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Capítulo 3

Penulis: Amoreira Branca
Depois que me repreenderam, os dois voltaram apressadamente para o lado de Paula, como um furacão.

Eu peguei o laudo médico e o folheei com as mãos trêmulas.

Dizia que Paula sofria de abuso prolongado, desnutrição, depressão e transtorno delirante persecutório.

Depois de ler, corri para fora do quarto, querendo me defender.

Os médicos do lado de fora já tinham ido embora. Os três irmãos cercavam Paula.

Lucas estava descascando uma maçã para ela, e Eurico a abraçava pelos ombros, consolando-a suavemente.

Mas André, ao me ver, falou com extremo desgosto:

— O que você está fazendo aqui fora? Veio verificar se estávamos em casa para ter outra chance de maltratar a Paula?

Os olhos de Paula ficaram vermelhos instantaneamente, e ela olhou para mim com os olhos úmidos:

— Inácia, eu realmente sei que errei.

Os três irmãos ficaram tensos na hora e pegaram lenços apressadamente para secar suas lágrimas.

Observando aquela cena comovente, perdi subitamente toda a vontade de provar minha inocência.

Voltei para o meu quarto sem dizer uma palavra. Arranquei o retrato de nós quatro que eles haviam pintado, perfurei-o com uma tesoura e, em seguida, peguei um isqueiro e queimei o retrato até virar cinzas.

Todos aqueles anos de sentimentos foram aniquilados junto com aquele fogo.

Deitei na cama e coloquei protetores auriculares, isolando-me da atmosfera calorosa e animada lá fora, e mergulhei em um sono pesado.

Não sei se foi por estar completamente decepcionada com os três, mas eles não apareceram nos meus sonhos. Pela primeira vez em muito tempo, eu dormi bem.

Na manhã seguinte, levantei cedo e comecei a arrumar minhas coisas.

Meu closet estava cheio de roupas que o irmão mais velho, Lucas, havia desenhado especialmente para mim. Ele dizia que eu era a princesinha da casa e deveria usar roupas bonitas e diferentes todos os dias.

O segundo irmão, Eurico, me dava ingressos de shows e muitas passagens aéreas para várias partes do mundo. Ele dizia que esperava que eu visse o mundo todo e, quando voltasse, ainda fosse a garota que os amava.

O terceiro irmão, André, cuidava pessoalmente dos meus itens de uso diário, assumindo todas as minhas responsabilidades, pois queria que eu dependesse deles por toda a minha vida.

Mas naquele instante, eu ia pegar todas essas coisas com minhas próprias mãos e jogá-las na lixeira lá embaixo, descartando tanto as coisas boas quanto as ruins que fizeram por mim.

Quando eu estava jogando as últimas peças de roupa no lixo, ouvi um grito de espanto. Lucas perguntou com a voz trêmula:

— Inácia, por que você está jogando fora as roupas que eu desenhei?

Eu me virei e vi os três irmãos parados atrás de mim, com os olhos vermelhos e cheios de pânico.

Eurico correu até a lixeira e, sem se importar com a sujeira ou o cheiro, começou a revirar o lixo. Naturalmente, ele também viu as coisas que ele e André haviam me dado.

Os três cerraram os dentes e, com os olhos vermelhos, me questionaram:

— Inácia, você não guardava tudo isso como um tesouro? Por que jogou fora?

Por um momento, eu não soube como explicar. Meu olhar vagou e pousou nas roupas que Lucas segurava. Então, falei em voz baixa:

— Eu estava pensando que já era hora de o Lucas me dar roupas novas, e que o Eurico e o André deveriam renovar todas as minhas coisas. Essas aí estavam ocupando muito espaço, por isso, decidi jogar algumas no lixo.

Então, caminhei a passos largos até Eurico, apontei para as roupas em suas mãos e disse suavemente:

— Eurico, essas são as roupas novas que comprou para mim?

Eurico ficou ainda mais alarmado e escondeu as roupas atrás das costas.

— Ah, então não são para mim. — Eu baixei os olhos, fingindo decepção.

Ao me verem assim, um traço de compaixão passou pelo rosto dos três, e eles perderam o interesse em me questionar sobre as coisas que joguei fora.

Eurico suspirou levemente antes de explicar:

— Inácia, a Paula não tem roupas para vestir aqui em casa, por isso o Lucas desenhou algumas para ela. Não fique com ciúmes dela de novo.
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