Sob a luz dos postes, o homem se aproximava passo a passo. Valentina permaneceu imóvel, sem recuar ou desviar o olhar. Quatro anos haviam se passado, mas parecia uma eternidade. Lucas observou a mulher à sua frente, com o rosto tranquilo e frio, e seus olhos se encheram de emoções conflitantes. Como ele suspeitava, Valentina estava viva, e isso não o surpreendeu. Nos últimos dois anos, ele havia prestado atenção ao mundo das artes e dos antiquários, e tinha quase certeza de que Dora era, na verdade, Valentina. Mesmo assim, ele nunca a procurou. Lucas acreditava firmemente que, enquanto ela estivesse viva e enquanto eles ainda fossem casados, Valentina acabaria voltando para ele, mais cedo ou mais tarde. Ele já havia imaginado várias possibilidades de como seria aquele reencontro, mas jamais pensou que aconteceria ali, no mesmo cemitério onde o filho deles estava enterrado. Lucas parou diante dela, a poucos passos de distância. Ele franziu levemente as sobrancelhas ant
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