All Chapters of Quem Me Enterrou, Agora Me Quer: Chapter 81 - Chapter 90

Giovana olhou para Sabrina com um olhar carregado de compaixão. Sabrina havia passado tantos anos convivendo com a família Barreto que já entendia muito bem os jogos de poder e as dinâmicas cruéis daquele círculo. No entanto, o que ela demorou a enxergar foi o fato mais doloroso de todos: Afonso nunca a amou. Apesar de tudo, ela ainda mantinha uma esperança ingênua. Afinal, eles tinham uma filha doce e adorável. Além disso, ela havia ajudado a criar o filho que ele recebeu como responsabilidade de um amigo. Sabrina sempre acreditou que, com o tempo, sua dedicação e seu amor acabariam por conquistá-lo. Mas agora, diante da indiferença de Afonso, tudo o que ela fez parecia tão barato e ridículo. Anos de casamento e de sentimentos entregues de coração se mostraram uma grande farsa. A verdade era simples: Afonso não a amava, e nem toda a dedicação do mundo mudaria isso. ... Quando o expediente de Sabrina estava para terminar, ela recebeu uma ligação do departamento de segurança

Depois de um jantar de negócios que durou horas, Alexandre não deixou Sabrina beber demais, mas, ainda assim, ela acabou tomando mais do que deveria. Sentia o peito apertado e a mente um pouco confusa. O ambiente da sala fechada parecia cada vez mais sufocante. Sabrina não estava mais acostumada a beber. Fazia muito tempo que não tomava álcool, e sua tolerância havia diminuído consideravelmente. Aproveitando a desculpa de ir ao banheiro, ela saiu do ambiente para pegar um pouco de ar fresco. Aquela reunião não tinha apenas Nina, mas também vários outros parceiros interessados nas patentes da InovaTech. Alexandre, é claro, estava disposto a fechar bons negócios. Conquistar bons lucros era essencial para financiar os projetos do grupo de pesquisa da empresa. Fazer pesquisa exigia muito dinheiro, e, além de se dedicar à ciência, era necessário buscar fontes de receita. Se a InovaTech pudesse contar, como o INEA, com financiamento público, as coisas seriam muito mais fáceis. Mas Alex

Nina fez a pergunta de forma sutil, mas o significado era claro. Margarida não respondeu diretamente. Ela apenas sorriu, com um olhar cheio de segundas intenções, o que fez Nina concluir que eles, de fato, já haviam dormido juntos. Margarida mudou de assunto sem rodeios: — Você não estava buscando investimentos recentemente? Como acabou fechando parceria com a InovaTech? O rosto de Nina ficou sério na hora. — A Paula também está atrás desse mesmo investimento. Estamos competindo. Eu queria falar com você sobre isso. Nem eu nem ela conseguimos nos encontrar com o investidor ainda. Esse pessoal é extremamente difícil de localizar, parecem fantasmas. Margarida ouviu com atenção, mas sua expressão permaneceu neutra. Ela apenas assentiu levemente. — Entendi. Vou pensar em uma solução. Nina confiava na capacidade da filha. Margarida era brilhante e entendia muito de negócios. — Então entre logo. Não deixe o Afonso e os outros esperando por você. Depois conversamos por celul

Alexandre olhou para Sabrina com uma expressão que misturava preocupação e compaixão. — Ele te trata assim... — Comentou Alexandre, em um tom que deixava transparecer sua indignação. Afonso sequer olhou para Sabrina, passando direto por ela e indo embora com outra mulher de forma descarada. Margarida nem era funcionária oficial do Grupo Barreto, mas ainda assim tinha a liberdade de representá-lo em negociações. Para Alexandre, só havia uma explicação: o status de "dona da empresa". Alexandre não sabia como Sabrina conseguia suportar tudo aquilo. A postura de Margarida, cheia de arrogância, claramente era fruto do favoritismo de Afonso. Sabrina desviou o olhar, mantendo a calma, antes de responder com um tom tranquilo: — Negociações são sempre assim, Alexandre. É uma troca. Se você ignorar o fato de que eu e Afonso somos casados, não ficaria tão irritado, certo? Além disso, o divórcio já está em andamento. Com quem ele escolhe passar o tempo agora não é mais da minha conta.

Aos olhos de Diego, toda a culpa era de Sabrina. Se ela não tivesse sempre proibido que ele comesse frutos do mar, ele nunca teria desenvolvido a alergia. Sabrina olhou para Diego com indiferença. Um sorriso irônico apareceu em seus lábios. Ela se deu conta de que havia falado demais. O menino que ela criou com tanto cuidado durante quatro ou cinco anos tinha se transformado em um ingrato. Sabrina prometeu a si mesma que nunca mais sentiria pena ou se meteria em assuntos que não eram dela. — Diego, se você quer comer, então coma. — Sabrina desviou o olhar e, sem hesitar, virou-se e saiu do quarto. Dentro da enfermaria, ninguém se importou com sua saída. Ninguém deu atenção ao seu descontentamento. — Papai... — Diego olhou para Afonso com olhos suplicantes, tentando defender Margarida. — Não culpe a mamãe Margarida. A culpa é toda minha. Foi por causa do meu corpo fraco que fiquei doente. Margarida franziu as sobrancelhas e tentou consolar Diego. Em seguida, ela chamou Afons