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Capítulo 9

작가: Isabelly Cardoso
Jaqueline ficou com os lábios pálidos e as pernas bambas quando tentou se levantar.

Ela perguntou para um dos funcionários do condomínio:

— Eu ouvi dizer que chegou uma encomenda minha no quinto andar.

O funcionário ficou confuso:

— Quinto andar? Mas o quinto andar é a academia interna, não tem como sua encomenda estar lá.

De repente, um pensamento passou pela cabeça dela.

Ela se apoiou na parede e foi andando até a portaria na entrada.

Quando o segurança a viu, ficou meio sem jeito.

— Quem mandou você fazer isso? — Perguntou Jaqueline friamente. Ela apertou a mão com força, a voz tremendo. — Me diga!

O segurança pediu desculpas para ela:

— Eu não queria, Sra. Freitas... Foi o Sr. Edson que mandou.

Então, tudo aquilo tinha sido uma ordem do Edson?

Jaqueline achou aquilo ridículo.

Tudo porque ela fez Violeta passar vergonha na noite anterior?

Por isso, ele mandou o segurança intimidar ela?

Jaqueline ficou tão irritada até que tremeu o corpo todo. Ela chegou em casa, carregou o celular e tirou o número do Edson da lista negra no WhatsApp, mandando uma mensagem:

[Edson, seu canalha!]

Ele logo ligou pelo WhatsApp.

— Jaqueline, se você não se comportar, essa não vai ser a última vez.

Foi a primeira vez que ela falou um palavrão para ele:

— Edson, você é um desgraçado! Vai se ferrar!

Depois de desligar, ela bloqueou ele de novo.

Edson, irritado por ter sido bloqueado de novo, disse para a assistente ao lado:

— Só pedi para cortar a água e a luz da casa dela uma noite para ela sentir o gostinho do sofrimento, né? Precisa me xingar de desgraçado por causa disso?

A assistente respondeu com cuidado:

— Eu não sei, senhor... Parece que a Sra. Jaqueline tem um gênio forte demais...

No quarto ao lado, Violeta assistia com satisfação ao vídeo da Jaqueline presa no elevador, e, em seguida, transferiu uma grana para o segurança.

...

Depois de aguentar até os últimos dias, Manuela finalmente entregou a certidão do divórcio.

Ela deixou uma cópia da certidão sobre a mesa de centro da sala e em seguida abriu uma encomenda.

Eram dois baldes de tinta verde.

Ela espalhou a tinta por todos os cantos da casa e mandou uma mensagem para Vera, avisando que podia tirar folga o mês inteiro, e o pagamento já estava adiantado.

Quando terminou tudo, ela pegou a mala e saiu sem olhar para trás.

Pouco tempo depois que Jaqueline saiu, Edson voltou para casa com Violeta.

Violeta entrou de braço dado com Edson, toda manhosa:

— Edi, estou morrendo de fome... Queria tanto comer a comida caseira que a Jaque faz...

Edson respondeu com doçura, afagando seu cabelo:

— Fique tranquila, vou mandar ela fazer para você.

Por causa do jeito que Jaqueline vinha tratando ele, ele tinha deixado ela de lado de propósito por uns dias.

Tinha certeza de que, depois daquele tempo, ela refletiria e pediria desculpas.

Nos últimos três anos, ele tinha dado gelo nela várias vezes e até feito coisas piores, e no final das contas, ela sempre acabava cedendo.

Edson pensou que, se daquela vez ela realmente se rendesse, ele daria o cartão extra para ela usar. Se ela reclamasse do limite, ele aumentaria para cem mil reais.

Assim que abriu a porta da mansão, Edson sentiu o cheiro forte de tinta.

Ele entrou apressado pelo hall e viu a casa inteira manchada de tinta verde.

As paredes, o sofá, até as pinturas raras dele estavam todas destruídas.

A raiva fez o corpo dele tremer, os olhos ficaram escuros de ódio.

Violeta arregalou os olhos, incrédula, e perguntou:

— Edi... O que aconteceu aqui? Por que sua casa está assim?!

As veias do pescoço e da testa de Edson saltaram.

Ele respirou fundo, pegou o celular da mão de Violeta e ligou para Jaqueline.

Dentro do táxi, Jaqueline atendeu o número desconhecido com frieza:

— Alô, quem é?

— Jaqueline! Você enlouqueceu?! — A voz furiosa de Edson veio do outro lado.

Jaqueline sorriu de canto, satisfeita de deixar ele assim. Quanto mais ele ficava bravo, mais ela se divertia.

— Gostou do presente de divórcio que eu te mandei?

Edson ainda estava irritado porque sua coleção tinha sido toda destruída e nem percebeu a palavra "divórcio".

