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Casada com o CEO: Quando o jogo saiu de controle
Casada com o CEO: Quando o jogo saiu de controle
Author: Ana Luiza Mendes

Capítulo 0001

Author: Ana Luiza Mendes
Como uma secretária poderia conquistar seu chefe?

Dormindo com ele.

Foi exatamente isso que Patrícia Bastos fez.

Com o suor percorrendo sua testa e o coração acelerado, ela se apoiava na parede, tentando recuperar o fôlego. Seus cabelos escuros caíam suavemente sobre os ombros, e o corpo, ainda em choque com o que acabara de acontecer, tremia levemente.

As pernas, frágeis, não pareciam mais ser capazes de sustentá-la, e ela lutava para encontrar equilíbrio, tentando processar a intensidade do momento.

Quando ela quase desabou, Roberto Santana a segurou firmemente e a jogou na cama.

Patrícia sentiu o colchão afundar sob seu corpo e, em seguida, foi tomada por uma nova onda de intensa paixão.

Ela não esperava que tudo fosse tão fácil naquela noite.

Aproveitando a estadia no mesmo hotel durante uma viagem de trabalho, ela bebeu algumas taças de vinho no jantar e, logo após, bateu à porta da suíte presidencial de Roberto.

No instante em que Roberto abriu a porta e a viu, Patrícia nem teve tempo de colocar em prática seu plano meticulosamente ensaiado. Ele a puxou para dentro do quarto, e então...

Patrícia não conseguia mais se lembrar dos detalhes. Sua consciência começava a desaparecer.

Na manhã seguinte, ao acordar, ela se deparou com o homem nu ao seu lado e quase teve um ataque de pânico.

Ela realmente tinha sido ousada. Será que acabara de pôr seu emprego em risco?

Não, ela não podia perder aquele trabalho.

Ser secretária no Grupo Santana lhe rendia um bom salário, e ela precisava muito do dinheiro, então não podia ser demitida.

Na noite anterior, Roberto parecia ter sido drogado, caso contrário, jamais teria se comportado de forma tão desenfreada.

Talvez ele nem se lembrasse de nada ao acordar.

Arrependida da decisão impulsiva, Patrícia levantou-se com cuidado, vestiu-se apressadamente e fugiu do quarto.

No momento em que a porta se fechou, o homem abriu os olhos lentamente. Seus olhos escuros, como tinta, tinham um brilho penetrante e perigoso, como o de uma águia.

De volta ao seu quarto, Patrícia tomou um banho para tentar se acalmar.

Ela realmente havia perdido a cabeça!

Por vingança contra seu ex-namorado, teve a ousadia de seduzir Roberto, uma atitude que beirava a loucura.

Para completar, nem bem tinha se sentado, o telefone tocou. Era Fabiano Miranda, seu ex.

— Paty, você tem que vir ao meu casamento com a Ju!

Patrícia sentiu uma vontade imensa de vomitar.

Durante o namoro deles, Fabiano a traíra com Juliana Oliveira, filha mais velha da família Oliveira, e só contou sobre o casamento já com data marcada.

Ainda teve a audácia de convidá-la para o evento na condição de boa amiga.

Ela tinha sido enganada por tanto tempo e nem percebeu.

E quem era Juliana?

A sobrinha de Roberto Santana, sua querida nova conquista.

Fabiano tinha se dado bem, afinal!

Segurando o nojo, Patrícia respondeu:

— Fabiano, eu te desejo felicidades! Mas querer que eu vá ao seu casamento e ainda leve presente? Você só pode estar sonhando!

— Muitos amigos nossos sabem que fomos amigos de infância. Se você não for ao casamento, com certeza vão começar a fofocar, e eu não quero que a Ju fique com uma impressão errada. — Fabiano insistia, tentando convencê-la.

Patrícia, com os olhos vermelhos e incapaz de dizer qualquer coisa, encerrou a ligação abruptamente.

Não era de se admirar que Fabiano tivesse resistido a oficializar o namoro na época, justificando que queria surpreender todos com o anúncio no casamento. Agora, tudo fazia sentido: era apenas um plano para manter suas traições escondidas.

Uma batida na porta interrompeu seus pensamentos. Era uma colega de trabalho:

— Secretária Patrícia, vi que você não respondeu às mensagens do grupo e não atendeu o telefone. Passei aqui para avisar que partiremos em meia hora, pontualmente. O Sr. Roberto disse que não vai esperar ninguém. Estou descendo agora.

— Obrigada! Já estou indo! — Patrícia respondeu, apressada.

Ela rapidamente arrumou suas coisas. Felizmente, era uma viagem curta de três dias e duas noites, então não havia muito para empacotar. Em poucos minutos, estava descendo com sua mala para pegar o ônibus.

