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Depois da Minha Morte, Meu Irmão Finalmente Se Arrependeu
Depois da Minha Morte, Meu Irmão Finalmente Se Arrependeu
Author: Banana

Capítulo 1

Author: Banana
Depois da minha morte, algo estranho aconteceu: minha alma não se dissipou. Continuei vagando entre os vivos.

Vi meu corpo ser descoberto aos pedaços, retirado de lixeiras e rios.

A cena aterrorizou a cidade inteira.

O caso teve repercussão enorme, e as autoridades chamaram meu irmão, Rafael Duarte, um investigador particular, para liderar a investigação.

Uma sensação de culpa me atravessou: mais uma vez, eu estava causando transtorno para ele. Ao mesmo tempo, um arrepio percorreu minha alma.

Diante dos restos mortais reconstruídos, a expressão dele se contraiu.

— Já temos alguma informação sobre a vítima? E o horário da morte? — Ele perguntou ansiosamente.

O Diretor Carlos, responsável pelo trabalho do apoio, massageou as têmporas e respondeu:

— Pelo exame inicial, a vítima é uma mulher entre 20 e 22 anos. A morte ocorreu há pelo menos 48 horas.

— O corpo foi brutalmente mutilado. No momento, não conseguimos dados úteis. O exame de DNA deve dar o resultado em até dois dias.

E completou, com pesar:

— A vítima sofreu torturas inimagináveis. Para impedi-la de resistir, o assassino cortou os quatro membros dela… ainda viva.

O silêncio pesado caiu sobre todos.

— Esse monstro! — Alguém murmurou.

— A pobre garota… deve ter sofrido horrores antes de morrer. — Outro comentou, cheio de compaixão.

Meu irmão bateu com força na mesa, com a voz carregada de fúria:

— Eu vou encontrar esse assassino. Vou garantir que ele pague por isso!

Jorge, mestre de Rafael e amigo de longa data de nosso pai, pousou a mão no ombro dele, com um suspiro:

— Um trabalho duro… Mas, dessa vez, vai perder a festa de formatura da Helena.

Ao ouvir meu nome, meu irmão franziu a testa de imediato.

— Não fale dela. Só traz azar. Acha que eu iria na festa de formatura dela? Estou ocupado demais com a formatura da Marina.

Essas palavras, afiadas como lâminas, rasgaram meu peito.

Desde que nossos pais morreram, Rafael me odiava, convencido de que eu tinha causado o acidente.

Ele ainda me expulsou de casa.

Depois, numa investigação, ele salvou uma garota órfã — Marina Costa — e a levou para casa como irmã.

Eu, a verdadeira irmã de sangue, virei a “órfã”.

Antes da minha morte, meu irmão ainda estava com raiva de mim.

Raiva porque, na opinião dele, eu atrapalhava a formatura da sua irmã adotiva.

Raiva porque eu fazia a “querida Marina” sofrer críticas.

Se ele soubesse que a vítima no necrotério era eu, tenho certeza: ele teria se virado e ido embora sem hesitar.

Afinal, ninguém desejava tanto a minha morte quanto ele.

Mano, eu finalmente morri… você deve estar feliz, não é?

Jorge bateu com força no peito de Rafael, repreendendo:

— Como você pode falar assim? A Helena sempre foi uma menina carinhosa. Ela tinha medo de você não gostar dela, por isso levava comida secretamente para seu escritório todos os dias. Você devia valorizar isso, rapaz!

Mas Rafael apenas bufou friamente:

— Eu não preciso disso. Mestre, não falemos dela. Vamos voltar ao caso. Houve algum registro recente de desaparecimento?

O assistente, Pedro, balançou a cabeça:

— Não. Nos últimos dois dias, não recebemos nenhum comunicado de desaparecimento na região.

Rafael resmungou, irritado:

— Estranho… a garota sumiu há dias e ninguém sentiu falta? Que negligente.

Na hora do almoço, ele saiu com os colegas.

De repente, Jorge comentou:

— Estranho… faz dias que a Helena não aparece para trazer sua comida.

Meu irmão riu com desdém:

— Cansou de fingir, só isso. É bem típico dela.

Jorge se enfureceu:

— Impossível! Durante anos, faça chuva ou sol, ela nunca deixou de cuidar de você. Alguma coisa aconteceu com ela, eu acredito. Ligue para sua irmã agora!

Rafael se impacientou:

— Mestre, não caia nos truques dela. Tudo isso é encenação. Ela me ligou outro dia inventando confusão. Pedi que viesse na festa da Marina e ela não quis. Está claramente de birra comigo.

Jorge ainda queria insistir, mas o celular de Rafael tocou.

Ao ver o número, sua expressão se suavizou de imediato. A voz estava cheia de doçura.
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