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Ele Implorou por Amor, Mas Já Era Tarde
Ele Implorou por Amor, Mas Já Era Tarde
Penulis: Sra. Deep

Capítulo 1

Penulis: Sra. Deep
— Tati, todas as mídias estão falando do Cris agora. Os repórteres cercaram completamente a entrada do hotel. Mais uma vez, preciso que você resolva isso, meu bem.

Eram dez da noite.

Sentada diante da mesa do escritório, Tatiane segurava o celular junto ao ouvido enquanto apoiava a testa com a outra mão. A voz cansada da sogra ecoava do outro lado da linha, mas ela não respondeu de imediato.

Três anos de casamento...

Três anos em que as fofocas e as amantes de Cristiano brotavam como cogumelos depois da chuva, uma após a outra, sem fim.

E, nas raras vezes em que o via, era apenas para limpar o rastro dos seus escândalos amorosos.

Tatiane manteve o silêncio.

Do outro lado, Lorena Almeida suspirou e falou num tom carregado de preocupação:

— Tati, desta vez não se trata só da reputação da empresa ou das ações na bolsa. A Mariana voltou. E ela... Ela não é como as outras. Você precisa manter seu casamento com o Cris.

"A Mariana voltou?"

A testa de Tatiane se franziu levemente. O cansaço parecia pesar até na respiração.

Ela ficou em silêncio por alguns segundos antes de responder, num tom calmo e suave.

— Sim, mãe... Eu entendi. Estou indo agora.

Quando desligou, ficou olhando o telefone por um longo tempo, os olhos vazios.

Só então pegou as chaves do carro e levantou-se devagar.

Meia hora depois, quando Tatiane entrou discretamente pelos fundos do hotel, Igor e Ana já a esperavam na porta.

Ana segurava uma sacola elegante de uma grife de luxo e aproximou-se dela com respeito.

— Sra. Tatiane, a roupa já está pronta.

Era o mesmo modelo que Mariana usaria naquela noite, um figurino pensado para acompanhar Cristiano no pequeno teatro que ele havia montado para a imprensa.

Igor bateu à porta do quarto.

— Sr. Cristiano, a Sra. Tatiane chegou.

— Entre.

A voz dele soou fria e natural, como se tudo aquilo fosse apenas rotina.

Igor abriu a porta para Tatiane.

Cristiano acabava de sair do banheiro, vestindo um roupão cinza frouxo que deixava à mostra o peito e o abdômen bem definidos.

Com uma toalha, enxugava o cabelo molhado de forma descuidada. O tipo de descuido que parecia calculado.

O ar de preguiça sensual era quase insuportável.

Ao vê-la, ele não demonstrou o menor traço de culpa ou constrangimento, como se ser flagrado naquela situação fosse algo banal.

Três anos de casamento haviam tornado tudo... Um hábito.

Cristiano se curvou para pegar o maço de cigarros e o isqueiro sobre a mesa de centro. Tirou um cigarro, colocou entre os lábios e o acendeu.

A fumaça saiu lentamente de sua boca enquanto ele dizia, com indiferença.

— Você veio.

— Sim. Vou me trocar primeiro. — Tatiane apenas assentiu.

Pegou a sacola que Ana lhe estendia e dirigiu-se ao quarto.

Mas, ao chegar à porta, ela parou.

De dentro, Mariana saía, prendendo o cabelo atrás da orelha com um gesto suave.

Tatiane ficou imóvel.

O coração bateu mais forte.

Mariana realmente havia voltado.

Ao vê-la, Mariana também pareceu surpresa por um instante.

Mas logo retomou a compostura e sorriu, como se nada tivesse acontecido.

— Tati, você veio.

Depois, deu um passo à frente e, com uma delicadeza que soava provocante, passou a mão pelos cabelos dela, como quem consola uma criança.

— Deve ter sido cansativo, não é? Obrigada por vir, Tati.

Tatiane apertou o tecido das roupas que segurava, sentindo os dedos ficarem tensos.

Forçou um sorriso educado.

— Não há de quê, Srta. Mariana.

Ela não sabia que Mariana era o primeiro amor de Cristiano.