A viagem fazia parte de uma inspeção ao novo resort que o Grupo Santana estava desenvolvendo. Um pequeno grupo de funcionários, selecionados por sorteio, acompanharia Roberto para avaliar as instalações e oferecer feedback sobre a experiência.

Patrícia correu até o ônibus, colocou a mala e subiu rapidamente, sem imaginar que, ao olhar para a primeira fileira, veria o homem sentado lá.

Ela ficou atônita, as pernas fraquejaram, e quase perdeu o equilíbrio.

Por que Roberto estava no ônibus?

Nesse momento, uma grande mão se estendeu rapidamente, segurando seu pulso, impedindo que ela caísse.

Patrícia encontrou o olhar do homem: profundo, intenso, impenetrável. Seu rosto sério não revelava nenhuma emoção.

Seu coração batia descompassado enquanto ela se perguntava: “Será que Roberto ainda se lembra da noite passada?”

— Sente-se, vamos partir! — Alertou o motorista.

Patrícia voltou à realidade e olhou para o fundo do ônibus. Para seu desespero, todos os assentos estavam ocupados, exceto o lugar ao lado de Roberto.

Patrícia sentiu que, naquele momento, estava prestes a sufocar.

— Secretária Patrícia, não perca tempo. — A voz grave e cheia de magnetismo soou, séria, fria e com um tom que carregava uma ordem.

Era a mesma voz que, na noite anterior, murmurava roucamente ao pé do seu ouvido, carregada de uma sensualidade quase esmagadora.

Sem alternativa, Patrícia sentou-se ao lado dele, mantendo-se rígida e evitando qualquer contato visual.

Durante todo o percurso, o interior do ônibus estava silencioso.

A presença de Roberto parecia ter um efeito inibidor sobre todos, diferente da viagem de ida, quando o grupo estava animado, cantando, contando piadas e conversando alegremente.

Patrícia estava desconfortável em seu assento. Seu corpo ainda estava dolorido, reflexo da intensidade da noite passada. Como era sua primeira vez, o esforço havia sido ainda mais exaustivo.

No entanto, ela não ousava se sentar de forma relaxada, já que seu chefe direto estava ao seu lado. Ela só podia manter uma postura rígida e ereta.

Qualquer descuido poderia chamar atenção, e ela não podia correr esse risco.

A viagem de três a quatro horas terminou quando o ônibus estacionou na entrada do Grupo Santana.

Patrícia levantou-se, mas, ao tentar descer, suas pernas fracas a traíram, e ela caiu de volta no assento. Sentia como se seu corpo estivesse completamente desmontado.

Instintivamente, ela virou o rosto e encontrou novamente aqueles olhos negros e profundos, que pareciam analisá-la minuciosamente.

Sentindo-se envergonhada, Patrícia desviou o olhar apressadamente e desceu do ônibus com uma postura constrangida.

Roberto foi o último a descer. Enquanto ele não se movia, todos os funcionários permaneciam parados, esperando sua saída.

— Esses três dias foram intensos. Hoje podem descansar à tarde, mas amanhã voltamos à rotina normal. — Declarou ele, em tom autoritário.

Somente após suas palavras, o grupo começou a se dispersar.

Patrícia também se preparava para ir embora, mas, ao virar-se, ouviu uma voz grave chamando-a:

— Secretária Patrícia, aguarde um momento.

Um arrepio percorreu sua espinha.

Será que Roberto sabia que foi ela na noite passada e pretendia repreendê-la e demiti-la?

A ansiedade tomou conta dela, imaginando que Roberto, com sua personalidade severa, não hesitaria em agir dessa forma.

Patrícia se arrependeu profundamente de ter tomado a decisão impulsiva de bater à porta dele na noite anterior.

Sem saída, ela caminhou até ele, tentando esconder o nervosismo:

— Sr. Roberto, em que posso ajudá-lo? — Perguntou com um tom hesitante.

— Leve minha mala para casa. Aqui está o cartão de acesso. Quando chegar, ligue para mim e eu te passo a senha.

Ele entregou a bagagem e acrescentou:

— Mansão das Águas Tranquilas, bloco 8, apartamento 1808.

Patrícia pegou a mala imediatamente, respondendo prontamente:

— Sim, Sr. Roberto.

Ela suspirou de alívio por dentro.

Que susto!

Pelo visto, Roberto não se lembrava de que foi ela na noite passada, ele só a havia mandado correr para levar as malas.

Com certeza, a falta de luz e o possível efeito da substância que o deixou fora de si contribuíram para isso. Ele provavelmente não tinha a menor ideia de quem estava com ele.

Carregando as duas malas, Patrícia chamou um táxi e seguiu até a casa de Roberto. Ao chegar ao local, ela ligou para ele.

Do outro lado da linha, Roberto ditou a senha com sua voz firme e fria. Antes que ela desligasse, ele acrescentou:

— Fique a noite.
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