Era verdade, Leonor já havia tentado procurar Augusto logo após a surra que levava em casa, mas ele não atendeu, e mesmo agora, com os ferimentos quase cicatrizados, continuava sem conseguir falar com ele. Esses dias haviam sido um tormento de dor, frustração e raiva acumulada, e, como sempre, Leonor não olhava para si mesma. Na sua cabeça, a culpa era toda de Margarida, aquela mulher que, mesmo grávida, não soubera se comportar, ousando se insinuar para Augusto no próprio velório da mãe.Agora, vendo Margarida em queda livre, Leonor sentia a alma leve, como se o destino tivesse finalmente se aberto para ela. Assobiando, pegou o celular com confiança, certa de que dessa vez Augusto atenderia. Mas, ao perceber sua intenção, Viviane, a ruiva de olhar sempre inquieto, deixou escapar um brilho estranho nos olhos e, rápida, segurou a mão de Leonor antes que discasse.— Leonor, não acha precipitado ligar para o Augusto agora? — Ela disse em tom suave, mas com nervosismo evidente. — E se el
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