Não sabia que ele ainda a amava.

Se soubesse, quando o avô dele, Sr. Henrique, lhe perguntara se gostava de Cristiano, nunca teria dito que sim.

Não o teria colocado sob pressão.

E talvez não tivesse se casado com ele.

Agora, olhando tudo aquilo, sentia o gosto amargo do arrependimento.

Cristiano sempre fora um homem de ação rápida e precisa, sem deixar brechas, sem permitir erros.

Desde que assumira o comando da Áurea Global, a empresa prosperara de forma impressionante.

Homens mais velhos, até mesmo poderosos empresários, o tratavam com respeito e cautela.

Mas, ironicamente, aquele homem tão meticuloso tinha a vida pessoal repleta de falhas.

Talvez ele simplesmente detestasse o casamento.

E escolhesse humilhá-la assim, como uma forma de se vingar do próprio avô.

Mariana retirou a mão e passou por ela com um perfume doce que ficou no ar.

Tatiane se virou, sem querer, para acompanhá-la com o olhar.

Cristiano a viu saindo do quarto e pegou um casaco.

Estendeu-o a ela, falando num tom suave que soava quase ensaiado:

— Vista isto. Vai pegar um resfriado.

— Você se preocupa demais comigo, Cris. — Disse Mariana, sorrindo, radiante de felicidade.

Tatiane observou os dois, e o coração pareceu se partir em silêncio.

Era impossível não lembrar do homem que um dia a salvara das chamas, que a tratava com carinho e paciência, que um dia a fizera acreditar no amor.

E agora...

Como tinham chegado a esse ponto?

Tatiane ficou observando os dois por um tempo, o coração apertado.

Depois, sem dizer uma palavra, apertou o vestido contra o peito e entrou no quarto.

Quando saiu novamente, vestia o mesmo modelo branco que Mariana usara há pouco.

Mas agora o quarto estava vazio. Mariana se fora.

Igor e Ana também tinham desaparecido.

Do lado de fora, o som das batidas na porta ecoava como trovões.

— Sr. Cristiano, é verdade que o senhor vai se divorciar?

— Sr. Cristiano, é verdade que o senhor está com a Srta. Mariana?

Se alguém tivesse conseguido fotos comprometedoras dele com Mariana, as ações da Áurea Global despencariam na manhã seguinte.

Cristiano, ainda de roupão, largou o celular no sofá e se levantou devagar, com a mesma preguiça elegante de sempre.

Abriu a porta com calma.

— Sr. Cristiano, depois do divórcio, a Sra. Tatiane continuará na Áurea Global?

— Sr. Cristiano, quanto ela vai receber na partilha de bens?

— Sr. Cristiano, a Áurea Global vai conceder ações à Sra. Tatiane?

No quarto, Tatiane soltou uma risada baixa e amarga.

A mídia era realmente visionária... Já noticiava um divórcio que nem existia.

Respirou fundo, recompôs o semblante e caminhou com passos lentos e graciosos até a porta.

Colocou-se atrás de Cristiano, passou os braços finos e pálidos ao redor da cintura dele e apoiou o queixo em seu ombro.

— O que foi, meu amor? — Murmurou com voz doce.

O abraço suave e aquele "meu amor" dito com tanta naturalidade fizeram Cristiano virar o rosto para ela, surpreso.

— Sra. Tatiane?

— Sra. Tatiane?

Os repórteres se entreolharam, confusos.

— Não é a Mariana... É a Sra. Tatiane!

Em segundos, os flashes começaram a pipocar.

Mas os rostos, antes excitados, agora mostravam decepção.

Afinal, acharam que tinham capturado um escândalo... E acabaram, mais uma vez, com Tatiane Pereira.

Tatiane ainda mantinha os braços em volta da cintura dele, sem perceber que não o soltara.

Cristiano lançou um olhar preguiçoso aos repórteres diante da porta e perguntou, com voz baixa e entediada.

— Preciso mesmo dar alguma explicação?

— Desculpe, Sr. Cristiano, Sra. Tatiane. Não queríamos incomodar.

— Perdão, Sr. Cristiano. Desculpe interromper o descanso de vocês.

