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CAPÍTULO 4

ผู้เขียน: Ribeiro Peixoto
Luana não negou. Olhou para a marca no dedo anelar, que não ia sumir tão cedo:

— Essa marca tá feia. Devia ter tirado essa aliança antes.

Lorena, ouvindo isso, percebeu que, dessa vez, Luana estava mesmo decidida.

Não podia garantir 100%, mas pelo menos era muito diferente das outras vezes. Não fazia sentido continuar tirando sarro... mas não resistiu:

— O seu amor não vale nem um almoço decente.

Luana não explicou:

— Então vamos, faço questão de te pagar.

Lorena não saiu do lugar, ergueu a sobrancelha e olhou pra Luana:

— Meu tempo é valioso. Primeiro me diz por que me chamou. Quero saber se vale a pena gastar tempo com você.

Luana ficou alguns segundos calada:

— Quero reescrever aquela dissertação que larguei. Preciso usar seu laboratório pra rodar dados. O setor muda muito rápido, tem muita coisa que preciso atualizar.

Ela nem teve coragem de falar disso por telefone. Era a culpa pesando na consciência.

Conhecendo Lorena, já imaginava que ela ia perguntar por que só agora, já que se não tivesse se casado, a tese já teria sido publicada ainda na faculdade.

E não deu outra. Lorena olhou pra ela como quem vê um ET:

— Te deu vontade assim, do nada?

Luana respondeu:

— É sério.

Lorena analisou.

Ela sempre esteve no mercado e sabia que o trabalho de Daniel Quintana, da Universidade A, estava chamando a atenção de toda a área de tecnologia.

Quase ninguém sabia que, na verdade, aquele grande problema que Daniel enfrentava agora, Luana já tinha resolvido três anos atrás.

O Lugi—X completo estava guardado na empresa dela.

Luana era a única desenvolvedora do modelo de linguagem Lugi—X. Ela tinha superado tantos obstáculos que, se pegasse só um deles, já deixava qualquer laboratório travado por meses. Era, sem dúvida, o maior talento que Lorena já tinha visto.

Mas a genialidade foi toda embora por causa de um romance, largou tudo pra casar. Agora, o trabalho dela tinha virado servir café e ser secretária.

Desperdiçar tanto talento assim era incompreensível pra Lorena.

— Você ficou três anos parada. Tem certeza de que sua dissertação ainda tem valor?

— Vou fazer mudanças. Quando a professora voltar, confirmo com ela. Se ela aprovar, continuo. — Respondeu Luana.

Isso, se a professora aceitar encontrar com ela.

— Vai demorar. Ela tá mergulhada na pesquisa, não aparece tão cedo. — Comentou Lorena.

— Eu posso esperar.

Agora, já que não fazia mais questão do amor de Henrique, tempo é o que menos lhe faltava.

Lorena queria dizer mais alguma coisa, mas sabia, mesmo que Luana tivesse ficado anos fora do mercado, o que ela queria pesquisar estava tão acima que Lorena não tinha o que opinar.

O mundo dos gênios era outro.

Lorena cedeu:

— Tá bom, aceito esse almoço.

No fundo, era só pose. Lorena fingia ser dura, mas era só fachada, senão, nem teria vindo aqui.

Luana deu um sorriso leve:

— Obrigada por aceitar, Srta. Lorena.

...

Lucas Brito estava acompanhando a nova namorada, uma influenciadora com quem tinha assumido o relacionamento há apenas uma hora, num passeio pelo shopping, quando de repente avistou alguém conhecido.

Ia correr atrás, mas a pessoa já tinha sumido.

Entrou na joalheria, deixou a namorada à vontade pra escolher o que quisesse e puxou papo com a atendente.

Conforme escutava, foi ficando animado.

Henrique, esse desgraçado, tinha mentido pra ele!

Se Luana tivesse voltado pra casa cedinho, igual sempre, não teria vendido a aliança.

Pensando nisso, Lucas chamou logo uma galera pra sair.

À noite, quando todos já estavam animados e bebendo, Henrique finalmente apareceu.

Assim que viu o amigo, Lucas já foi falando alto:

— Vocês ouviram essa? A Luana foi lá e vendeu a aliança de casamento! O que será que ela tá aprontando agora?

Toda vez que se reuniam, eles falavam umas indiretas sobre Luana, só pra zoar. No começo até ficavam de olho em Henrique, com medo de incomodar.

Se Henrique franzisse a testa, ninguém mais abria a boca. Mas logo perceberam que ele não ligava. Podiam provocar na cara dele que estava tudo bem.

Só que hoje, antes de qualquer comentário, Henrique disse, com um ar de desdém:

— Ela faz pra me provocar.

