A Primeira e Única
No quinto ano do meu casamento com Caetano Targino, veio à tona o escândalo: a amante que ele escondia num hotel, Isadora Travassos, foi exposta pra todo mundo ver.
Pra evitar que ela ficasse marcada como “a outra”, Caetano apareceu com os papéis do divórcio:
— O Prof. Travassos me ajudou muito no passado. No leito de morte, ele me pediu pra cuidar da Isadora. Agora que isso veio à público... eu não posso virar as costas.
Durante todos esses anos, Isadora sempre foi a prioridade do Caetano.
Na vida passada, quando ouvi isso, perdi o controle. Gritei, chorei, me recusei a assinar.
Caí numa depressão profunda.
Caetano, acreditando num comentário da Isadora “Aurélia não parece doente”, achou que eu estava fingindo. Que era tudo joguinho emocional, chantagem.
Então armou uma história de traição minha... e entrou com pedido de divórcio.
Só aí, entendi que eu nunca fui páreo pra dívida de gratidão que ele tinha com o pai dela.
E, desesperada, acabei tirando minha própria vida.
Quando abri os olhos de novo, não hesitei um segundo.
Assinei o divórcio.