Após algumas desculpas apressadas, os jornalistas se dispersaram pelo corredor.

A porta se fechou com um clique seco.

Cristiano virou-se para encará-la, e Tatiane imediatamente afastou as mãos, constrangida.

— Eu só... Só quis despistar a imprensa. — Explicou, num tom polido, quase impessoal.

Ele não respondeu.

Apenas caminhou até o cabideiro, de costas para ela, e tirou o roupão com um movimento natural.

Os ombros largos, a cintura estreita, a pele clara, cada linha de seu corpo eram definidas pela disciplina dos treinos diários.

O rosto de Tatiane corou. Ela desviou o olhar, murmurando:

— Então... Eu vou voltar pra empresa.

Cristiano se virou, mas ela já estava com a mão na maçaneta.

A porta se abriu e ela desapareceu no corredor.

Ele ficou parado, olhando o vazio onde ela estivera, os olhos perdidos por longos segundos.

Depois, simplesmente voltou-se para o cabide e continuou a se vestir.

No caminho de volta, Tatiane segurava o volante com as duas mãos.

O corpo todo doía de cansaço.

Havia uma pressão no peito, sufocante, como se o ar se recusasse a entrar.

No mês anterior, durante um exame de rotina, o médico havia comentado sobre um pequeno nódulo e lhe recomendara que mantivesse o coração tranquilo, que evitasse o estresse e voltasse para reavaliação regularmente.

Mas, antes do casamento, ela nunca tivera nada disso.

Virou o rosto e olhou para o banco do passageiro, onde repousava o acordo de divórcio.

Suspirou.

Tantas vezes já o levara com ela, pronta para entregá-lo...

E, ainda assim, sempre voltava com ele nas mãos.

Durante esses três anos, quantas vezes pensara em se divorciar?

Incontáveis.

Mas bastava lembrar-se de Cristiano a tirando no colo de dentro das chamas, o calor do fogo refletido nos olhos dele, o desespero, o medo de perdê-la...

E tudo desmoronava.

Ela cedia. Sempre cedia.

Tinha medo. Medo de finalmente entregar aquele papel e ouvir dele um "sim" frio e imediato.

Medo de descobrir que, para ele, o fim já estava decidido há muito tempo.

E por isso aquele documento permanecia ali, ao seu lado, por tanto tempo.

Um lembrete silencioso do amor que um dia existira, e que agora só pesava.

Depois que o escândalo foi abafado, tudo voltou ao normal.

Ou, pelo menos, parecia.

Naquela manhã, enquanto passava pelo pequeno salão de reuniões, Tatiane ouviu vozes vindas de dentro.

— Recalculando de novo? Sr. Cristiano, já refiz isso seis vezes. — Disse uma das mulheres, em tom de ironia. — Mas é claro, né? A Sra. Tatiane tem sorte. Casou e subiu na vida da noite pro dia. Nem precisa fazer proposta, é só colocar o nome em cima do projeto do cliente.

— Ah, quem mandou a gente não ter o mesmo talento dela? Nem o mesmo jogo de cintura... E muito menos a paciência. Vocês viram os trending topics anteontem? Lá foi ela de novo, apagar os incêndios do Sr. Cristiano. Uma verdadeira ninja da tolerância. — Respondeu outra, entre risadas.

Logo, uma voz masculina se juntou à conversa.

— Sr. Cristiano, dizem que na noite do hotel o senhor e a Mariana estavam... Ocupados. Foi pesado, hein? A Tatiane não chorou?

Cristiano escutava tudo com um sorriso leve e respondeu com naturalidade, como se o assunto não fosse sobre ele.

— E onde foi que vocês ouviram esse boato? Está até interessante.

Naquela noite, ele e Mariana apenas tinham jantado juntos. Um garçom derramara suco sobre os dois, e subiram para trocar de roupa.

Nada mais.

Mas ele não se deu ao trabalho de explicar.

Não se importava com o que os outros diziam.

Nem sequer com o que Tatiane sentia.

— Sr. Cristiano. — Alguém completou, entre risadas. — Você e a Tatiane são de mundos diferentes. Por que não se separam logo e deixam espaço pros outros?

