Share

Capítulo 3

Penulis: Lorena Neves
Palácio da Longevidade, residência da Imperatriz-Mãe.

Ao ouvir sobre o ocorrido na Casa dos Castelo, a Imperatriz-Mãe manteve uma expressão serena e disse à Dama Judite, que a servia:

— No ano passado, durante meu aniversário, vi aquela Leona Castelo. Ela era muito dócil, e naquela época já achei que não tinha perfil para ser Imperatriz. Mas o ocorrido de hoje foi surpreendente, ela chegou a confrontar publicamente os enviados da Consorte Imperial. Confesso que passei a vê-la com outros olhos agora.

Dama Judite, uma serva pessoal antiga da Imperatriz-Mãe e conhecedora dos jogos de poder no palácio, lhe serviu uma xícara de chá quente enquanto dizia:

— Mesmo que a Imperatriz seja inteligente e corajosa, com o favoritismo que o Imperador tem pela Consorte Imperial, é difícil para ela competir com a dona do Palácio Calistela. Esta noite, acho que a Consorte Imperial provavelmente vai causar alguma confusão.

Judite não pensava da mesma forma que a Imperatriz-Mãe, ela não achava que a Imperatriz teria alguma capacidade real.

A expressão da Imperatriz-Mãe ficou mais séria. Ela falou:

— Você tem razão. Ainda me lembro do dia em que a Wanda entrou no palácio. O Imperador estava prestes a ir para os aposentos dela, mas a Felícia se intrometeu e o chamou para passar a noite lá. Pobre Wanda... Nem mesmo eu, sendo sua tia, pude ajudá-la.

Dama Judite suspirou:

— O Imperador é bem extremo em suas emoções. Desde que a Concubina Imperial Adelina faleceu, nenhuma outra mulher conseguiu dividir o seu mimo com a Consorte Imperial. Temo que esta noite, a Imperatriz tenha de passar sozinha, como tantas outras.

A Imperatriz-Mãe também pensava da mesma forma.

Embora não fosse mãe biológica do Imperador, ela o criou e o conhecia profundamente.

Seu apego era profundo, pois ele canalizava o amor e a culpa que sentia pela Adelina em Felícia, sua substituta.

Se não fosse pelo testamento do falecido Imperador, talvez Felícia já teria tomado o lugar de Imperatriz.

...

Chegou a hora auspiciosa.

Íris vestia um manto nupcial adornado com fios dourados e fênices bordadas, usando uma coroa com pedras verdes. A fênix era uma figura que apenas a Imperatriz tinha o direito de usar, enquanto o dragão era uma figura de uso exclusivo do Imperador.

Atrás dela, a comitiva nupcial se estendia por dez milhas, atravessando um caminho de jade até a grande escadaria imperial de mármore branco, entalhada com dragões em relevo.

A cada dez passos, um tambor era tocado pelos guardas cerimoniais.

Sem enxergar à frente por causa do véu, Íris era guiada pela serva.

Chegando ao topo, fez a reverência cerimonial.

Durante a saudação entre marido e mulher, uma rajada de vento levantou o véu de Íris, revelando o rosto do Imperador diante de seus olhos brevemente. Era um homem de feições suaves, belo e pálido, nada parecido com o demônio violento das lendas.

Íris permaneceu impassível, mas por dentro estranhou.

O homem também olhou para ela, mas apenas por um instante antes de desviar o olhar. Pelo jeito, era um homem de bons modos.

O casamento imperial não era apenas para selar os votos entre marido e mulher. Também incluía homenagens aos ancestrais. Após quatro horas de cerimônia, Íris permanecia firme, mas Flora, sua serva, já não sentia mais as pernas.

Chegando aos aposentos nupciais, com todos os outros se retirando, Flora não se conteve e falou:

— Senhora, o Imperador não parece nem um pouco assustador! Eu pensava que ele teria uma cara feroz e fria o tempo todo.

Sim, a sua senhorita havia se casado, então de agora em diante, ela deveria chamá-la de senhora.

No mesmo instante, uma dama mais velha do palácio entrou, ouvindo o comentário de Flora. Com expressão fria, corrigiu:

— Sua cega! Aquele de hoje era o Príncipe Roy, representando o Imperador!

— O quê? — Flora ficou em choque.

"Como assim? Um casamento imperial ainda pode ser realizado com um substituto?"

Até Íris achou a situação absurda.

Flora correu para perguntar:

— Mas por que o Príncipe Roy representou o Imperador? Onde o Imperador está?

