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Capítulo 2

Penulis: Bagel
— Quer saber o que é dor de verdade? — Gianna perguntou com um sorriso cruel.

— Então deixe-me lhe ensinar uma lição. Experimente meu bichinho de estimação.

Ela segurou a víbora negra diante do meu rosto.

Sua língua bifurcada saltava no ar, enquanto suas escamas frias roçavam meu braço.

— Não!

Antes que eu pudesse gritar, uma dor aguda e queimante atravessou meu braço, quando os dentes da cobra cravaram-se fundo na minha carne.

O veneno queimava minhas veias como ácido, cada batida do coração empurrando o veneno ainda mais para dentro do meu corpo.

Forcei-me a manter a calma, uma mão protegendo meu ventre, a outra pressionando desesperadamente a ferida.

Mas o veneno era anticoagulante. O sangue jorrava da mordida, fino e escuro, recusando-se a coagular.

Encolhi-me em uma bola, tremendo, com medo até de me mover.

— Minha cobra é muito bem comportada, nunca morde. — Coçou Gianna, recolhendo o animal.

Mas, ao puxá-la de volta, sentiu as escamas escorregarem na mão. Olhou para baixo e viu sangue escuro pingando de seus dentes.

Minha visão começou a turvar.

Era como se mil lâminas rasgassem meu útero por dentro.

A mordida no braço já estava de um roxo negro mortal, e o sangue ainda escorria da ferida.

Sentia minha vida escorrer, pouco a pouco.

Gianna não saiu. Sua expressão mudou da satisfação para uma fúria enlouquecida.

— Vadia! O que você fez?!

Ela chutou meu abdômen. O impacto quase me fez desmaiar novamente.

— Minha Medusa! — Gritou. — Você louca! Fez ela sangrar! Ela vale mais do que você e aquela criança bastarda juntos!

O quarto estava escuro. Ela agarrou um punhado do meu cabelo, puxando minha cabeça para cima para me inspecionar.

— Você a machucou! Sua vadia repugnante!

Ela falou com a cobra:

— Meu bebê deve ter ficado aterrorizado com você.

Outro chute. Cada movimento era como um martelo sobre mim e meu filho ainda por nascer.

Tudo o que eu podia fazer era encolher meu corpo sobre meu ventre, fraca demais para reagir.

— Por que você não está gritando agora? Continue a encenação!

— Por favor... não machuque o bebê...

— O bebê? — Gianna zombou. — Pare de usar a criança como escudo. Isso não te torna digna do nome Falcone.

Ela acariciava a víbora com uma mão enquanto retirava um pequeno frasco de spray da bolsa com a outra.

Uma névoa branca encheu o quarto.

Minha consciência começou a se apagar.

— Agora você pode ficar aí quietinha e refletir sobre seu lugar. — Sibilou. — E não crie esperanças. Apenas o sangue de Scarlett é digno de herdar o trono da família, destinado a governar nosso império.

— Talvez isso te ajude a refletir sobre seu lugar nesta família, Alessia. — Disse, com a voz pingando desprezo. — Um pequeno algo para... acalmar seus nervos.

Ela saiu em fúria, mas não antes de espalhar mais gás alucinógeno pelo quarto.

A névoa pesada fez meu corpo convulsionar violentamente, adicionando um novo tipo de agonia ao veneno que já corria por minhas veias.

Perdida em um nevoeiro de dor, ouvi algo: os leves soluços do meu bebê ainda no ventre.

Uma vozinha ecoou em minha mente.

— Mamãe... Mamãe, me ajude...

Era a voz do meu filho.

Na alucinação, vi uma pequena figura estendendo as mãos para mim.

— Mamãe, estou com tanto medo... dói muito...

— Filho, mamãe está aqui...

Estendi a mão trêmula, tentando abraçá-lo.

Mas minhas mãos sempre fechavam sobre o ar vazio.

Hoje eu deveria receber meu bebê, segurá-lo bem apertado nos meus braços.

Ele estava a apenas um sopro de distância.

Por que o destino era tão cruel comigo e meu filho?

Meu espírito finalmente se quebrou, e lágrimas escorreram silenciosamente pelo meu rosto.

O desespero, afiado como uma adaga, perfurava meu coração.

Acariciei suavemente minha barriga:

— Meu docinho, mamãe falhou com você...

— Se houver uma próxima vida, espero que você nasça em uma família amorosa, onde seus pais se valorizem.

Minha respiração ficou fraca, o sangue engrossando nas veias.

De repente, a porta clicou ao se abrir, e uma luz ofuscante inundou o quarto.

— Meu Deus...

Ao me ver deitada em uma poça de sangue, o médico da família recuou horrorizado.

— Meu Deus... Quem é você? O que fez para o Chefe punir você assim?

Mesmo sendo médico, seu primeiro instinto não foi me salvar.

— Eu... sou esposa do Vito. — Rasguei, com dificuldade.

Com grande esforço, levantei a mão para mostrar a aliança de casamento.

As iniciais gravadas estavam cobertas de sangue, mas as letras de Vito e meu nome ainda eram visíveis.

Ele reconheceu o anel e se moveu para ajudar, mas hesitou.

Pausou, então discou cautelosamente o número de Vito.

— Chefe, encontrei a Sra. Alessia no quarto cirúrgico subterrâneo. O estado dela é crítico, perdeu muito sangue e parece que foi envenenada...

A resposta de Vito veio carregada de suspeita:

— Envenenada? Isso é impossível. Ela não está sangrando, doutor. É o sangue da cobra da minha irmã. Gianna já me ligou, furiosa porque Alessia de alguma forma machucou seu bichinho precioso.

O tom dele ficou frio e desdenhoso:

— Ela está perfeitamente saudável. Apenas mais uma jogada desesperada para tentar fazer o bebê nascer primeiro. Ignore. Eu mesmo resolvo essa confusão.

O médico tentou explicar mais, mas Vito já havia desligado.

Ele olhou para mim com pena, depois passou por mim para mover alguns equipamentos.

Quando pensei que ele iria me abandonar, ele voltou.

Parecia que uma pequena centelha de consciência havia sobrevivido.

— Há duas vidas aqui... Sou médico. Não posso simplesmente assistir você morrer. — Disse, com a voz firme, cheia de decisão. — Minha própria esposa também está grávida. Não quero que ela enfrente problemas sozinha, sem ninguém para ajudar. Por isso estou ajudando você.

Finalmente, ele me ergueu da poça de sangue e me carregou em direção ao centro médico da família.

Respirei aliviada. Meu bebê estava salvo.

Mas, ao chegarmos, ambos congelamos.

A sala estava vazia.

Todos os equipamentos médicos, os remédios, até as mesas cirúrgicas, haviam sumido.

— Os equipamentos? — Murmurou o médico. — Para onde foi tudo?

A resposta era dolorosamente óbvia.

Vito havia transferido cada peça de equipamento médico para a clínica de luxo privada de Scarlett.

Tudo que poderia ter salvado a mim e ao meu filho.
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