Do lado de fora da porta, Tatiane escutava tudo, imóvel.

Viu Cristiano sorrindo, participando da conversa como se fosse um simples espectador, como se a própria traição fosse uma história sobre outra pessoa.

Ela o observou em silêncio, sem piscar.

O projeto em discussão era um contrato com o governo, um trabalho controlado por um grupo restrito, empresários próximos, todos amigos dele.

Cristiano jamais a deixava se envolver nesse tipo de negociação.

Desde o casamento, sua vida profissional e pessoal havia se tornado cercas invisíveis às quais ela não tinha acesso.

Com ele, era como viver do lado de fora.

E, ironicamente, o casamento os havia afastado ainda mais do que antes.

Ricardo, recostado na cadeira com seu ar preguiçoso habitual, olhou para Cristiano e comentou.

— Cris, não liga pra essa gente falando besteira. Na empresa, é a Tati que segura tudo pra você, em casa, é ela que cuida de tudo. Você sai por aí curtindo a vida, e ela, em vez de brigar, ainda limpa a bagunça que você deixa. Me diz, que mulher faria isso? Se fosse há duzentos anos, o que ela faz merecia uma estátua! Uma esposa dessas, e você ainda quer mais o quê?

As risadas preencheram a sala, mas nem todos concordaram.

— Ah, por favor! — Retrucou uma das mulheres, com ironia. — Tatiane só sabe fechar os olhos e fingir que não vê. Sr. Cristiano, se o senhor realmente se divorciar, posso garantir que eu faria um trabalho bem melhor que o dela. E, convenhamos, meu dote é muito mais generoso que o da Tatiane.

— Helena, nem começa. — Cortou outro, rindo. — Você esqueceu da Mariana?

Cristiano, sentado na cabeceira da mesa, sorriu com aquela calma fria de sempre e respondeu, brincando.

— Então, Helena... Peça pro seu avô preparar o dote.

A sala explodiu em risadas, taças tilintando, vozes leves e debochadas.

Mas Tatiane, parada do lado de fora, apenas virou-se e voltou para o próprio escritório em silêncio.

Ela sabia.

Sabia que, comparada àquelas pessoas, não tinha nada de especial.

A mãe fora professora, falecida quando Tatiane tinha oito anos.

O pai, policial, morrera em serviço alguns anos depois.

O avô servira no exército, mas não era oficial, fora apenas o motorista do avô de Cristiano.

Foi assim que os dois se conheceram, ainda crianças.

Quando se casaram, o Sr. Henrique insistiu para que Tatiane fosse nomeada vice-presidente da empresa, para auxiliar Cristiano.

Mas, no fundo, ela sabia.

Não era para ajudar.

Era para vigiá-lo.

E, mesmo assim, falhara.

Do gaveteiro, Tatiane tirou o acordo de divórcio.

Ficou olhando para aquelas folhas por um longo tempo, os olhos fixos, vazios.

No fundo, ela sabia.

Sabia que já não havia nada a esperar.

Cristiano nunca voltaria pra ela.

Há muito tempo ela se enganava, sustentando uma esperança que não existia.

Mas, de repente, algo dentro dela simplesmente... Cedeu.

Ela não queria mais insistir.

Não queria ser o obstáculo entre ele e a felicidade que procurava em outras pessoas.

Quando a reunião terminou, ela foi até o escritório dele.

Cristiano abriu a porta justamente quando ela se aproximava.

Ao vê-la ali, seus olhos se ergueram, surpresos.

— Aconteceu alguma coisa?

— Tenho alguns documentos que precisam da sua assinatura. — Respondeu Tatiane, calma, contida.

Ele deu um breve aceno, voltou para trás da mesa e pegou a caneta.

Assinou as primeiras páginas, apenas papéis de trabalho.

Então, Tatiane colocou duas novas folhas diante dele.

Falou num tom sereno, quase frio.

— Quando for conveniente pra você... Poderíamos oficializar o divórcio.

A caneta ficou suspensa entre os dedos dele.

Cristiano levantou o olhar e a fitou em silêncio, como se, pela primeira vez, não soubesse o que dizer.
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