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Nosso Casamento de Mentira
Nosso Casamento de Mentira
Autor: Ginse

Capítulo 1

Autor: Ginse
— O número que você ligou está indisponível no momento. Por favor, tente novamente mais tarde.

A voz mecânica ecoou pelo silêncio gélido da sala de emergência, tornando o ambiente ainda mais impessoal e hostil.

— Ainda nada? — Perguntou a enfermeira, deixando escapar a impaciência na voz.

Elisa Vieira soltou um suspiro cansado, largou o celular e forçou um sorriso educado enquanto respondia:

— Posso assinar sozinha, não posso?

A enfermeira resmungou algo sobre "gente que só atrasa o serviço dos outros", mas entregou o termo de consentimento do procedimento anestésico sem mais delongas.

Elisa havia ligado sete vezes para o marido, Daniel Carvalho, e todas as chamadas caíram no vazio. Era só uma simples limpeza cirúrgica no ferimento da mão, nada que colocasse sua vida em risco, mas se fosse algo mais grave, ela provavelmente já teria morrido enquanto esperava o tal responsável familiar aparecer para assinar os papéis.

O anestésico local começou a fazer efeito, e o médico, armado de pinça e paciência, passou a retirar um a um os minúsculos estilhaços de vidro incrustados na palma da mão dela.

— Como foi que isso aconteceu? — Perguntou ele, genuinamente curioso.

Elisa deu um meio sorriso, quase irônico, antes de responder:

— Nada demais. Não consegui dormir de forma alguma e resolvi limpar a casa de madrugada. Parece que o vidro da janela resolveu se vingar de mim.

O médico ergueu as sobrancelhas com aquela expressão profissional de quem já viu de tudo e perguntou:

— Sofre de insônia com frequência?

— Não. — Ela balançou a cabeça devagar. — Eu durmo bem na maioria das vezes. Hoje foi diferente.

E havia um motivo muito específico para isso.

De repente, o toque de mensagem quebrou o silêncio. Elisa pegou o celular e viu um número desconhecido na tela. Alguém havia enviado um vídeo.

A gravação era curta e de qualidade ruim, mas bastou um único segundo para ela reconhecer Daniel.

Ele estava usando o mesmo terno que ela havia escolhido para ele naquela manhã. As pernas longas e bem proporcionadas descansavam sobre a mesa com naturalidade, enquanto o corpo alto e elegante se reclinava no sofá com a despreocupação de quem tem o mundo aos pés. O rosto de traços perfeitos parecia esculpido por Deus com especial capricho, bonito o bastante para arrancar suspiros de qualquer mulher que cruzasse seu caminho.

Mas o olhar continuava o mesmo, frio, distante, inacessível. Mesmo sorrindo, Daniel exalava uma frieza que afastava qualquer um que ousasse se aproximar demais.

Qualquer um, exceto a mulher ao lado dele.

Elisa sentiu o ar faltar nos pulmões. Três anos haviam se passado. Três longos anos sem ver aquela mulher, e ainda assim ela a reconheceria mesmo de costas, mesmo em meio a uma multidão.

Renata Neves, a grande paixão de Daniel. O amor que ele nunca conseguiu esquecer.

Renata estava sentada bem próxima dele, usando um vestido longo de seda preta que realçava a pele clara e o porte delicado. Três anos estudando arte no exterior só tinham tornado sua presença mais refinada, mais etérea, quase intocável. Ela olhava para Daniel com uma ternura tão pura e um brilho tão intenso nos olhos que parecia uma pintura viva de amor contido, prestes a transbordar.

Alguém fora do enquadramento provocou os dois a brindar com "taça cruzada", naquela brincadeira típica de casais apaixonados.

Renata corou na mesma hora, dividida entre vergonha e expectativa.

Daniel sorriu, ergueu o copo com aquela indolência característica, e o vídeo acabou ali mesmo, deixando o resto à imaginação.

Elisa ficou encarando a tela por alguns segundos que pareceram eternos, até que um sorriso amargo lhe escapou dos lábios.

Claro que ele não atendeu as ligações dela. Claro que ele estava com Renata naquele exato momento.

Renata havia voltado hoje do exterior, e ela, idiota que era, ainda se perguntava por que não conseguia dormir, por que seu coração estava tão inquieto.

Pensar sobre a possibilidade era uma coisa, ver com os próprios olhos era algo completamente diferente, muito mais doloroso.

A dor agora era real, palpável e inescapável.

Com a mão direita recém-costurada latejando de dor, Elisa digitou com dificuldade: "O período de reflexão terminou. Amanhã, 10h, no cartório."