A dama do palácio, arrumando os utensílios do cômodo, respondeu impaciente:

— Hoje é o dia de morte da Concubina Imperial Adelina, o Imperador foi prestar homenagem.

Após essas palavras, ela saiu do cômodo sem dizer mais nada.

Flora ficou atônita, como se tivesse levado um golpe na cabeça.

— Senhora, como... Como ele pôde fazer isso com você?

"Comemoração fúnebre acontece todo ano, mas casamento... Só acontece uma vez na vida! E com o Imperador agindo de forma tão imprudente, ninguém da Corte ousou repreendê-lo?"

Diferente da raivosa Flora, Íris permaneceu serena. Ela nunca buscou o amor do Imperador, se casar foi uma imposição, para proteger a Casa dos Castelo e, em segredo, manter o lugar de Leona... E um dia, se vingar.

Quanto ao comportamento do Imperador em relação a ela, pouco lhe importava.

Íris ordenou:

— O Imperador não vem mais, vamos descansar.

— Sim, senhora.

Mal haviam tirado os adornos de cabeça, um mensageiro apareceu, falando do lado de fora:

— Imperatriz, o Imperador retornou ao palácio, vem para cá em breve.

Íris franziu o cenho e olhou para os acessórios sobre a penteadeira.

"Vou ter que colocar tudo de novo? Esse Imperador... Se já tinha ido à cerimônia fúnebre, por que não ficou lá a noite toda? Voltou a essa hora para quê? Dormiu comigo às pressas?"
Lanjutkan membaca buku ini secara gratis
Pindai kode untuk mengunduh Aplikasi

Bab terbaru

  • A Guerreira Virou Imperatriz: Vinganças e Intrigas   Capítulo 146

    No grande salão, os ministros dos dois países se engajaram em um acalorado debate.Rodrigo falou com convicção:— Imperador de Gretis, Breno matou inúmeros inocentes em Petris. As indenizações visavam acalmar o povo, e fazer Breno pedir desculpas era também para consolar toda Petris e facilitar a aliança e a paz entre nossos reinos. Se Gretis não oferecer nenhuma compensação, mesmo que eu assine o tratado de paz, receio que dezenas de milhares de soldados de Petris não concordem, o povo não aceite, e nem mesmo os espíritos dos mortos descansados!Os ministros de Gretis reagiram na hora:— Em qualquer guerra há perdas, é inevitável! Além disso, os nossos soldados jamais massacraram o povo indefeso de Petris, então que injustiça é essa? Que consolo seria necessário?Rodrigo estreitou os olhos, tocou a barba e respondeu com firmeza:— Quer dizer, então, que não há interesse em negociar a paz?“Muito bem! Se assim fosse, que a guerra continuasse!”, pesnou ele.De qualquer forma, Breno esta

  • A Guerreira Virou Imperatriz: Vinganças e Intrigas   Capítulo 145

    No momento em que Mateus tocou sua máscara, uma agulha de prata pressionou seu peito.Os olhos de Íris estavam frios como gelo.— A curiosidade mata as pessoas. — Disse ela.Mateus apertou levemente os lábios, em seguida, retirou a mão.Ela também recolheu a agulha.Assim, os dois permaneceram em silêncio, sem conflito.Quando o mecanismo se abriu, Jorge viu que o Imperador estava vivo e em segurança, e finalmente respirou aliviado.Mas parecia que ainda era mais seguro capturar aquela assassina. Aproveitando que ela estava enfraquecida, era a chance de acabar com ela!Jorge sacou a espada imediatamente, mas ouviu a ordem do Imperador:— Deixe ela ir....A noite estava profunda.No Palácio da Harmonia, Flora passou os últimos dois dias inquieta, conseguiu relaxar um pouco ao ver a Imperatriz retornar.Mas logo percebeu que a Imperatriz parecia gravemente ferida.— Senhora... — Disse Flora, preocupada.Íris arrastava o corpo debilitado, apoiando uma mão na beira da mesa e segurando a p

