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À noite, Cristiano voltou pra casa.Ele estava bêbado. Assim que entrou no quarto, caiu em cima de mim, e nós dois fomos ao chão.— Você tá bêbado, vou preparar um chá pra te deixar melhor. — Tentei empurrá-lo, mas ele não se mexia.As mãos dele iam direto para os botões da própria camisa, e aquele olhar cheio de posse me fitava sem desviar.Foi então que percebi, ele não estava nada fora de si.— Cristiano, pensa bem no que está fazendo. A gente só tem uma relação de negócios. Você não pode me tocar!Ele cobriu minha boca com a mão e sussurrou no meu ouvido:— De qualquer forma, você é minha esposa. E eu vou te tocar.Empurrei-o com força.— Não! Eu quero me divorciar, você não pode me tocar.Assim que falei, o quarto ficou completamente em silêncio.O rosto dele escureceu.— Eu sabia que você ia me deixar. Ao dizer isso, ele me soltou, parecendo um tanto frustrado.— Nina, você é uma mulher cruel. Já me esqueceu há muito tempo, não foi?— O que você quer dizer com isso? — Olhei para
— Já avisei minha mãe antes. Mandei ela encher a casa de câmeras. Quando descobrimos que o Evandro tinha colocado veneno no vinho, trocamos as taças. E, no lugar delas, colocamos um sonífero. — A voz de Cristiano foi diminuindo aos poucos.— Mas... parece que você ficou mesmo com medo de me perder. Não me diga que se apaixonou por mim?Não sei por quê, mas quando ele disse isso, meu coração disparou.— Claro que não. Só fiquei com medo de você morrer e eu ficar sem ter em quem me apoiar.Ele sorriu, radiante:— É mesmo?Depois que Elisa e Evandro foram trancados no calabouço, finalmente pude respirar aliviada.Esses dois, que eu mais temia, estavam fora do meu caminho.Agora, com o dinheiro que eu havia juntado, o próximo passo era pedir o divórcio de Cristiano.Vinha procurando a chance certa, mas ele andava muito ocupado e quase não aparecia em casa.Só me restava esperar.Um dia, ouvi os empregados comentando que Evandro e minha irmã queriam me ver.Fui primeiro até ela.O cabelo es
Ao ouvir o que eu disse, Evandro acreditou em mim por completo.Porque os atos perversos dele eram conhecidos só por ele e por minha irmã, ninguém mais sabia.Ele falou:— Vai ver se eu não dou um jeito nessa vadia.— Cunhada, espera por mim, quando eu matar o Cristiano e ela, você será minha esposa, eu vou te sustentar.Dito isso, ele foi embora.Achou mesmo que eu era idiota?Eu jamais me juntaria a ele!Fui imediatamente procurar o Cristiano.Embora a vida dele não tivesse muito a ver comigo, nesta vida ele pelo menos me ajudara, me fez ganhar dinheiro e ainda pacientemente compartilhou comigo experiências do trabalho.No escritório, ele ficou surpreso com o que ouviu.— Que provas você tem de que o Evandro quer me matar?Tirei o gravador do bolso e toquei a conversa que acabara de ter com o Evandro.Parte do início foi eu provocando-o de propósito, ao ouvir, até me senti envergonhada.Apressei-me a explicar:— Fiz aquilo só para ganhar a confiança dele, era fingimento.Cristiano nã
Percebi na hora que minhas palavras o fizeram entender errado e balancei as mãos apressada:— Não, não, não! Não foi isso que eu quis dizer, só expliquei o motivo da briga.— Nina, você já pensou em fazer esse tipo de coisa comigo?Ele me encarava fixamente.— Claro que não. — Respondi de imediato. — Eu já disse que só quero viver uma vida tranquila ao seu lado, sem me preocupar com nada.— Só isso?Assenti com firmeza. Ele não disse mais nada, apenas saiu e bateu a porta com força.Não fazia ideia do que eu tinha dito pra deixá-lo irritado.E, sinceramente, nem queria saber.Tudo o que eu queria era cumprir meus próprios objetivos.No dia seguinte, Cristiano não me levou pra empresa. Mandou que eu fosse sozinha cuidar da filial.Então comecei a me dedicar totalmente a isso.Meu plano era ganhar 10 milhões e parar por aí.Todos os dias eu corria atrás de projetos, fechava parcerias e trouxe muito lucro pra empresa. Senhora Paula até me autorizou a tirar minha parte do faturamento.Eu e
Nos dias seguintes, passei a acompanhar Cristiano na empresa.Aprendi muito sobre negócios e sobre como lidar com as pessoas.Até que, um dia, ele mesmo me chamou pra almoçar.E escolheu justamente o restaurante mais luxuoso da cidade.Pra minha surpresa, encontramos minha irmã e Evandro lá.Ela estava cortando o bife dele, mas, assim que nos viu, largou os talheres e me olhou espantada.— Mana, você também está aqui? — Ao perceber que tinha se confundido na forma de me chamar, ela se apressou em corrigir. — Irmão, cunhada, vocês também vieram jantar aqui?Logo ouvi a voz dela ecoando na minha cabeça:"Mas que droga! Justo hoje eu tinha que dar de cara com ela? Não posso passar vergonha!"— Pois é, eu e o Cristiano viemos comer juntos.Enlacei o braço no dele, e ele não afastou.Evandro também se levantou depressa pra cumprimentar:— Irmão, cunhada.Cristiano ignorou os dois e simplesmente me levou até uma mesa.Vi, de relance, minha irmã cerrando os dentes de raiva atrás da gente.Dev
Quando Cristiano estava prestes a aceitar a proposta, empurrei a porta e entrei.Cumprimentei o britânico em inglês, peguei o frasco do sérum que ele havia desenvolvido e o analisei por um instante.— Sou mulher, entendo de cosméticos. Aqui dentro só tem componentes pra revitalizar a pele. Não combate rugas nem o envelhecimento precoce. E você, como engenheiro, sabe muito bem que esse papo de revitalização é puro marketing. O efeito é mínimo. Então quero saber, por que essa fórmula valeria 3 milhões?O britânico ficou paralisado.Cristiano me observava com interesse, sem interromper.Pude perceber que ele estava me permitindo falar, então continuei com mais confiança:— Mas o seu produto vem de fora, e você já tem uma boa imagem nas redes sociais. O público confia em você. — Por isso, posso te oferecer este valor. — Fiz um gesto com um dedo.— 1 milhão? — Ele perguntou, surpreso.— Jack, 1 milhão já é um ótimo valor. Pense bem. — Disse Cristiano, encarando-o fixamente.— Não, não, não