Ela virou a cabeça e olhou para Afonso. — Abra a porta. Afonso, com uma expressão indiferente, respondeu: — Se você quiser morar fora de casa, eu não me oponho. Mas Cecília vai comigo hoje à noite. — Eu não quero. — Cecília cortou a conversa antes que Sabrina pudesse responder. — Eu não quero ir pra casa com você. Eu quero ficar com a mamãe. Afonso franziu levemente as sobrancelhas. — Tio, você trata minha mãe muito mal. Ela nem queria ir ao jantar com você, e eu também não queria entrar no carro. Ontem, na escola, a mamãe se machucou, e você nem ligou. Tudo o que havia acontecido nos últimos dias, Cecília tinha observado atentamente, mesmo sem dizer nada. Antes, ela pensava que o pai era apenas ocupado com o trabalho. Pelo menos, ele costumava voltar para casa todos os dias. Agora, ela tinha certeza de que o pai não amava nem a sua mãe, nem a ela. Nem mesmo quando ela ganhou o primeiro lugar na competição de matemática da escola ele a elogiou. Isso só podia signifi
Read more