All Chapters of Adeus, Esposa do Bilionário: Chapter 51 - Chapter 60

— Henrique, o que você decidir, com quem você quiser se assumir, não me importa.A voz dela soava calma, como se relatasse algo que nada tivesse a ver consigo. — Mas, por favor, pense um pouco na saúde do vovô.Henrique arqueou o canto da boca, achando aquilo ridículo.— Cristiane, você realmente se acha minha esposa? Também vai querer, como o vovô, que eu publique alguma nota de esclarecimento?O tom dele carregava uma ironia premeditada.Cristiane o encarava com indiferença. Aquele homem diante dela lhe parecia assustadoramente estranho.— Não é necessário. Eu não tenho a menor intenção de me prender a você. Sei muito bem qual é o meu lugar."Uma pedra que não aqueceu em três anos... Eu não quero mais tentar."— Ótimo. A partir de hoje, os assuntos da família Carvalho não dizem mais respeito a você. Cuide apenas da sua própria vida. — Ele se endireitou, caminhou até ficar frente a frente com ela e a forçou a virar-se. — Amanhã, nove horas da manhã, em frente ao cartório. Não se atras

Na manhã seguinte, no Solar do Mar.A luz do sol atravessava as enormes janelas de vidro, espalhando-se sobre a maciez da cama king size.Henrique abriu os olhos.Sentou-se, esfregou as têmporas. O cansaço ainda era evidente no olhar.Depois do banho, já vestido em um terno preto de corte impecável, desceu pela escada em espiral e parou no centro da sala de estar. Qualquer vestígio de tristeza havia desaparecido sem deixar rastro.No lugar, ressurgia a aura autoritária de sempre: olhar afiado, linha do maxilar tensa, presença marcada por uma frieza que afastava qualquer um.Confiante, altivo, voltara a ser o presidente do Grupo Carvalho, o homem que controlava tudo.Wellington já o aguardava. Ao vê-lo descer, cumprimentou com respeito:— Bom dia, senhor Henrique.Ele apenas inclinou levemente a cabeça em resposta.Seguiu em direção à mesa de jantar, passos longos, firmes, ritmados.Pegou o copo de leite à mão e bebeu dois goles. O líquido gelado escorrendo pela garganta pareceu devolve

Na voz do professor havia lembrança, admiração e até um orgulho difícil de descrever.O mais surpreendente era que aquela garota brilhante era uma aluna júnior do mesmo mestre, apesar da diferença de mais de cinquenta anos entre eles.E o mestre deles, o lendário Rivo, com seus 106 anos, havia decidido acompanhá-la pessoalmente no laboratório, apenas por causa do talento extraordinário que ela possuía.Ninguém conseguia imaginar a cena: um ancião de 106 anos dividindo a bancada com uma garota de vinte.Enquanto isso, ele, o aluno mais velho, não passava de um auxiliar, servindo café e água.O ideal que o mestre não conseguira realizar em toda a vida... Ela o tinha concretizado.Mais tarde, fundou a OnçaTech e montou uma equipe experimental com alguns colegas de confiança.E Alexandre, aquele rapaz persistente, assumiu a gestão da empresa desde o início.Em apenas um ano e meio, a OnçaTech abriu capital na França, alcançando um valor de mercado na casa dos bilhões.— Pensando bem, Rick,

Dentro da caixa de cultivo havia uma muda de planta de aparência incomum, com folhas de um raro tom lilás.— Ele realmente conseguiu encontrar? Que maravilha!Cristiane segurava o objeto como se fosse um tesouro inestimável. Até sua voz tremia de entusiasmo.Henrique observava a cena, e algo dentro dele se retorcia.Em três anos de casamento, jamais vira Cristiane tão viva, tão radiante.A confiança e a entrega que ela demonstrava diante do professor eram como facas atravessando seus olhos.Então desviou o olhar para o outro lado.Alexandre descascava calmamente um camarão, retirando a casca com paciência, e o depositava no prato de Cristiane.Ela, sem sequer olhar quem lhe servia, pegou o camarão e comeu, num gesto natural, como quem já estava acostumada.Logo Alexandre usava a colher de servir para colocar no prato dela alguns dos pratos preferidos.De tempos em tempos, completava o copo de suco que ela esvaziava.Cada gesto era impregnado de intimidade e familiaridade.O peito de He

Já passava das oito da noite quando o carro de Cristiane parou diante dos portões do Solar do Mar.Vitória já a esperava. Assim que viu o veículo dela, entrou logo atrás.Cristiane voltou a pisar naquele lugar que, por um breve período, fora seu.O ar estava impregnado pelo perfume intenso dos lírios.Mas seu coração permanecia gelado.Não havia mais emoção, nem apego.Vitória não disse nada; apenas apertou de leve a mão dela, acompanhando-a até a mansão.A casa inteira estava iluminada, brilhando como uma joia no meio da noite.O mordomo, ao vê-la, correu para recebê-la:— Senhora Cristiane, que surpresa! Vou avisar o senhor Henrique imediatamente.— Aqui trabalha uma empregada chamada Camila? — Perguntou Cristiane, a voz fria como lâmina.— Sim, senhora. Camila está conosco há três anos. — O mordomo respondeu prontamente, lançando um olhar rápido para o lado. — Tragam-na até aqui.Cristiane e Vitória acomodaram-se no sofá. Uma criada trouxe café.Pouco depois, Camila apareceu.Ao dar