Lixo do Ex, Tesouro do Próximo

Lixo do Ex, Tesouro do Próximo

By:  Clara DouradoUpdated just now
Language: Portuguese
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O marido era um cafajeste mulherengo, e traiu com a secretária dele. Valentina Nunes agiu com calma e estratégia, não só o fez assinar o acordo de divórcio como também o colocou atrás das grades. O homem sujo, ela não só o rejeitou como também fez questão de destruir ele por completo. — Henrique, aproveite esse tempo lá dentro para repensar tudo e virar um homem de verdade, está bem? Henrique Duarte se ajoelhou, arrependido: — Amor, eu errei… Me dá mais uma chance, por favor! Valentina entrelaçou os dedos com o novo namorado e respondeu com um sorriso: — Deixa eu te apresentar… Ele é meu novo namorado. Gael Junqueira era o jovem bonito que Valentina tinha salvado no bar. Ela só quis fazer uma boa ação no dia, mas ele insistiu em retribuir com o próprio corpo. Valentina pensou: "Bem, já que estou solteira, por que não experimentar algo diferente?" Quando eles estavam super grudados, Valentina descobriu uma verdade chocante... O quê? Então tudo aquilo era só uma farsa disfarçada de amor, só para ela acabar doando um rim para amada do verdadeiro amor dele? Gael, com cara de coitado, tentou se justificar: — Eu só tive um amor da vida inteira. E sempre foi você.

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Chapter 1

Capítulo 1

Assim que entrou, a sogra jogou os papéis do divórcio na direção de Valentina Nunes.

— No próximo mês, é melhor não tentar nenhuma gracinha. Caso contrário, não vai ver nem um centavo! — Disparou ela, fria.

Valentina pegou os documentos e virou direto para a última página. Ao ver a assinatura, seu olhar se apagou por um instante.

Como ela suspeitava, Henrique Duarte, paranoico com todo mundo, confiava cegamente na própria mãe.

Foi exatamente por isso que, ao descobrir a traição dele, Valentina não foi tirar satisfação com seu marido, mas sim com a sogra.

Se fosse falar com Henrique, ele negaria tudo e jamais aceitaria o divórcio. Já a mãe dele, por outro lado, sonhava dia e noite com a separação dos dois desde o momento em que se casaram.

Valentina fechou os papéis, ergueu o olhar e encarou a sogra. No rosto ainda bonito mesmo sem maquiagem, não havia mais esforço em agradar, só restava indiferença.

— O que você devia estar preocupada... — Disse ela com calma. — É como vai fazer para convencer seu filho a ir comigo ao cartório.

— Isso não é problema seu. Só não venha se arrepender depois. — Retrucou a sogra, com deboche.

Arrepender...

O único arrependimento dela tinha sido desperdiçar dez anos da vida e do coração com Henrique.

Depois que a sogra foi embora, ela olhou ao redor da casa.

Aquela bela mansão à beira-mar, desde o projeto até cada detalhe da decoração, tinha sido fruto do esforço dela. Ela acreditava que ali seria seu lar, o refúgio de quem cresceu sem pai nem mãe.

Valentina deu um sorriso amargo e subiu até a varanda do segundo andar. Antes daquele dia, o que mais gostava era de ficar ali ouvindo o som das ondas, esperando Henrique voltar do trabalho.

As ondas continuavam soando como sempre... Mas já não havia mais motivo para esperar.

Ela foi ingênua ao acreditar que tudo podia mudar na vida, menos o amor de Henrique por ela.

Mas bastaram só seis meses desde que Yasmin Oliveira entrou na empresa...

Ao lembrar disso, Valentina se levantou com determinação, voltou para o quarto e abriu a gaveta da mesa de cabeceira. Pegou o frasco branco de comprimidos e saiu de casa o mais rápido que pôde.

Hospital.

Departamento de Análise de Medicamentos.

— Isso não é ácido fólico. É anticoncepcional.

Ao ouvir o resultado do exame, o coração de Valentina pareceu se despedaçar em mil pedaços.

Seis meses atrás, Henrique insistiu que ela pedisse demissão para se dedicar aos preparativos para ter um filho. Disse que a empresa finalmente estava estabilizada, e que era o momento ideal para ter um bebê.

Naquela época, ele parecia obcecado. Falava sobre ter filhos o tempo todo, como se fosse a única coisa que importasse.

Na verdade, Valentina ainda não queria ser mãe tão cedo. Ela havia estado ao lado de Henrique durante todo o processo de construção da empresa, e naquele momento que tudo começava a dar certo, ter um filho não fazia parte dos seus planos imediatos.

Mas no fim, ela aceitou.

Ele queria um filho e ela topou. Afinal, mais cedo ou mais tarde aquilo ia acontecer mesmo.

Além disso, a sogra nunca tinha gostado muito dela. Quem sabe, com a chegada de um neto, a atitude dela mudasse?

Como sua saída deixaria vago o cargo de secretária, Valentina quis esperar até encontrar uma substituta ideal. Mas Henrique foi rápido em avisar que já havia contratado uma nova secretária. Disse que já vinha se preparando há algum tempo, tudo para que ela pudesse focar na gravidez com tranquilidade.

