Laura soltou uma risada:— Até você achou que eu fosse revidar, não foi? Mas se enganou. Se fosse hoje, com certeza eu revidaria sem hesitar, não deixaria barato. Mas, não sei por quê, naquela época eu simplesmente não consegui. Eu sabia que bastava dar um chute nela, ou um tapa que fosse, e eu conseguia fazer isso tranquilamente. Mas, simplesmente... Na hora, eu não consegui.Ela continuou dizendo:— Eu acredito que com a Catarina seja a mesma coisa. Pelo jeito dela, provavelmente é o tipo de pessoa que apanhou desde pequena. Se ela tivesse reagido, olhado firme, ninguém mais teria ousado mexer com ela. Mas, como cresceu acostumada a ser maltratada, passou a achar que isso era normal. Quando criança, ela nem sabia que aquilo estava errado, por isso agora não sabe como reagir. Depois de crescer, o passado entrou em conflito com o que passou a compreender, e ela acabou presa num dilema, num sofrimento interno...Laura continuava falando, até perceber que Raíssa a olhava fixamente, imóve
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