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CAPÍTULO 3

ผู้เขียน: Ribeiro Peixoto
Henrique apareceu na porta da cafeteria, terno impecável, postura de quem nasceu pra ser admirado. Alto, bonito, aquele ar de quem não aceita menos do que o melhor. Muita gente ali não conseguia evitar, olhares de surpresa, quase todo mundo parou pra olhar.

Ao lado dele vinha Daniel, pouco mais de trinta anos, também elegante.

Luana reconheceu na hora.

Daniel Quintana, professor de ciência da computação da Universidade A. Dias atrás, navegando no fórum, ela viu que ele andava pesquisando estabilidade em IA orientada a dados.

Atrás deles, Luís Bastos, assistente de Henrique, carregando uma pasta.

O Grupo Ribeiro era referência em tecnologia em Cidade H, então ela imaginou que Henrique devia estar ali por negócios.

Luana não queria de jeito nenhum cruzar com Henrique. Mas levantar agora só chamaria mais atenção. Só restava torcer pra passar despercebida.

O destino não colaborou.

Na hora seguinte, o olhar de Henrique caiu direto nela.

Os dois se encararam.

Ele olhou como se estivesse vendo uma desconhecida. Nenhuma reação, logo desviou o olhar. Nem fingiu se importar.

Luís também notou Luana, mas nada falou. Só virou e disse:

— A sala reservada é por aqui, Prof. Daniel, Sr. Henrique, podem me acompanhar.

Luana soltou um leve suspiro.

Mas eles pararam.

Daniel perguntou, de repente:

— Henrique, conhece a moça sentada na janela? Me desculpa a intromissão, mas reparei que você e o Luís olharam pra ela ao mesmo tempo.

Henrique tinha cogitado que Luana podia aparecer na empresa. Não esperava encontrar ela ali.

Não demonstrou surpresa. Mas não gostou nem um pouco.

Respondeu, seco:

— É a empregada lá de casa.

Daniel ficou um segundo sem entender.

Não perguntou só por causa da reação de Henrique. Tinha quase certeza de já ter visto Luana no laboratório da Universidade A...

Só que, pra alguém sair daquela universidade, ainda mais em computação, não fazia sentido acabar como empregada.

Na memória dele, aquela aluna era brilhante, gênio de verdade. No laboratório, enfrentava agora um baita problema técnico. Se conseguisse aquela mente pra equipe, virava o jogo em pouco tempo.

Só que, uns anos atrás, ela sumiu do nada.

Daniel já tinha vasculhado todos os arquivos de formandos. Ninguém batia com o perfil. Nenhum currículo correspondia daquele génio.

Se aquela aluna tivesse continuado, era nome pra virar lenda, professor mais jovem da história da universidade, destaque na Academia de Ciências, lugar garantido no Hall da Fama.

Um talento assim, com futuro sem limites.

Daniel balançou a cabeça. Se era engano, melhor esquecer.

— Vamos, Sr. Henrique.

Henrique não olhou de novo. Entrou na sala reservada, sem hesitar.

Os dedos de Luana arranharam a xícara, arrancando um som áspero.

Lucas já tinha ido na casa deles, comeu uma vez o que ela fez e ficou tão impressionado que jurou que só casaria com uma mulher que cozinhasse igual.

Henrique, na época, falou, indiferente:

— Se casar com uma chef resolve tudo, então pronto.

Amar alguém te faz cego mesmo.

Luana não achou estranho na hora.

Hoje, só consegue achar graça, e um pouco de ódio.

Três anos jogados fora pra, no fim, virar cozinheira e empregada. Era isso?

Um peso no peito, sufocante, como se cada dor viesse atrasada, picando sem parar.

Tac tac…

Henrique já tinha entrado na sala, mas Luís veio até ela, bateu na mesa.

Luana saiu do transe e olhou pra cima.

Luís, impaciente, cobrou:

— O que você tá fazendo aqui? Sr. Henrique já te avisou pra não ficar de olho na rotina dele.

Quando o velho Sr. Ribeiro ficou doente, Luana não conseguia falar com Henrique, tentou contato com o secretário, no fim achou ele num bar.

Henrique estava bêbado. Ela foi ajudar, ele agarrou ela no sofá, beijou com força.

Luana ficou assustada, mas, no fundo, feliz.

