Com o rosto enterrado no pescoço dela, Henrique ergueu a cabeça apenas um pouco.O olhar perdido fixava-se na parede, e a voz, de repente, soou quase doce, como quem tenta acalmar uma criança teimosa:— Daqui em diante... Não importa o dia, sempre que você quiser, pode vir até mim... Eu... Sempre vou te dar.As palavras desconexas foram como pedras pesadas atiradas no coração de Cristiane.Ele não estava lúcido!Aproveitando uma brecha, ela se virou de repente e cravou os dentes com toda a força no ombro dele.O gosto metálico do sangue logo inundou sua boca.Henrique soltou um gemido abafado, mas, em vez de se irritar, deixou escapar um riso sombrio, um sorriso distorcido, excitado pelo próprio sofrimento.— Ha... Minha esposa quer brincar de um jeito diferente?A dor parecia apenas instigá-lo ainda mais, acendendo nele um fervor doentio.Ele voltou a avançar contra ela, um braço prendendo-a por completo, o outro erguendo-lhe o queixo, pronto para tomar-lhe a boca num beijo feroz.— H
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