Casada há três anos, e nem uma única vez Daniel olhou para ela com o mesmo carinho que havia acabado de dirigir à outra mulher.

Nos olhos dele, sempre houve apenas desprezo quando se voltavam para ela.

Ele a odiava com uma intensidade que às vezes assustava.

O motivo era simples, pois quem o obrigou a se casar com Elisa foi exatamente a pessoa que ele mais detestava neste mundo. Por causa desse casamento forçado, Daniel passou três anos inteiros afastado da mulher que realmente amava.

Mas Elisa também teve suas razões para aceitar aquele acordo.

Seu avô estava em estado terminal, e o velho ainda tinha um último desejo antes de partir. O tratamento experimental que poderia prolongar sua vida custava uma fortuna que ela jamais conseguiria reunir sozinha. Casar com Daniel foi o preço que ela concordou em pagar para dar ao avô uma última chance, por menor que fosse.

Ela sempre soube que sua motivação era egoísta, moralmente questionável, e por isso mesmo suportou tudo em silêncio durante três longos anos.

Cuidou dele, da casa, da vida de casados, mesmo quando Daniel só lhe devolvia indiferença e frieza.

Três anos completos. Até um cachorro de rua criaria algum tipo de afeto nesse tempo todo.

Mas Daniel? Daniel nem ao menos atendeu o telefone quando ela precisava de uma simples assinatura para fazer a cirurgia, quando estava sozinha e com medo no hospital.

O coração apertou como se fosse explodir. Elisa levou a mão boa ao rosto e deixou as lágrimas finalmente escaparem entre os dedos, permitindo-se chorar pela primeira vez em muito tempo.

Quando saiu do hospital, a noite já estava avançada. Elisa estava exausta, física e emocionalmente esgotada, mas assim que ligou o carro, o celular tocou de novo.

Assim que o toque exclusivo de Daniel tocou, ela soube na hora que era ele.

A cabeça mandava desligar, ignorar, seguir em frente. Mas o corpo traiu a razão e obedeceu ao reflexo condicionado de três anos. Ela atendeu.

— Alô? — A voz dela saiu fria, cuidadosamente controlada.

Do outro lado da linha, uma voz feminina soou aflita e um pouco alterada:

— Elisa! O Daniel está aqui no Clube Noturno, completamente bêbado, fora de si! Vem buscar ele, por favor! Ele não está nada bem!

Antes que Elisa pudesse responder qualquer coisa ou fazer uma única pergunta, a ligação caiu abruptamente.

Ela ficou ali parada, com o celular ainda encostado no ouvido, respirando fundo e tentando processar o que havia acabado de ouvir.

Ela não queria ir. Cada fibra do seu ser gritava para ela simplesmente ir para casa, tomar um banho quente e esquecer que esse dia existiu.

Mas então um pensamento atravessou sua mente como uma facada. Se ele acabasse dormindo com Renata aquela noite? E se amanhã ele não aparecesse no cartório para assinar o divórcio?

Clube Noturno.

Elisa estacionou o carro e ficou ali parada por um momento, as mãos ainda agarradas ao volante enquanto respirava fundo para se acalmar. Seu olhar desceu até a mão direita, ainda envolta em gaze limpa do hospital, e por um instante hesitou.

A imagem de Renata naquele vestido de seda preta, linda e impecável, ainda queimava em sua mente como ferro em brasa. Sem pensar duas vezes, começou a desenrolar a faixa com cuidado.

Perder no amor era uma coisa que ela já havia aceitado faz tempo, mas perder no estilo? Isso jamais. Ela não ia entrar ali com cara de derrotada, de coitada, de esposa traída e abandonada.

Quando finalmente entrou no camarote reservado, a cena que encontrou era puro caos, com gente jogada nos sofás em poses desconfortáveis. No meio de toda aquela bagunça, apenas Daniel Carvalho permanecia sentado na mesma posição do vídeo que ela havia recebido, com o rosto relaxado de quem dormia profundo demais para se importar com o mundo ao redor.

Sem aquela frieza habitual no olhar, Daniel parecia menos ameaçador do que costumava ser. Mas Elisa nem sequer olhou diretamente para ele de primeira. Seu olhar foi atraído como ímã para Renata que estava levemente encostada no ombro dele, com o rosto corado pelo álcool.

