei… talvez. — Respondeu Dante.Luana, de repente, se deu conta de algo, será que o seu Dante estava sendo cuidadoso demais com ela?E como é que só percebeu isso agora?— Você devia ter falado comigo direto. Eu não comentei nada porque achei que você ia ficar bravo, e também não queria tocar no nome do Henrique… Mas então você ficou todo esse tempo esperando que eu contasse, não é? Deve ter sido exaustivo pra você.Ela ergueu o dedo e tocou de leve a têmpora dele.— Você pensa demais, sabia? Assim vai acabar cansando a cabeça.Dante a encarou por um tempo, depois disse:— Obrigado.— De novo?— Porque você é boa demais. — E eu não sou bom o bastante.Um pensamento se abriu dentro dele.Quando era criança, pra conquistar o afeto do avô, ele fingia ser o neto obediente. Agora, pra merecer o amor de Luana, ele também podia fingir ser o homem qu
Luana contou a Dante sobre os dois encontros que tivera com Henrique.— Da próxima vez, se eu me encontrar com ele, vou te avisar antes. Claro que não vou procurá-lo por conta própria… enfim, não vai acontecer de novo uma situação como a de hoje, dele aparecer do nada dizendo que não conseguiu esperar minha ligação. No seu lugar, eu também ficaria chateado. Deve ter parecido que ainda existe alguma coisa entre mim e ele, como se ainda estivéssemos presos a algum tipo de laço.— Pensando bem, eu realmente errei.Ela refletia e se recriminava.Henrique era alguém que Dante conhecia há anos, mas também era o ex-marido dela. E, diante do atual namorado, deixar claro que não havia mais nenhuma ligação com o ex era necessário.Henrique, afinal, era um caso à parte.Antes, esse assunto era quase um tabu entre eles, algo que ela sempre evitava tocar. Mas, se nunca falasse sobre isso, o peso não desapareceria.Então decidiu ser franca, falar abertamente não tinha problema algum.Enquanto o cora
Luana despediu-se do médico e, ao se virar, seus olhos foram direto para Dante.O sofá branco estava cercado por plantas verdes, e ele estava sentado ali, com o cotovelo do braço ferido apoiado no joelho.O corpo forte e bem definido, até mesmo o antebraço exibia músculos elegantes, de linhas limpas.O curativo impermeável cobria o ferimento, sem parecer incômodo, pelo contrário, dava-lhe um ar de guerreiro.Um charme perigoso....Como ela podia pensar isso agora? Que pensamento horrível.Mas, sinceramente, Luana achava que aquele conjunto preto que ele vestia caía perfeitamente bem nele, o tecido de qualidade, o corte impecável, o rosto e o porte de Dante faziam tudo parecer ainda mais caro.A mansão estava lindamente decorada, e a cena, com Dante ali no meio, tinha um ar de beleza quase irreal.Mas havia algo de estranho.Naquele momento, havia em Dante uma calma silenciosa, sentado a um canto, imóvel, com um ar quase solene.Todos ali o conheciam bem, sabiam reconhecer esse estado d
O que mais abalava Luana era ver alguém que amava se ferir.Foi por isso que ela realmente ficou com raiva.Quando viu os cortes no braço de Dante, seu rosto empalideceu de imediato.Sem que ninguém precisasse dizer nada, Monica logo mandou trazer o kit de primeiros socorros.Dante sentou-se no sofá enquanto o ferimento era tratado.Luana quis ajudar ela mesma, mas ele, ao perceber o quanto ela estava preocupada, recusou:— Luana, eu tô bem. Vai comer alguma coisa, eu vou ficar bem logo.— Quero ficar te olhando. — Disse Luana, sem intenção alguma de ir embora.Quando se tratava de alguém doente, ela sempre se importava, costumava ficar por perto, porque sabia que nesses momentos a presença de alguém fazia toda a diferença.Dante ficou rígido por um instante e acabou soltando um suspiro:— Tá bom.O médico da casa tratava o ferimento com precisão. O corte não era tão profundo quanto parecia, não precisaria de pontos. Bastava limpar, passar o remédio e evitar o mar por alguns dias.— Na







