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Capítulo 2

Author: Doce Felina
Eu e Ícaro éramos apenas um caso de uma noite. Depois daquela madrugada, Tiago subiu na carreira e as dívidas da minha família sumiram como mágica. Ninguém devia mais nada a ninguém.

Mas então, por que agora eu deveria ser assistente dele?

Mesmo sabendo que não era hora para questionamentos, fiquei tão sem graça que senti meu rosto pegar fogo. Disse, tentando manter a compostura:

— Tiago não me falou nada sobre ser assistente. Sr. Ícaro está enganado?

O olhar de André carregava um desprezo evidente.

— Quem está enganada não é o Sr. Ícaro, é você. — Respondeu ele, sem rodeios.

Eu encarei ele, surpresa.

— O que você quer dizer com isso?

André foi direto:

— Ontem à noite foi só um teste. Se o Sr. Ícaro ficou satisfeito, então vocês têm um acordo para negociar.

Acordo?

Naquele instante, eu me senti como uma ficha de pôquer na mesa, ainda mais barata e descartável.

Mesmo assim, eu insisti em recusar. Depois de tudo que já tinha feito, não havia mais vergonha que pudesse me parar.

Criei coragem e declarei:

— André, eu e o Sr. Ícaro fizemos um acordo. Eu fiquei com ele ontem, hoje ele precisa cumprir o combinado com o Tiago. Não vou ser assistente, se não tem mais nada, eu vou embora.

Saí dali de cabeça erguida e entrei no elevador. Só quando a porta fechou, aquela coragem desmoronou toda de uma vez.

Meus ombros caíram e o corpo inteiro doía. Só consegui aguentar até entrar no táxi — aí, o celular tocou. Era o Tiago.

— Amor, onde você está?

— Tiago... — Na hora em que ouvi a voz dele, desabei de chorar, tão alto que assustou até o motorista, que me olhou pelo retrovisor.

Com medo do que ele poderia pensar, tentei me recompor, tapei o microfone com a mão e disse, abafada:

— Estou no táxi, indo pra casa.

Ao ouvir isso, Tiago se apressou, quase mandando:

— Que casa, Yasmin? Vai logo acompanhar o Sr. Ícaro na viagem. O voo sai em uma hora, não perde tempo.

Fiquei muda, chocada. Tiago percebeu e mudou o tom:

— Amor... Conseguiu fazer o que precisava?

Meu rosto pegou fogo e respondi baixinho:

— Não. Ele usou proteção o tempo todo.

Tiago soltou um suspiro de frustração.

— Poxa... Você não podia...

— Tiago — Interrompi, com dor e indignação. — Você está me culpando?

— Não, não, amor, não pensa isso.

Depois, ele tentou me convencer:

— Olha, já que ontem não rolou, fica com ele mais uns dias. Agora você é assistente dele, mas só a gente sabe o que realmente acontece, ninguém mais vai saber.

— Ninguém vai saber? Você está se enganando. Nós dois trabalhamos na mesma empresa, sabemos exatamente o que significa ser assistente do Sr. Ícaro. Não trata todo mundo como burro, Tiago.

Senti tanta raiva que minha cabeça latejou e o suor molhou minha testa.

Tiago começou a suplicar, a voz embargada:

— Amor, me perdoa. Eu nunca imaginei que o Sr. Ícaro fosse se apegar tanto a você. Ele fez questão de pedir que você ficasse mais uns dias. Só você pode tirar a gente desse buraco. Pensa, quando eu virar gerente da filial, com aquele salário, vou pagar tudo que o seu irmão deve, sua família vai se reunir de novo. Yasmin, se você conseguir engravidar agora, seria perfeito.

Infelizmente, ele tinha razão. Diante desse caos, eu não tinha alternativa.

Virei para o motorista e disse:

— Moço, pode ir para o aeroporto.

No aeroporto, eu encontrei Ícaro.

Diferente da brutalidade da noite passada, ele estava elegante, vestindo um sobretudo cinza-claro, impecável, educado, distante.

Só de olhar para ele, meu corpo reagiu, e isso me deixou ainda mais envergonhada.