Com aquele vestido de seda que descia em ondas suaves pelo corpo esguio, o cabelo longo e escuro caindo solto pelos ombros, ela realmente parecia uma figura saída de um quadro renascentista. Elisa, por outro lado, estava vestida com um moletom largo e velho, um cardigã desbotado jogado por cima, o rosto limpo e cansado refletindo a exaustão da noite no hospital. Parecia exatamente o que era uma dona de casa qualquer, comum, esquecível. O contraste brutal entre as duas doía quase tanto quanto os cortes na palma da sua mão.

Assim que percebeu a presença de Elisa parada na entrada do camarote, Renata se afastou de Daniel num pulo, endireitando-se no sofá com os olhos arregalados e assustados como um gato que acabou de ser pego fazendo algo errado.

— Senhora Carvalho, por favor, não entenda mal o que está vendo! — A voz de Renata saiu rápida, quase desesperada. — Só bebi um pouco a mais do que devia, fiquei tonta de repente e precisei me apoiar no ombro do Daniel por alguns segundos apenas.

O tom era doce demais, calculado demais, e exalava uma falsidade tão óbvia que Elisa quase soltou uma risada amarga ali mesmo.

Três anos estudando arte no exterior, e pelo jeito Renata havia se "aprimorado" também na delicada arte de parecer pura e indefesa. Que conveniente.

Uma voz feminina debochada e irritante cortou o silêncio constrangido que havia se instalado no ambiente:

— Renata, toma cuidado para não abusar demais da sorte só porque o Daniel gosta de você, viu? — A garota riu alto, apontando para Elisa com um gesto desdenhoso da mão. — Todo mundo aqui sabe que ele te detesta! Aliás, ele odeia quando alguém tem a ousadia de chamá-la de "senhora Carvalho" na frente dele!

A gargalhada coletiva que explodiu em seguida cortou o ar do camarote como lâminas afiadas, e cada risada ecoava nos ouvidos de Elisa como um tapa na cara.

Era Teresa Neves, a irmã mais nova de Renata, aquela típica garota mimada, venenosa, sem o menor filtro social e que sempre achava que podia dizer qualquer coisa sem consequências.

Renata soltou um suspiro longo e teatral, virando-se para a irmã com uma expressão de reprovação tão falsa quanto seu pedido de desculpas anterior.

— Teresa, não fala assim! — Repreendeu ela com voz suave, antes de se virar novamente para Elisa com um sorrisinho apologético que não chegava aos olhos. — Me desculpe mesmo, ela foi muito mimada pelos nossos pais desde pequena e nunca aprendeu a medir as palavras.

Elisa sustentou o olhar de Renata por alguns segundos, o rosto calmo e impassível como uma máscara de porcelana.

— Tudo bem, não precisa se desculpar por ela. — Elisa respondeu com tranquilidade. — Sua irmã só disse a verdade. O Daniel realmente me detesta mesmo, isso não é segredo para ninguém.

— Ainda bem que você ao menos tem consciência disso. — Teresa murmurou com desdém mal disfarçado.

Elisa permitiu que um sorriso pequeno e frio se formasse em seus lábios antes de continuar:

— Tenho consciência, sim. Mas o grande problema aqui é que, mesmo me detestando com todas as forças, ainda continuo sendo legalmente a senhora Carvalho. Já a mulher que ele ama de verdade... bem, essa não tem esse título, não é mesmo?

Aquela frase simples, dita com uma suavidade enganosa e um sorriso educado, atingiu Renata como um soco certeiro no estômago. O rubor rosado do álcool que coloria suas bochechas há poucos segundos desapareceu num piscar de olhos, substituído por um branco pálido e doentio que fez toda a sua elegância parecer frágil demais.

— Elisa, como você ousa dizer uma coisa dessas? — Teresa gritou, levantando-se do sofá num pulo e apontando o dedo na direção dela com fúria nos olhos. — Você está insinuando que minha irmã é uma amante? É você quem destruiu o relacionamento dela com o Daniel! Se não fosse por você e seu casamento forçado ridículo, eles já estariam casados há anos e já teriam até filho!

Elisa respirou fundo, sentindo o ar entrar e sair dos pulmões com dificuldade. Por um breve instante, ela teve uma vontade quase incontrolável de rir na cara daquela garota mimada e ignorante.

Um filho? Elas realmente achavam que Daniel e Renata já teriam um filho se não fosse o casamento forçado?

Se ao menos soubessem a verdade que Elisa guardava em silêncio há três anos. Se ao menos soubessem que Daniel, durante todos esses anos, nem sequer era fisicamente capaz de tocar em mulher nenhuma por causa da intoxicação severa que destruiu seu corpo.

A raiva começou a subir pelo peito de Elisa, quente e amarga, queimando sua garganta como ácido.
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