  • A Guerreira Virou Imperatriz: Vinganças e Intrigas   Capítulo 144

    Íris caiu sobre aquela cama de jade. O homem que antes estava deitado ali de repente se virou sobre ela. Suas mãos fortes pressionaram seus ombros enquanto ele se inclinava, como um tigre feroz, com o olhar perigoso percorrendo seu corpo, como se quisesse devorar ela.Os olhos de Íris se estreitaram de repente, e ela cravou a última agulha com firmeza.Em seguida, ergueu as mãos, se apoiando no peito dele que avançava sem parar, tomando cuidado para não tocar nas agulhas de prata.Os lábios finos do homem quase roçaram sua face, passando levemente por sua bochecha e o lóbulo da orelha.Sua respiração vinha quente, como uma onda de verão, soprando em seu pescoço.— Mantra da Tranquilidade, eu esqueci... — Ele murmurou.Íris o olhou com frieza, lembrando ele.— Vou falar uma frase, o Imperador repete.Ela se esforçou para recitar algumas palavras, e aos poucos o efeito começou a aparecer. Mateus olhou para ela e a intensidade do seu olhar diminuiu bastante.Ele percebeu o que havia feito

  • A Guerreira Virou Imperatriz: Vinganças e Intrigas   Capítulo 143

    Íris frequentemente se encontrava em situações extremas, mas necessidades básicas nunca eram um problema.Bastava beber pouco e aguentar um pouco, e tudo passava.Mas ela não esperava que o Imperador, acostumado a todo luxo, também conseguisse resistir.Quando a ampulheta marcava a metade do tempo, o homem sentado na cama de jade abriu os olhos de repente, encarando Íris com um olhar afiado.— Por que me olha assim? — Perguntou ele.Ela o olhava, e ele podia sentir.Íris não se intimidou e perguntou sem rodeios:— Vossa Majestade não tem nenhuma necessidade?“Necessidade? Ela pode se atrever a perguntar ainda mais!”, pensou Mateus.Ele não respondeu, seu semblante parecia coberto por uma camada de gelo, e seus olhos profundos transbordavam uma aura ameaçadora.Íris não achou sua pergunta estranha, ela tinha sido bastante delicada, mas a reação dele parecia exagerada.“Comer, beber, ir ao banheiro... São necessidades humanas normais, né? Talvez, por ser Imperador, ele não se veja como u

  • A Guerreira Virou Imperatriz: Vinganças e Intrigas   Capítulo 142

    Mateus já tinha tirado metade da roupa, mas a mulher à sua frente pediu que ele esperasse.“Esperar o quê?”, ele estava confuso.Íris então falou:— Vamos encontrar um lugar onde ninguém nos interrompa. Preciso de dois dias inteiros para eliminar esse veneno de uma só vez.Os olhos de Mateus gelaram.— Você mesma disse antes que forçar a saída do veneno de uma só vez prejudica o corpo do envenenado.Ele desconfiava que ela quisesse sua morte.— Descobri um jeito. — Íris respondeu com calma. — Se não confiar em mim, ponha alguém para vigiar.Mateus fitou os olhos dela. Eram como um lago parado, profundos e impassíveis, mas não havia malícia nem intriga, apenas uma retidão serena.O mais importante era que ela também estava envenenada pelos Pesadelos Dourados. Se ele morresse, ela também não conseguiria o antídoto e acabaria morta.Além disso, Mateus queria se livrar logo daquele veneno. Toda vez que ele se manifestava, o sofrimento era indescritível.Ele não era um apostador, mas tinha

  • A Guerreira Virou Imperatriz: Vinganças e Intrigas   Capítulo 141

    Em menos de um dia, já corria a notícia de que o Imperador tinha ido ao Palácio das Sombras defender a Dama Imperial Felícia.A Imperatriz-Mãe ficou bastante aflita.— Então o Imperador ainda não conseguiu esquecer a Felícia? — Desabafou ela.A Dama Judite também não escondeu a preocupação:— Ouvi dizer que porque a Imperatriz foi ao Palácio das Sombras tirar satisfações com a Dama Imperial Felícia, o Imperador acabou indo até lá. Dizem que ele, na frente de todos, repreendeu duramente a Imperatriz e proibiu que ela voltasse ao Palácio das Sombras. Imperatriz-Mãe, a Dama Imperial Felícia sempre soube usar de artimanhas... Temo que em pouco tempo ela acabe mesmo reconquistando o favor do Imperador.A Imperatriz-Mãe, indignada com a falta de prudência, resmungou:— E a Imperatriz, por que foi se meter com ela? Acabou só dando a chance que a Felícia queria!As outras concubinas, que antes estavam prontas para se aproveitar da queda de Felícia, ao verem a postura do Imperador, trataram log

Bab Lainnya
Jelajahi dan baca novel bagus secara gratis
Akses gratis ke berbagai novel bagus di aplikasi GoodNovel. Unduh buku yang kamu suka dan baca di mana saja & kapan saja.
Baca buku gratis di Aplikasi
Pindai kode untuk membaca di Aplikasi
DMCA.com Protection Status