Catherine, com um sorriso cheio de charme, passou a mão pelos cabelos e, com naturalidade calculada, segurou o braço de Gabriel, como se quisesse afirmar sua posição ao lado dele. — Então você é a Helena? Prazer, eu sou Catherine, a namorada do Gabriel. Namorada do Gabriel. Helena abaixou o olhar, fixando-o no ponto onde a mão de Catherine segurava o braço de Gabriel. Era como se algo afiado tivesse perfurado seu coração. Gabriel permaneceu onde estava, com os olhos baixos. Sua visão passou lentamente pela mão de Catherine em seu braço. Ele engoliu em seco, como se quisesse falar algo, mas não conseguiu. Inês, incapaz de assistir aquilo sem reagir, avançou e puxou a mão de Catherine com força. — Tira essa mão daí! Ela estava furiosa, o rosto vermelho e os olhos brilhando de indignação. — Querem se exibir? Então vão fazer isso em outro lugar! Aqui não é cenário pra vocês desfilarem como casal! — Inês gritou, a voz carregada de sarcasmo. — O quê? O príncipe herdeiro da fa
— É, é, e aí? Escolhi bem o lugar para passarmos o Ano Novo, não foi? — Inês perguntou, com um sorriso radiante. Júlia assentiu com entusiasmo: — Sim, está perfeito! — Ué? Cadê a Helena? — Inês olhou para a porta e, já pegando o celular, continuou. — Vou ligar para saber onde ela está. Enquanto ela falava, a porta se abriu. Inês levantou os olhos, ainda sorrindo: — Eu estava justamente dizendo que ia te ligar, e você já... Quê? Não era Helena quem havia chegado, mas Gabriel e Catherine. O sorriso de Inês congelou instantaneamente. Sua expressão mudou para uma mistura de surpresa e indignação. Ela apontou para eles, com a voz já carregada de irritação: — Quem chamou eles? Júlia balançou a cabeça, indicando que não sabia de nada. Xavier também ergueu as mãos, como se dissesse que não era com ele. Mateus, um tanto desconfortável, coçou a nuca antes de responder: — Não foi você que disse que queria uma festa de Ano Novo? Como eu poderia deixar de chamar meu grande a
Zuriel tinha uma presença marcante. Seu corpo alto e esguio, com ombros largos, cintura fina e pernas longas, era complementado por trajes impecáveis que realçavam sua aparência elegante. Ele tinha um rosto incrivelmente bonito, e seu sorriso, aparentemente inofensivo, transmitia uma falsa sensação de segurança. Quando queria disfarçar, ninguém seria capaz de associá-lo ao lunático carregado de crimes que ele realmente era. Helena nunca tinha visto Zuriel antes. Ao ouvi-lo chamá-la pelo nome e ao notar sua aparência refinada, vestindo roupas de grife, ela imediatamente pensou que ele poderia ser amigo de algum de seus conhecidos. Zuriel não se apresentou. Ele apenas a observou com um olhar enigmático, como se estivesse avaliando-a. — De fato, uma bela mulher. — Comentou ele, com um leve sorriso. Ao lado dele, Renata franziu levemente as sobrancelhas. Um lampejo de ciúme cruzou seu olhar, mas logo desapareceu. Renata nunca se envolvia nos assuntos de Zuriel, nem questionava
Larissa apertou levemente os lábios, aceitando de coração a gentileza de Helena. — Obrigada, Dra. Helena. — Fora do horário de trabalho, nada de “Dra. Helena”. Que formalidade é essa? Me chama só de Helena. Larissa sorriu, relaxando um pouco: — Tudo bem, Helena. Helena escolheu uma mesa perto da janela e se acomodou. — Aqui tem uma vista ótima. Dá para aproveitar a paisagem noturna. — É verdade. — Larissa respondeu, ainda um pouco tímida, enquanto se sentava de frente para Helena. — Pode pedir o que quiser. — Disse Helena, estendendo o cardápio. Larissa balançou as mãos, nervosa: — Ah, Helena, pode escolher você. Eu como qualquer coisa. Percebendo a hesitação de Larissa, Helena assentiu com um pequeno sorriso e pegou o cardápio de volta. Ela pediu algumas carnes de churrasco famosas do local e acompanhamentos de vegetais. A carne crua chegou rápido, mas elas não precisaram se preocupar. O garçom ficou responsável por grelhar tudo na mesa. Quando a carne estava
No quarto do segundo andar da mansão, roupas de homem e mulher estavam espalhadas pelo chão. Uma meia-calça preta, rasgada, pendia de forma descuidada no braço do sofá. Zuriel estava recostado na cabeceira da cama, com uma postura preguiçosa, enquanto fumava tranquilamente um cigarro. Seus traços estavam relaxados, a expressão satisfeita. Ao lado dele, a mulher ainda ofegava, os olhos lânguidos e um sorriso de prazer no rosto, claramente revivendo os momentos da noite anterior. O celular de Zuriel começou a vibrar. Ele deu mais uma tragada no cigarro antes de atender, sem pressa. Do outro lado da linha, Valdir usava um tom respeitoso: — Chefe Zuriel, a família Almeida acabou de realizar uma coletiva de imprensa anunciando oficialmente o rompimento do noivado com a família Costa. Além disso, circula na internet que Gabriel foi visto entrando em um hotel com uma atriz famosa. Estão dizendo que ele traiu. Zuriel soltou uma risada sarcástica, com desprezo na voz: — E eu que pen
No andar de baixo, a empregada discou o número de Gabriel. Gabriel tinha deixado seu número pessoal com a empregada, para que ela pudesse informá-lo imediatamente sobre qualquer coisa relacionada a Helena. — Alô, Sr. Gabriel? Aqui é a empregada que está cuidando da Srta. Helena. Desde ontem ela não parece bem. Não sei o que aconteceu, mas ontem à noite ela não jantou, e hoje de manhã também não tomou café. Quando fui chamá-la agora há pouco, percebi que ela estava com uma aparência muito abatida, com olheiras profundas, como se não tivesse dormido a noite inteira. Gabriel ficou em silêncio por um momento antes de responder, com a voz rouca e hesitante: — Tente fazer com que ela coma alguma coisa. — Preparei os pratos que a Srta. Helena gosta. Ela disse que vai descer para comer depois que terminar o banho. — A empregada fez uma pausa antes de continuar. — Mas eu estou realmente preocupada com o estado dela. O senhor não quer vir vê-la? Gabriel apertou os lábios, a tensão vi