All Chapters of A Amante que Virou Cunhada: Chapter 281 - Chapter 290

Augusto tinha razão sobre uma coisa. Margarida guardava na memória todos aqueles momentos do passado que dividiram, porém...— Augusto, sua memória não anda meio seletiva? Quer dizer, você só costuma lembrar das suas qualidades, não é mesmo? — Margarida fitou Augusto com incredulidade enquanto dava um passo para trás, criando distância entre eles antes de prosseguir. — Já que você terminou de contar essas três situações, que tal me deixar falar agora? É verdade que você organizava meus aniversários todos os anos porque dona Luísa não se importava comigo, mas sempre fazíamos tudo às escondidas no meu quarto. Você jamais ousou celebrar abertamente e, nas várias vezes que Carlos chegava em casa de surpresa, ficava tão desesperado com medo que ele descobrisse nossa proximidade que nem me deixava soprar as velas, simplesmente jogava o bolo no lixo. É verdade que você sempre me encontrava no cemitério e me trazia de volta quando eu fugia infeliz da família Carvalho, mas sabe de uma coisa? Ap

Leonor se acomodou no quarto do hospital, arquitetando com rancor seus planos contra Margarida enquanto observava Augusto com profundo alívio. Ela jamais imaginava que, mesmo depois de tudo que havia acontecido e com sua própria família a abandonando, Augusto ainda permaneceria fiel ao seu lado.Augusto não se estendeu sobre o assunto, mas logo em seguida, usando como pretexto que Leonor precisava de repouso devido ao seu estado fragilizado, solicitou que a enfermeira aplicasse um sedativo. Aguardou ela cair novamente em sono profundo antes de deixar o quarto.No corredor, seu assistente já aguardava há tempos num canto discreto.Ao ver Augusto emergir do quarto, o assistente se aproximou rapidamente e sussurrou:— Sr. Augusto, a enfermeira também aplicou o sedativo em Marina conforme solicitado. Devo manter as duas medicadas para permanecerem internadas por enquanto?A exposição de arte de Teresa seria inaugurada em poucos dias, e os trabalhos de Margarida que se aproveitavam da popu

Augusto estava certo numa coisa.Carlos era o patriarca da família Carvalho e também seu pai, de modo que seria impossível não saber de tudo que acontecia em casa envolvendo Augusto.Na verdade, desde que Margarida entrou na família Carvalho acompanhando Luísa, Carlos já havia percebido os sentimentos especiais que Augusto nutria por aquela enteada. Enquanto Luísa acreditava que Augusto fosse apenas gentil por natureza e tratasse bem a todos, Carlos reconhecia ali os sinais inconfundíveis da paixão.— Pai, não faço ideia do que está falando... — Disse Augusto, cerrando os punhos enquanto forçava um sorriso. Depois do choque inicial de ser descoberto, já havia recuperado a compostura e recolocado os óculos. — Leonor está sozinha no quarto e estou preocupado com ela. É melhor eu voltar para verificar como está.— Verificar o quê? — Carlos baixou a voz. — Ela está dormindo profundamente depois do sedativo que você mandou aplicar. Não precisa fingir preocupação. Além disso, a esta altura n

Mal Margarida terminou de falar, o sorriso incontrolável que Teresa vinha lutando para reprimir finalmente desapareceu.Exatamente como Margarida havia dito, Lorenzo surgia na entrada da exposição e agora caminhava para dentro.Teresa tinha certeza de que ele não estava ali por ela.Vendo Lorenzo se aproximar, puxou Margarida para trás e gesticulou vagamente na direção oposta.— A Nanda está no pavilhão B, não aqui. É só dobrar ali que você encontra ela.Afinal, Nanda era o primeiro amor que Lorenzo carregava no peito.Depois de tanto esforço para conseguir uma vaga para ela na exposição, provavelmente estava vindo verificar se ela não havia sofrido algum desconforto.Ao ouvir isso, o rosto de Lorenzo se fechou, mas ele não diminuiu o passo. No instante seguinte, já estava plantado na frente de Teresa.— Não vim atrás da Nanda. Vim falar com você.Para evitar que Teresa repetisse a cena anterior de chamar segurança para botá-lo para fora com direito a chute de brinde, Lorenzo havia rec

— Lorenzo, o que você quer comigo agora? — Perguntou Teresa, franzindo a testa automaticamente ao ouvi-lo.Não era para menos que reagisse assim. Em quase três anos de casamento, sempre que Lorenzo a procurava, era furada na certa.Vendo a reação dela, Lorenzo bagunçou os cabelos com irritação.— Ué, não posso te procurar por acaso? Desta vez não é nada ruim!— Ah é? — Teresa não estava nem um pouco convencida. — Então fala de uma vez.— Dá para a Margarida sair? — Pediu Lorenzo.— Nem pensar! Por que eu mandaria a Margarida embora? Ela é minha amiga. Se é sobre a gente, que história é essa que ela não pode escutar?Lorenzo ficou sem palavras. Realmente não era à toa que eles sempre acabavam brigando nos últimos três anos. Com aquela atitude de Teresa, quem conseguiria não partir para a briga?Margarida se sentiu desconfortável e pensou em se retirar, mas Teresa estava decidida a entrar em conflito Lorenzo. Segurou o braço de Margarida com firmeza e disse com frieza:— Lorenzo, ou você