Tudo que Luana falou na cafeteria, Luís já tinha contado pra ele.

Não ficou surpreso. Pra ele, era óbvio que era mentira.

Ele e Luís pensavam igual. Luana só agiu assim porque ficou abalada com a volta da Bianca.

Até vender a aliança era parte do teatro dela.

— Teatrinho, né? Bem coisa da Luana.

— Mas, pra falar a verdade, isso nunca funcionou com o Henrique. Todo mundo sabe que ele nunca usou aliança desde que casou.

— Bom, em algumas ocasiões teve que usar, né? Pelo menos na frente do Velho Sr. Ribeiro ele não tinha coragem de tirar... — Lucas não perdoou.

Henrique lançou um olhar gelado.

Lucas logo corrigiu:

— Tá bom, tá bom, nunca usou. Nunca, nem uma vez sequer!

Depois disso, Henrique relaxou um pouco.

Lucas sorriu torto e perguntou:

— Depois eu vi a Luana entrando em outra joalheria. Acho que vai comprar um novo par de alianças pra te dar. Vai aceitar?

Henrique nem pareceu ter ouvido.

Ficou mexendo nos próprios dedos, o olhar ganhando um ar mais suave, raro pra quem o conhecia.

Henrique era o retrato da frieza e elegância, distante de tudo. Esse traço de doçura era quase impossível de ver.

Lucas foi ver de perto, percebeu que Henrique estava conversando com Bianca no celular.

Em segundos, a tela foi fechada.

Henrique levantou os olhos, incomodado:

— Você me chamou aqui só pra falar dessa bobagem?

Lucas percebeu, não importava se Luana sumisse um mês inteiro, Henrique nem ligava.

Não importa o que Luana invente, se o Henrique não liga, não faz diferença nenhuma, ele nem tem graça de assistir.

Lucas suspirou, decepcionado:

— Mesmo eu não tendo ganhado, você perdeu primeiro. Lembra de pagar o jantar.

Era a aposta sobre o tempo que Luana levaria pra voltar.

— Escolhe o dia. — Henrique aceitou na hora.

— O aniversário da Bianca tá chegando. Vamos comemorar juntos. — Disse Lucas.

— Mesmo sem você pedir, já ia chamar todo mundo. — Henrique respondeu.

— Já tava tudo planejado, né? Bem coisa sua, Henrique.

Quando a pessoa importa, é diferente mesmo.

Se lembrava bem, o aniversário da Luana tinha sido um mês atrás.

Naquele dia, Henrique saiu pra beber com eles. Luana ligou, mas ele tinha bebido demais e não atendeu, então foi Lucas quem pegou o telefone.

A primeira coisa que ela disse:

— Ainda tá ocupado? Meu aniversário já passou.

Era uma da manhã.

Lucas no telefone:

— É o Lucas. Desculpa, o Henrique bebeu demais... mas, olha, feliz aniversário.

Luana ficou em silêncio alguns segundos, aceitou numa boa que o marido tinha esquecido o aniversário dela. Ainda pediu pra Lucas cuidar do Henrique, nem uma reclamação.

Naquele momento, Lucas só pensou: Luana é realmente uma mulher incrível.

...

De madrugada, Henrique voltou pra casa depois do encontro com Lucas.

Passou pela sala, lembrou de algo e olhou pro sofá.

Nada do rosto conhecido.

Subiu. O quarto de hóspedes, no fim do corredor, estava no escuro.

Era o quarto da Luana, o mais afastado da suíte.

Um dia inteiro já tinha se passado, e ela ainda não tinha voltado.

Henrique nem se importou, foi direto pro quarto principal.

Segunda-feira. Dia de trabalho.

Depois de se arrumar, Henrique desceu.

Rosa estava na correria, preparando um café da manhã cheio de pratos na mesa. Ele olhou, sem muita fome, mas mesmo assim se sentou.

Rosa finalmente respirou aliviada.

Esses dois dias sem a Luana em casa foram duros demais.

Henrique sempre foi educado, nunca descontava nos empregados, mas só o jeito dele já deixava o ambiente pesado. Ficar do lado dele, pra gente comum, era sufocante.

— Senhor, coma devagar, tá tudo fresquinho.

A comida não era ruim, mas faltava alguma coisa.

Só dois dias e Henrique já sentia falta dos cafés da Luana.

— Ela te ligou? — Perguntou, do nada.

Rosa, já de saída, levou um susto.

— O q...quê?

Henrique franziu a testa.

Rosa ficou tensa, respondeu logo:

— Não, não ligou!

A expressão dele fechou ainda mais.

— Nem uma vez?
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