All Chapters of A Amante que Virou Cunhada: Chapter 541 - Chapter 550

Carlos estava completamente imerso nas próprias emoções. Mesmo diante da expressão carregada de sombras de Vicente, não demonstrava o mínimo sinal de intimidação. Pelo contrário, a irritação transbordava em cada gesto seu.— Vicente, me diga uma coisa, sua mãe não foi profundamente ingrata comigo? — A voz dele carregava uma mistura de incredulidade e rancor. — Elaborei um plano minucioso, dediquei anos do meu esforço, movi céu e terra. Mas no fim, ela perdeu o marido, perdeu o filho, ficou sozinha no mundo. Ainda assim, recusou a mão que estendi para ajudá-la, continuando a me afastar como se eu fosse um peso inútil, um maldito sem importância.Inspirando fundo, Carlos deixou que a indignação queimasse no olhar.— Toda aquela frustração, todo o amargor acumulado, explodiram dentro de mim. Eu já não conseguia suportar. Decidi que a levaria comigo, ainda que fosse contra a vontade dela. Achei que, no final, seria o melhor para nós dois. Mas Sofia, mesmo tão enfraquecida, ainda encontrou

Naquele instante, o pânico havia tomado conta de Marina de uma forma tão esmagadora que ela sequer tinha coragem de erguer a cabeça. A lembrança ainda era nítida em sua mente: logo depois de ser expulsa da família Almeida por Guilherme, ela chegou a se ajoelhar diante dele, jurando com todas as forças que a morte de Sofia não tinha qualquer relação com ela.Mas agora, diante de todos, a situação havia virado de cabeça para baixo.Acreditando que Guilherme estava morto, Marina havia deixado escapar, com a própria boca, todas as verdades sujas e segredos que guardava, sem que ninguém precisasse ameaçá-la ou arrancar confissão à força. Cada palavra, cada detalhe, saiu diretamente dela, e no processo ela cavou praticamente a própria cova, e entrou nela por vontade própria.Naquele momento, Carlos ardia em ódio. Ao perceber que tinha sido feito de tolo, girou o corpo, apontou o dedo contra Vicente e explodiu numa fúria quase descontrolada:— Vicente! Como você pôde afundar tanto? Eu ainda

Dizia que o dragão tinha nove filhos e nenhum se parecia com o outro. Assim também eram Vicente e Luciano. Ambos eram filhos de Guilherme, mas tão diferentes que parecia impossível chamá-los de irmãos. Vicente, com apenas oito anos, já havia conseguido escapar das mãos de mercenários treinados, demonstrando coragem e frieza além da idade. Luciano, por outro lado, era frágil a ponto de parecer incapaz de resistir a qualquer tempestade que se aproximasse.Quando Carlos ordenou que o buscassem no exterior, não o fez para resgatá-lo, mas sim para trazê-lo de volta e, longe de qualquer proteção, executá-lo em segredo. Foi uma morte rápida, silenciosa, tão cruel quanto esmagar uma formiga entre os dedos, sem direito a reação, sem sequer um último suspiro de defesa.Agora, com o celular que Carlos havia acabado de atirar no chão, a verdade se materializava diante de todos. As imagens que surgiram na tela carregavam um peso insuportável. O rosto de Luciano, tão semelhante ao da irmã gêmea Le

— Augusto, você teve a ousadia de me trair desse jeito? — Carlos rugia para a microcâmera oculta no quarto, e a voz, carregada de fúria, saía trêmula como se cada palavra fosse cuspida com sangue. — Sou o seu pai biológico! Você derrubou o próprio pai, destruiu o Grupo Carvalho. Acha mesmo que no final vai sair ileso? Augusto, escute bem, você vai se arrepender e vai se arrepender de um jeito tão amargo que não vai esquecer até o último dia da sua vida!O mesmo equipamento que ele havia instalado para desferir o golpe final contra Vicente e Guilherme se tornava agora a única válvula de escape para seu ódio sufocante. Nunca imaginava que um dia precisaria usá-lo para gritar contra o próprio filho.A sensação era absurda, quase impossível de aceitar.Carlos sabia que sempre tratara Augusto com dureza extrema, sem um traço de compaixão. Apesar de ser pai, jamais cumpria, de fato, o papel de pai. Ele controlou cada passo dele, lhe impôs tarefas sujas e ilegais e até sacrificou a vida pesso

— Vicente, já faz dois meses que você não vê a Margarida, e imagino que, neste momento, sua paciência esteja por um fio. — Comentou Lorenzo, com um leve riso, enquanto mantinha as mãos firmes no volante.Para ele, a urgência do amigo não precisava de explicações elaboradas. Era evidente que Vicente ansiava por voltar a olhar nos olhos da mulher que amava, e essa ansiedade não passava despercebida para ninguém próximo.Durante esse período de dois meses, a fim de manter Carlos sob a ilusão de que realmente estava disposto a eliminar o próprio pai, Vicente não apenas suportou os boatos venenosos sobre um suposto "parricídio", como permaneceu impassível diante de uma avalanche de comentários que cresciam sem controle, cada vez mais distorcidos e agressivos.Fez isso não apenas para salvaguardar a si próprio, mas também para proteger Margarida de ser arrastada para o centro daquele redemoinho cruel. Ele sabia que, se ousasse procurá-la, até mesmo por alguns minutos, todo o esquema cuidados