Só depois, Luana achou que era mesmo uma coincidência. No fundo, quase ninguém gosta de cruzar com um conhecido quando está sozinho na rua.Ela era assim.Dante, naquele dia, não estava de terno, usava um conjunto esportivo todo preto e, por cima, um sobretudo longo, também preto, da mesma marca daquele que ele havia jogado fora, só que num corte diferente.Os traços marcantes continuavam perfeitos, aquele ar de indiferença congelava qualquer um.Já que se encontraram, ignorar seria estranho.Luana chamou de longe:— Sr. Dante.Dante virou com a cara fechada de sempre.O olhar dele era tão gelado que Luana até sentiu um calafrio. Não insistiu, só acenou de leve e voltou a prestar atenção na própria compra.Dante sentiu um tapinha no ombro, era Leandro:— Quarta vez.Antes que Dante pudesse soltar alguma resposta ácida, Leandro já tinha largado os dois copos de vidro e, super à vontade, foi até Luana, interrompendo a passagem dela no caixa:— Oi, prazer, sou Leandro Pinto.Leandro tinha
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