Lembrei de uma frase chocante que li na internet: o caminho mais curto para o coração de uma mulher é pelo corpo dela.

Eu não queria admitir, mas ao rever Ícaro, meu corpo e minha mente não resistiram. Apesar do nosso início sujo, eu não sentia repulsa.

Quando fiquei parada sem saber o que fazer, ele fez um gesto com a mão, e eu fui até ele como uma gata domesticada.

Ele estava ao celular, e eu fiquei quieta, atrás dele.

Era impossível não notar: ele era bonito, tinha presença, o tipo de homem que sempre me atraiu pela inteligência.

Mas eu não amava ele, e ele também nunca me amaria. Nossa relação era só física, sem amor.

Cada um buscava o que queria, uma troca justa.

Acompanhei Ícaro pelo corredor VIP até o embarque, de cabeça baixa e coração acelerado.

Antes disso, eu só tinha viajado de avião duas vezes, quando fui de lua de mel com o Tiago. Na época, a gente entrou num pacote de viagem baratinho, a agência só comprava passagem das companhias mais econômicas, aquelas que nem serviam comida e onde o assento era tão apertado que eu saía toda dolorida. Até então, minha impressão de voar era só desconforto e pouco espaço.

Foi a primeira vez na vida que eu viajei de primeira classe. Assim que desembarquei, já tinha motorista esperando no aeroporto.

O que eu não esperava era que quem viesse buscar a gente fosse Júlia Mariz, a representante da SkyLança em Serramar.

Eu já tinha ouvido falar muito da Júlia Mariz — diziam que ela era a musa da SkyLança. Ela apareceu usando um tailleur Chanel branco marfim, decote generoso, curvas perfeitas, cabelo longo e solto, rosto lindo e olhos que sorriam com malícia e calor. Era o tipo de mulher que nenhum homem consegue ignorar.

Lembro que, anos atrás, na festa de fim de ano da empresa, a Júlia dançou uma dança do ventre que deixou vários diretores hipnotizados. Mas também teve gente dizendo que viu ela saindo com o Ícaro naquela noite.

Ninguém sabe exatamente o que aconteceu, mas todo mundo imagina.

Júlia me cumprimentou com um sorriso, mas por trás daquela doçura eu senti uma hostilidade clara.

Ela lançou um olhar rápido para o meu peito e fez questão de andar lado a lado com o Ícaro, bem na minha frente.

Júlia nos deixou no hotel. Entregou os cartões dos quartos, sendo que o meu nem era no mesmo andar do deles. Eu saquei logo que era de propósito, mas Ícaro não falou nada e eu fui pra outro elevador, sem reclamar.

Vi Júlia sair do elevador com Ícaro, e, quando a porta se fechou, ela ainda me lançou um sorriso vitorioso, levantando o queixo numa provocação descarada.

Na minha opinião, essa rivalidade dela era uma bobagem.

O resto da tarde eu passei sozinha no quarto, esperando. Só pouco antes do jantar recebi uma mensagem de Ícaro:

Ícaro: [Vai para o lobby.]

Fiquei esperando ali mais de vinte minutos até que os dois apareceram.

Júlia vinha agarrada no braço do Ícaro e, toda cheia de si, disse:

— Yasmin, desculpa a demora, viu?

Eu sorri, tentando não demonstrar desconforto.

— Eu também acabei de descer.

Sempre fui meio apagada, nunca gostei de chamar atenção, e muito menos de competir. Júlia era o oposto de mim.

Ela nos levou para o clube privado mais luxuoso de Serramar. No saguão, encontramos um empresário famoso. Ícaro logo puxou papo com ele e Júlia, que também conhecia o cara, entrou na conversa. Os três foram para uma sala reservada, rindo e conversando. Antes de fechar a porta, Júlia virou para mim e disse:

— Espera a gente na sala ao lado.

Fiquei lá uns dez minutos, até que Júlia entrou sozinha.

Ela sentou à minha frente, pegou uma toalhinha e começou a limpar as mãos, bem devagar, enquanto me encarava e dizia:

— Você já dormiu com o Ícaro, né?

