Maria pensou em tudo isso e sentiu o arrependimento corroendo cada parte do seu ser. Ela tentou justificar-se apressadamente: — Não foi isso... Naquele tempo, eu não quis agir daquela forma, Helena, por favor, me escute, deixa eu explicar. Eu achei que você fosse só... Maria travou de repente, engolindo as palavras. "Eu achei que você fosse só uma garota pobre, sem família, sem influência, uma oportunista." Mas essas palavras não poderiam, de jeito nenhum, ser ditas em voz alta. — Achou o quê? — Helena perguntou com os olhos frios e penetrantes fixos nela. Maria gaguejou, mas não disse nada. Helena, com um meio sorriso, completou: — Achou que eu fosse uma interesseira sem dinheiro, que estava com o Leonardo pelo dinheiro dele, não foi? Maria, sem coragem de encarar Helena, abaixou o olhar, desviando-o para o chão. Helena manteve a expressão serena, mas seu tom era completamente indiferente: — Sabe, Maria, naquela época eu até cogitei levar o Leonardo para Cidade
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