Valentina, claro, não desconfiou de nada. Nem mesmo quando conheceu Yasmin, com aquele corpo escultural. Achou que era só mais uma funcionária bonita, nada demais.

Na época, ela confiava plenamente. Tinha certeza de si mesma.

Mas a verdade era que ela tinha sido uma idiota, manipulada por Henrique como bem quisesse.

Ao sair do hospital, Valentina caminhava sem rumo pelas ruas quase desertas, como uma alma perdida sem direção.

O vento cortante daquela noite de outono batia em seu corpo, mas nenhum frio era mais intenso do que aquele que sentia no peito.

Aquela noite marcava o terceiro aniversário de casamento com Henrique. Ela até tentou não pensar em nada relacionado a ele, mas as lembranças vinham em ondas, como trechos de um filme passando sem parar.

Do uniforme escolar ao vestido de noiva... Foram dez anos.

Ela esteve com ele desde o começo. Ajudou a construir tudo. Foi ela quem o viu se transformar no poderoso "Sr. Henrique", figura respeitada da elite da Cidade A.

Mas, como tantos outros homens, ele só soube ser fiel na dificuldade, mas não sabia compartilhar os bons momentos.

Ele tinha jurado que a faria feliz para sempre...

O toque da mensagem interrompeu os pensamentos de Valentina. Era de novo aquele número desconhecido que tinha aparecido dois dias atrás. Só que, daquela vez, não enviaram uma foto do Henrique traindo, veio apenas um endereço.

Ela estava prestes a se virar para entrar no carro parado na rua, quando um moleque apareceu do nada e bloqueou seu caminho.

— Ei, gata, quem te fez deixou assim? Com essa cara tão feia no meio da noite, quer que eu te ajudo a se vingar?

Valentina nem deu bola e acelerou o passo para passar por ele.

— Ei, ingrata! Estou aqui te ajudando e você me trata assim? Mas... — O cara meio nojento deu uma lambida nos lábios com um sorriso safado. — Se você está de mau humor, tudo bem, não vou encher seu saco. Venha comigo, te levo para dar uma distraída.

Antes que o cara pudesse tocar em Valentina, ela recuou rápido um passo.

— Se não quiser apanhar, some daqui agora...

— Olha só, ainda tem personalidade, hein! — O cara deu uma risada ainda mais escrachada. — Eu curto mesmo mulher que tem esse temperamento. Quanto mais difícil, melhor!

Apesar de saber se virar no braço, Valentina perdeu a vantagem porque o sujeito tirou do bolso uma lâmina de vidro afiadíssima.

A lâmina pressionou o pescoço dela.

— Se comporta e deixa eu fazer o que quero, ainda posso te deixar viva. Se não...

— E se não? — Valentina respondeu firme, com a lâmina já encostada na pele, sem nem franzir a testa.

O cara ficou nervoso ao perceber que ela não tinha medo nem da morte.

Com medo de realmente fazer besteira, ele afrouxou o aperto e tentou sair. Mas Valentina foi mais rápida, arrancou a faca da mão dele e cravou no começo da coxa dele.

— Se não consegue segurar a vontade, melhor que eu te deixe fora de combate!

Henrique também, pensou ela, mas se divorciar dele seria moleza demais. Ela podia tanto ajudar ele a subir na vida quanto fazer ele voltar a ser o pobretão de antes.

Do carro não muito longe, um homem observava tudo que Valentina tinha acabado de fazer, e seus olhos profundos brilhavam em aprovação.

O motorista no banco da frente comentou:

— Sr. Junqueira, a Srta. Valentina é realmente incrível.

— Sempre foi, só que tem gente que acha que pode passar por cima dela. — Respondeu o homem no banco de trás do carro.

— E vamos continuar atrás deles?

— Não precisa, ela resolve sozinha.

**

Valentina não voltou para a mansão à beira-mar, foi direto para o endereço que recebeu por mensagem.

Já sabia o que ia encontrar, então quando viu Henrique, que sempre dizia estar ocupado até no aniversário de casamento, transando no carro com a secretária, ela ficou olhando por um instante, em silêncio, e depois simplesmente virou as costas...

Yasmin, que estava sentada montada nas pernas de Henrique esperando Valentina explodir de raiva, ficou meio perdida.

O marido transando com outra mulher no carro, e ela, como esposa, veio de longe para chegar lá, mas só ficava olhando um pouco e foi embora sem fazer nada?

Ela não amava Henrique como a própria vida?

Logo Yasmin entendeu.

Ela não passava de uma covarde com medo do fim do casamento.

Yasmin deu uma risadinha fria no seu coração.

Medo não adianta nada. Ela estava determinada a conseguir Henrique!

Enquanto se achava a dona da situação, um monte de fogos de artifício estourou no teto do carro.

— Ah!

Sem nem ajeitar a roupa direito, Yasmin abriu a porta e se preparava para pular quando de repente uma turma de jornalistas apareceu do nada.

Em segundos, todas as cenas constrangedoras dos dois foram capturadas pelas câmeras e, rapidinho, se espalharam pela internet.
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