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Capítulo 4

Penulis: Amoreira Branca
André complementou ao lado:

— Isso mesmo, o que é seu por direito, você não perderá nada.

Eu forcei um sorriso e disse friamente:

— Entendi.

Depois disso, sem nem olhar para suas expressões, virei-me e entrei na mansão.

No corredor, dei de cara com Paula, que tinha um olhar provocador:

— Inácia, olhe só, estou tomando tudo o que é seu, pouco a pouco! Você está feliz?

Eu forcei um sorriso, sem paciência para lidar com sua provocação. Revirei os olhos, entrei no meu quarto e tranquei a porta firmemente.

Paula não causou mais problemas e desceu as escadas lentamente.

O isolamento acústico do quarto não era muito bom. Deitada na cama, eu podia ouvir claramente os gritos de alegria de Paula.

Ela exclamava com entusiasmo:

— Uau, Lucas, essas roupas são tão lindas! Você realmente as desenhou e fez especialmente para mim?

Vê-la agir assim partiu o coração dos três irmãos, fazendo-os sentir ainda mais pena do sofrimento que ela havia passado. Eles tagarelavam ao seu redor, prometendo que a tratariam ainda melhor no futuro e a fariam feliz.

Ouvir aquelas palavras me causou uma amargura indescritível.

Antigamente, eles diziam as mesmas coisas para mim, mas agora estavam dando todo aquele carinho para outra pessoa.

Mas, ao mesmo tempo, eles se importavam comigo.

De repente, fiquei curiosa. Se eu realmente fizesse a cirurgia e perdesse a memória, qual seria a reação deles?

Quando saí do quarto novamente, a enorme mansão estava em completo silêncio. Eu era a única pessoa ali.

Eu respirei aliviada.

Com todos eles fora, eu me sentia muito mais à vontade.

Sem pressa, embalei e arrumei todas as minhas coisas, levando-as, pouco a pouco, de volta para a casa que meus avós haviam deixado para mim.

Meu corpo havia ficado muito fraco ultimamente, e eu precisava parar para descansar um pouco enquanto fazia essas tarefas.

Não eram tantas coisas assim, mas levei até tarde da noite para terminar de mover tudo.

Os três irmãos Ribeiro e Paula ainda não tinham voltado. Eu precisava ir ao hospital para um check-up no dia seguinte, então apenas abracei meu cobertor e caí no sono.

No dia seguinte, fui acordada por uma série de sons de notificação de mensagens.

Lutando contra o sono, abri os olhos e vi dezenas de fotos dos três irmãos usando roupa de banho no meu celular.

O sono desapareceu instantaneamente.

A mensagem de Paula veio logo em seguida.

"Os três são maravilhosos. Eu disse que nunca tinha visto o mar, então eles me trouxeram para ver."

"Inácia, estando com esses três homens ricos, como você consegue ainda vê-los como irmãos? Como você faz isso? Que tal aprender comigo a como conquistar os três de uma vez?"

Aquelas palavras insultuosas me encheram de raiva.

Os três a tratavam tão bem, mas ela não demonstrava a menor gratidão.

Fechei os olhos, tentando reprimir as emoções turbulentas.

Eu sabia que ela estava fazendo aquilo de propósito para me irritar. Se eu revidasse, a única coisa que receberia seria uma bronca furiosa dos três.

Eu simplesmente movi meus dedos e bloqueei Paula.

Depois de fazer isso, sentei-me na cama e me espreguicei. Já que tinha perdido o sono, decidi ir logo ao hospital fazer o exame.

O médico que me atendeu anteriormente estava em cirurgia, então quem me levou para fazer a tomografia cerebral foi uma estagiária.

Ela me olhava de um jeito estranho. Quando perguntei se havia algo errado, ela apenas balançou a cabeça.

Eu fiz o exame completamente confusa e, depois que os resultados saíram, voltei para casa.

Assim que saí do carro, minha cabeça começou a doer de repente, e eu quase caí.

Uma mão pálida me segurou e, logo em seguida, o remédio tarja preta que o médico havia me receitado foi arrancado da minha mão.

Eu levantei o olhar e vi Paula olhando para o meu remédio com um ar zombeteiro. Então, ela disse displicentemente:

— Inácia, ouvi uma colega minha que é estagiária no hospital dizer que você tem um tumor bem grande na cabeça. Se não operar logo, você vai morrer, não é?
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