Ele gritou, irritado:

— Volte aqui agora mesmo!

— Eu não vou voltar. — A voz de Jaqueline continuou calma, como se estivesse comentando sobre o clima do dia. — E nem adianta tentar me processar. Dias atrás você me trancou no elevador do prédio da administração e me deixou lá a noite toda. Isso já é crime de lesão corporal. Se não quiser que eu te processe, vai ficar tudo por isso mesmo.

— Quando é que eu te tranquei no elevador? — Edson achou o argumento de Jaqueline totalmente absurdo.

Ele sabia que Jaqueline tinha cegueira noturna, e, da última vez, ele só tinha mandado cortar a água e a luz da casa para dar um susto nela. Como aquilo podia ter virado "trancar ela no elevador"?

Violeta, ao lado dele, piscou os olhos, claramente nervosa.

Jaqueline soltou uma risada sarcástica:

— Pois é, você é tão ocupado, tudo é tão insignificante que nem lembra, né? Se quiser detalhes, pergunte para o pessoal da administração.

Assim que terminou de falar, desligou a ligação na cara dele e ainda bloqueou o número.

— Jaqueline! — Edson ainda tentou falar, mas a ligação caiu e ele percebeu que tinha sido bloqueado. Ele sentiu o peito apertar de raiva.

— Aquela mulher maluca estava falando besteira, né? Que porra de elevador?! — Resmungou Edson, rangendo os dentes.

Ele pegou o celular, decidido a ligar para a assistente e mandar investigar o que tinha acontecido naquela noite com Jaqueline.

Mas, antes que conseguisse discar, Violeta se apoiou nele, com voz fraca:

— Edi... Estou me sentindo tonta... Vamos sair daqui, tá bom?

Edson viu que ela não estava bem e pensou que foi por causa do cheiro forte de tinta, e ajudou ela a sair dali imediatamente.

Ele ainda tinha outra mansão ali perto e levou Violeta para lá sem pensar duas vezes.

Quando se lembrou de mandar a assistente verificar a história do elevador, já era noite.

A assistente rapidamente descobriu tudo.

— Sr. Edson, há cinco dias a Sra. Jaqueline realmente ficou presa no elevador. Um segurança a levou até lá, mas esse segurança pediu demissão hoje de manhã e não conseguimos contato com ele.

— Então alguém fez isso de propósito? — Edson apertou o celular, com a voz gelada. — Encontre esse segurança, seja como for! — Ordenou ele.

— Sim, Sr. Edson.

Violeta, que escutava tudo, sentiu um frio na espinha.

Ainda bem que ela pagou o segurança para sumir o mais rápido possível.

A assistente não desligou a ligação e continuou falando com Edson:

— Sr. Edson, eu já mandei uma equipe de limpeza para arrumar a mansão. Ah, eu também encontrei uma certidão de divórcio. Quer que eu traga para você?

— Certidão de divórcio? — Edson franziu a testa, confuso. — Que história é essa de divórcio?

Ele e Jaqueline estavam bem, não fazia sentido algum terem se divorciado.

A assistente percebeu a dúvida dele e resolveu ir pessoalmente entregar o documento.

Quando Edson pegou a certidão, seus olhos se arregalaram, completamente incrédulos.

— Eu e a Jaqueline nos divorciamos? Isso é impossível! Eu nunca assinei isso!

A assistente forçou um sorriso constrangido, sem saber o que dizer.

Ela não sabia como explicar aquilo.

Afinal, quem é que não sabia que estava divorciado?

Já Violeta ficou toda animada ao perceber que Edson tinha preparado aquela "surpresa" escondido dela. Agora que o Edson tinha se divorciado, eles finalmente poderiam ficar juntos sem precisarem se esconder de ninguém.

Ela estava prestes a comemorar com Edson quando, de repente, ele explodiu de raiva e jogou a certidão no chão.

— Isso é falso! Eu jamais me divorciei da Jaqueline!

O coração de Violeta gelou na hora. Ela ficou com um mal pressentimento.

Por que ele estava tão irritado, se finalmente tinha se livrado daquela mulher?

Ele não dizia que não gostava da Jaqueline?

Edson pegou o celular e ligou para o departamento jurídico.

Do outro lado, o advogado hesitou um pouco, mas acabou falando:

— Sr. Edson, no mês passado, sua mãe me pediu para preparar o acordo de divórcio para você.

Foi a mãe dele quem fez aquilo?

Edson, furioso, ligou imediatamente para a mãe.

Quando Manuela atendeu e soube que ele não fazia ideia de nada, ficou surpresa:

— Edson, foi você mesmo quem assinou o acordo de divórcio! Uma coisa tão importante assim... Como é que você esqueceu?
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