Depois de terminar de enfaixar um ferimento, ele foi verificar outras partes.— Onde mais dói? — Perguntou com a voz contida.A mente de Cristiane estava enevoada, como se envolta por uma espessa camada de algodão. Seu rosto estava pálido como papel, e ela parecia atordoada.Henrique estendeu a mão, os dedos tremendo levemente, e abotoou um dos botões do casaco dela. A ponta de seus dedos roçou a pele gelada da jovem, fazendo a fúria em seu peito arder ainda mais intensa."Mexeram com ela?Fariam aqueles vermes implorarem pela vida sem encontrá-la, e desejarem a morte sem consegui-la!Esmagaria seus ossos, os reduziria a pó!"Cristiane, exausta, mantinha os olhos fechados, apoiada nos braços dele. Seu corpo inteiro estava sem forças, quase em estado de choque.— Mais rápido! — Rugiu Henrique, apertando-a ainda mais contra o peito.Desde o instante em que a encontrara, seus nervos estavam tensos, incapazes de relaxar por um segundo sequer. Tinha medo de que, se afrouxasse o abraço, ela
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