Com um homem como o Ícaro, era impossível ele ficar sozinho. Mas eu sabia que devia ficar calada.

Como certas flores só florescem no escuro, minha relação com Ícaro também era um segredo.

Respondi:

— Gerente Júlia, você está muito enganada. O Sr. Ícaro não gosta desse tipo de comentário.

Vi que meu tom deixou ela satisfeita. O sorriso dela ficou ainda mais arrogante, e o olhar de desprezo me atravessou.

— Ainda bem que você entende. — Júlia ergueu o queixo. — Só te dou um conselho: não ache que só porque rolou alguma coisa, ele vai se importar com você.

Ela me desprezava, achava patético eu nem assumir a situação.

— Para homem como ele, você não passa de distração. — Continuou ela. — Ele prefere mulheres limpas, aí quando enjoa, paga e manda embora. É isso. Não se iluda.

O “conselho” dela era só um jeito de me chamar de prostituta, mas com palavras mais bonitas.

Eu já estava de saco cheio, então rebati, sem paciência:

— Júlia, eu não sou barco pra você lançar flecha. Guarde suas indiretas pra outra.

— Você! — Os olhos dela faiscaram, não esperava que eu revidasse. Ia explodir, mas a porta se abriu.

No segundo seguinte, ela já sorria, levantando-se:

— Sr. Ícaro, como foi a conversa?

Ícaro olhou pra mim primeiro, viu meu rosto fechado e deve ter entendido o que Júlia fez comigo.

Ele tirou o paletó e, em vez de entregar pra ela, entregou pra mim. Júlia ficou sem graça.

Ela sentou do lado dele, no lugar onde eu estava antes. Eu peguei meu celular e fui sentar em frente ao Ícaro.

Meus lábios ainda doíam da mordida que ele me deu ontem à noite. Os pratos que pediram eram apimentados, o que só piorou o incômodo. Quase não comi, só belisquei uma salada.

Por comer pouco, Júlia ainda ficou me alfinetando, dizendo que eu era disciplinada e, por isso, tinha um corpo daqueles, chamando atenção até na rua.

Na saída, ela nos levou de volta ao hotel. Antes de sair do carro, ela avisou que precisava atualizar o Ícaro sobre os assuntos da filial. Ele aceitou e entrou com ela no elevador.

Naquele momento, eu soube que ele não precisava de mim naquela noite. Voltei pro quarto, fui direto pro banho e me preparei pra dormir.

Quando tirei o casaco, o celular começou a vibrar. Era o Tiago. Ele passou o dia inteiro me mandando mensagem, querendo saber como eu estava.

Senti o peso da ironia. O que ele queria saber? Se eu estava confortável na cama do Ícaro? Se o desempenho dele era melhor?

No visor, apareceu outra mensagem:

Tiago: [Yasmin, por favor, atende. Eu tô com saudade.]

Apesar de tudo, por causa dos momentos bons que tivemos, eu não conseguia ignorar ele.

Atendi:

— Oi.

— Yasmin, finalmente você atendeu.

— O que foi?

— Você está mesmo viajando a trabalho com o Ícaro?

— Uhum...

— E ele falou sobre me indicar pra gerente da filial?

Me bateu uma decepção enorme. O dia inteiro atrás de mim, e era só pra saber se a carreira dele estava garantida.

— Tiago, ele não falou nada. Tem mais algum recado?

Tiago ficou irritado, mudou o tom:

— Como assim? Você não perguntou? Vai ficar com ele de graça?

Nesse instante, alguém bateu na porta. Ainda com o celular na mão, fui atender. Era o Ícaro. Fiquei surpresa, achei que ele estaria ocupado com a Júlia.

Ele entrou tirando a camisa, veio até mim e já enfiou as mãos por baixo da minha roupa, me prensou na parede e começou a me beijar com uma urgência louca. O celular caiu no chão, a ligação com Tiago ficou aberta.

Eu sabia que Tiago podia ouvir tudo. Só pra machucar ele, fiz questão de gemer alto, provocando o homem que nunca foi capaz de me satisfazer.
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