All Chapters of Cinco Anos em Vão, Isabel Chutou o Balde e Seguiu Sem Arrependimentos: Chapter 51 - Chapter 60

— Eu sei. — Rafael baixou o olhar e respondeu calmamente.Com medo de continuar insistindo e deixá-lo cansado, Regina mudou de assunto, dizendo que a avó dele queria ver Isabel, e pediu que ele a levasse para jantar em casa à noite. Logo depois, saiu com Antonela.Atrás da porta, Isabel ouvia tudo, com o coração em pedaços.Separados apenas por uma folha de madeira, eles discutiam abertamente como usá-la como se fosse uma peça de jogo.O casamento de Artur com Antonela foi resultado da manipulação de Rafael. E agora ainda queriam usá-la para forçar Artur a dar um filho a Antonela.Nesses cinco anos, até onde eles haviam ido em nome dessa manipulação?A raiva fervia dentro do peito de Isabel. Assim que ouviu o som da saída de Regina e Antonela, ela reagiu rápido e se escondeu no banheiro. Não podia deixar Rafael descobrir que havia ouvido tudo.Ao levantar a cabeça, encontrou seu reflexo no espelho. Seu rosto tão pálido como o de um fantasma. De fato, parecia alguém passando por um per

Para não levantar suspeitas e também porque realmente fazia tempo que não via a avó, Isabel acabou cedendo. Usou como desculpa preparar os peixinhos fritos que a avó gostava, e saiu do hospital.Na verdade, sua ida ao hospital tinha sido resultado da pressão de Antônio. Não se sabe como ele descobriu que Rafael estava internado, e exigiu que ela fosse levar os cumprimentos em nome da família Duarte e, ao mesmo tempo, sondar sobre a possível parceria. Isabel recusou na hora. Furioso, Antônio a comparou à irmã Juliana, dizendo que ela era desobediente e sabia resolver os problemas da família.Foi assim que Isabel descobriu que Juliana, a "forçada" a pedir demissão, recebeu em troca cinco milhões do seu pai para abrir a própria empresa.Então, Isabel mudou de ideia.— Somos as duas suas filhas. Não pode tratar uma melhor que a outra. — Ela levantou um dedo. — Me dê cinco milhões também, e mais cinco de bônus, e eu vou.Roendo os dentes, Antônio aceitou. E foi assim que ela apareceu no hos

Quando Rafael e Isabel chegaram à residência principal da família, o sol já se punha. Os raios dourados banhavam os jardins clássicos, criando uma cena deslumbrante.A família Siqueira construiu seu império no ramo do transporte marítimo. No tempo do avô de Rafael, o negócio já tinha se expandido globalmente, com ampla influência.No entanto, o velho patriarca faleceu subitamente, sem deixar testamento. Das duas esposas que teve, ficaram três filhos e duas filhas. Esses cinco herdeiros sempre viveram em disputa, e a morte do pai só incentivou mais ainda a luta pelo poder. A situação agravou-se a tal ponto que pessoas morreram.Por fim, o pai de Rafael, Francisco, saiu vitorioso, assumindo oficialmente o Grupo Siqueira. Com a desculpa de expandir os negócios no exterior, ele mandou seus irmãos e irmãs para fora do país.Três anos atrás, sob o pretexto de que a mãe estava doente e com saudade dos netos, Francisco trouxe de volta dois sobrinhos, os mais promissores, para trabalhar no grup

— O que foi? — Regina puxou discretamente seu braço, indicando para se sentar.Com os lábios comprimidos, Antonela lançou um olhar nervoso a Rafael. Ao notar que ele também franzia a sobrancelha olhando o próprio celular, sentiu um calafrio no peito. Acabou voltando a se sentar e, discretamente, passou o telefone para Regina.[Cinco anos atrás, você armou contra Isabel, contratou alguém para violentá-la e até tentou matá-la. Nestes cinco anos, você conseguiu dormir em paz? Eu, pelo menos, não consigo.]A mensagem vinha de um número desconhecido. Pelas palavras, só podia ser alguém que sabia do ocorrido cinco anos atrás. A acusação era detalhada, firme e ainda trazia um tom de ameaça mas, curiosamente, sem qualquer exigência.O semblante de Regina também mudou. Embora tenha sido apenas por um momento, Isabel captou com clareza.Então era verdade, Regina também sabia de tudo o que aconteceu.Rafael lançou um olhar rápido para a tela e, calmamente, guardou o celular. Pela reação exagerada

A suspeita já havia se instalado no coração de Rafael.— Esses dias em que briguei com você, e até cheguei a perder o controle e te bater... Foi culpa minha. — Disse, Isabel.Ela abaixou a cabeça e ficou em silêncio por um momento. Quando ergueu novamente os olhos, eles estavam úmidos, o canto avermelhado. Ela tomou a iniciativa de assumir a culpa por todos os seus erros.Afinal, ninguém quer ser acusado injustamente. Ainda mais alguém como Rafael, habituado a estar sempre no comando. Além disso, naquela mesma noite, ele já tinha sido repreendido por Francisco, talvez até punido com as regras disciplinares da família. Quando desceu as escadas, seus passos instáveis e a palidez no rosto denunciavam que poderia estar ferido.Este era o momento perfeito para tocar-lhe o coração.— O seu pai tinha razão. Você trabalha tanto, e eu não consigo te ajudar em nada. Em vez disso, só crio problemas. — Sua voz soava carregada de culpa.Rafael não esperava que ela cedesse tão prontamente. — Não po