Pela primeira vez, Henrique parecia procurar ela de verdade...

Só que, no meio do beijo, ele sussurrou o nome Bianca...

O corpo dela gelou.

Tentou se soltar, mas ele estava fora de si. Quando acordou no dia seguinte, Henrique ficou furioso. Ficou um mês sem voltar pra casa e deixou claro que se ela fizesse de novo, era divórcio, nem o velho Sr. Ribeiro mudaria isso.

Luana nunca mais ousou. A partir dali, não importava o que acontecesse, nunca mais procurou saber da vida dele.

Como assistente, Luís sabia bem o quanto Luana gostava de Henrique.

Perguntou, mas duvidou que ela tivesse coragem pra tanto.

Ela não ousaria fazer nada que acabasse com o pouco de boa vontade que ainda restava de Henrique.

O máximo que poderia explicar tanta ousadia era algum choque recente.

Logo entendeu tudo:

— Se foi por causa da volta da Srta. Bianca que você resolveu agir assim, pensa bem no que ela representa pro Sr. Henrique. Você acha mesmo que isso faz algum sentido?

Bianca voltou como doutora e passou direto na seleção do laboratório do professor Daniel, referência máxima do setor.

No grupo de Daniel, só trabalhava quem eram os melhores. Eles pesquisavam aplicações de ponta em inteligência artificial.

O mundo de Bianca era inalcançável pra Luana.

Se Luís estivesse no lugar dela, teria noção das próprias limitações. Encarar Bianca de perto só deixaria a diferença mais gritante, viraria piada.

Mas Luana, claramente, não tinha essa noção.

A relação entre eles sempre foi ruim.

Simples porque ele era assistente de Henrique, repetia tudo que via o chefe fazer. O mesmo desprezo.

Luana, até pouco tempo, vivia tão focada em Henrique que sempre tratou Luís com educação, mesmo quando ele era grosseiro ou soltava alguma provocação.

Agora, não via mais sentido em engolir desaforo.

Luana devolveu, seca:

— O que é ter sentido pra você? Se for seguir sua lógica, era mais fácil eu ficar grudada no Henrique desde cedo, seguir ele por todo canto, sem disfarçar. Isso sim seria “ciúme doentio”, não acha?

Luís olhou, surpreso.

Sempre foi acostumado com ela quieta, nunca viu Luana reagir desse jeito.

Logo entendeu.

Ela tinha perdido um filho ontem, enquanto Henrique estava com Bianca.

Qualquer mulher, mesmo a mais mansa, mudaria um pouco.

Mas também sabia que ela não ia durar.

Luís manteve a cara fechada:

— Não quero discutir contigo. Sr. Henrique não quer te ver, vai embora.

Se ela fizesse questão de bater de frente, só ia continuar ali para incomodá-lo de propósito.

Mas isso não traria benefício nenhum para ela.

Não valia a pena agir de forma tão infantil.

— Me separei do Henrique. O que eu fizer a partir de agora não diz mais respeito a nenhum de vocês. Não se mete.

Luana terminou a frase, virou as costas e saiu.

Luís ficou olhando para as costas dela, quase riu de tão sem palavras.

Que graça tinha aquilo?

Chefe já tinha pedido divórcio dezenas de vezes, quando foi que ela levou até o fim?

De que adianta descontar a raiva nele?

Bateu boca, mas a aliança continuava ali, no dedo. Não é ainda mais ridículo?

...

Saindo dali, Luana mandou mensagem pra Lorena:

— Vamos nos encontrar em outro lugar.

Era para ir depois, mas não tinha mais paciência pra esperar.

Joalheria.

A atendente cortou a aliança do dedo de Luana com um alicate.

Anos tentando engravidar, tomando todo tipo de remédio que a sogra mandava, engordou sem perceber, a aliança já não saía mais.

O anel cortado virou sucata. Venderam como platina, preço de mercado.

Luana nunca gostou de exageros. A aliança dela tinha só alguns pequenos diamantes, que nem eram valiosos, por isso, na hora de vender, não passava de dois mil.

Lorena ouviu o valor, achou tão ridículo que caiu na risada:

— Até vendeu a aliança, hein? Se está fazendo cena, dessa vez tá convincente!

Com o histórico dos últimos três anos, Lorena nunca acreditou que Luana ia mesmo ter coragem de largar Henrique.
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