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CAPÍTULO 3

作者: Geada
Meu pai deu um passo à frente:

— Juliana, é isso mesmo que você quer?

Dei um sorriso frio:

— Sim. Não quero nenhum dos dois.

Os rostos dos dois irmãos ficaram duros.

Principalmente o Igor, ele certamente se perguntava com que autoridade eu dizia algo assim.

Pelo olhar dele, senti uma estranha familiaridade e tive um pressentimento.

Meu pai fingiu preocupação:

— E a sua segurança?

Falei:

— Peço que o senhor me deixe entrar na empresa. Lá há uma equipe profissional de segurança. Podem me proteger.

Com a situação já definida, ele só pôde concordar.

Na vida passada, eu só me importava com o Igor e não sabia nada da empresa da família, e no fim fiquei completamente isolada.

Nesta vida, eu mesma seguraria meu destino, e conhecer o trabalho da empresa era o primeiro passo.

Meu pai não queria, mas, diante da minha insistência, me colocou no departamento de marketing, começando do chão.

Ele provavelmente achava que seria só um capricho meu e que eu desistiria logo.

Mas eu me dediquei de corpo e alma. De dia, seguia os veteranos e aprendia tudo. De noite, estudava livros da área, colocando toda a minha energia no trabalho.

Em pouco tempo, comecei a mostrar resultados.

E colegas que antes me desprezavam passaram a me olhar com outros olhos.

De repente, meu nome corria por toda a empresa.

Cheguei a superar a Sabrina, que sempre foi tratada pelo meu pai como futura sucessora.

Sabrina, claro, não aceitou isso.

Começou a me atrapalhar por dentro e por fora, trocava documentos de clientes pelos quais eu era responsável, distorcia minhas propostas nas reuniões.

Mas desta vez, eu não era mais um alvo fácil.

Os arquivos que ela alterava, eu já tinha copiado.

As propostas que ela torcia, eu rebati com dados na hora, tudo claro e direto, deixando-a sem resposta.

Naquele dia, ao voltar para casa, ela me interceptou.

— Mana, você está brilhando muito na empresa. Até o pai disse que você melhorou rápido.

Sabrina sorria de um jeito doce demais, com cálculo escondido nos olhos.

— Mas o marketing é puxado. Você é frágil. Posso pedir para o pai te mandar para um setor mais leve.

Passei por ela, com a voz fria:

— Não precisa.

Ela correu atrás de mim, o tom meloso demais para ser real:

— Não é para te desanimar, mas o que você conseguiu até agora é só sorte.

— Se errar feio, a família Queiroz passa vergonha.

— E, com a sua limitação física, duvido que um homem vá gostar de você.

Enquanto dizia isso, lançou um olhar para os irmãos ali perto.

Soltei um riso curto:

— Você só tem medo de eu roubar seu brilho.

O sorriso dela congelou, como se eu tivesse revelado um segredo infantil. A voz dela subiu, cheia de irritação:

— Mana, do que você está falando? Estou te avisando pelo seu bem!

Os olhos dela encheram de lágrimas.

E eu sorri ainda mais frio:

— Pelo meu bem?

— A minha limitação física veio por quê, você esqueceu?

— Naquele dia, quando você estava em perigo, eu fui te salvar. Se você não tivesse me empurrado, eu não teria caído do cavalo e ficado mancando.

As lágrimas dela caíram no chão.

— Mana, eu… eu não achei que você pensasse isso de mim!

Os irmãos ficaram desolados e correram para protegê-la, ficando à minha frente.

— Senhorita Juliana, você passou dos limites!

Igor me encarou, o olhar afiado:

— Peça desculpas!

Vendo aquela expressão dele, minha paciência acabou.

Levantei a mão e dei um tapa no rosto dele.
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