Pego desprevenido, Rafael foi empurrado dois passos para trás. Isabel aproveitou a brecha, fechou a porta do banheiro e girou a chave numa tacada só. Ele ficou parado, encarando a porta, o olhar cada vez mais sombrio.Uma hora depois, ela ainda não tinha saído. Rafael bateu à porta.Isabel, irritada por não ter trazido pijama, não queria pedir ajuda a ele, enrolou-se numa toalha e, hesitante, abriu uma fresta da porta.Sua postura defensiva era evidente.Rafael baixou o olhar. Os cílios longos e densos projetaram sombra em leque, escondendo a escuridão no fundo dos olhos. Sem dizer nada, estendeu a mão com a roupa através da abertura da porta. Um braço esguio e delicado apareceu rapidamente, pegou a roupa e bateu a porta de volta.Depois de alguns ruídos de tecido, Isabel saiu. Um perfume doce e suave acompanhava seus passos. O vapor do banho ainda impregnava sua pele, e o rosto, aquecido, estava rosado como um pêssego coberto de orvalho, doce, macio, quase irresistível.A respiração
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