Era ele. Apoiado contra a parede, mal se equilibrava. O corpo ereto, magro a ponto de revelar a curva dos ossos das escápulas.— Desculpa... — A voz rouca escapou dele sem virar o rosto. Mesmo com a dor latejando na perna, forçou-se a caminhar para fora, rígido.Sofia lançou um olhar de lado para Isabel. Ao ver que ela permanecia indiferente, como se não tivesse reconhecido o homem, suspirou em silêncio.— E se a gente esperar um pouco mais antes de sair? — Perguntou, hesitante.Mal terminou de falar, outro barulho abafado ecoou lá fora, seguido de um grito encantador feminino:— Sr. Artur, o senhor está bem?Isabel franziu levemente as sobrancelhas, percebendo que havia algo estranho. Com passos largos, saiu do banheiro.Como esperado, no chão, estilhaços de cristal espalhados. De um lado, Rafael, do outro, Artur. Os dois, como feras em confronto, se encarando, prontos para avançar.Ao lado de Artur, uma mulher de beleza clássica vestia um longo vestido tradicional de seda azul pérola
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