Desde aquele momento, Zuriel começou a planejar sua vingança contra a família Costa. Glauco perguntou, curioso: — Depois disso, Zuriel tentou machucar ela de novo? Gabriel, com o olhar frio, contou sobre os ataques que ele e Helena sofreram quando Zuriel contratou assassinos e também sobre como Leonidas foi empurrado de um andar alto. Glauco ficou visivelmente chocado. — Ele usou armas pesadas? Isso é o País H! Como esse louco teve coragem? — Ele cuidou para não deixar rastros. A polícia não conseguiu ligar nada diretamente a ele. — Você precisa ter cuidado. O Zuriel é uma fera descontrolada. Se for acuado, ele é capaz de qualquer coisa. — Eu sei. Glauco suspirou e deu um tapinha no ombro de Gabriel. — Terminar foi a decisão certa, mas é uma pena, né? Vocês se amam, mas não podem ficar juntos. Gabriel abaixou os olhos. Um turbilhão de pensamentos invadiu sua mente. “Nos amamos, mas não podemos ficar juntos?” Não! Aquilo era apenas temporário. Assim que resol
Helena manteve o rosto frio enquanto passava por Gabriel e Catherine, sem sequer olhar para eles. Depois que ela se afastou, Catherine cutucou o braço de Gabriel, com um sorriso provocador. — Ei, me diz se isso não é uma coincidência? A Helena no mesmo voo que a gente. Gabriel abaixou os olhos, sem responder. — Nossa, olha essa cara de quem carrega o peso do mundo. Que difícil, hein? — Brincou ela, balançando a cabeça. …Na manhã seguinte, Helena chegou ao campo de golfe acompanhada do diretor do escritório. Ela estava vestida com um conjunto esportivo branco e usava um rabo de cavalo alto. Sua aparência era fresca e cheia de energia, transbordando juventude e beleza. Assim que Vinicius a viu, seus olhos brilharam. O diretor fez as apresentações: — Este é o Sr. Vinicius, presidente da Orion & Co. E esta é Helena, uma das nossas advogadas. Helena sorriu levemente ao cumprimentá-lo: — Muito prazer, Sr. Vinicius. Aquele sorriso discreto fez o coração de Vinicius acel
Naquele dia, Helena recebeu uma ligação do diretor do escritório de advocacia. — Helena, fiquei sabendo que você joga golfe, é verdade? Helena ficou pensando quem poderia ter contado isso a ele, até se lembrar de que, ao preencher a ficha de admissão no trabalho, havia escrito “golfe” na parte de hobbies. — Sim, diretor, eu jogo. Por quê? O diretor riu, com um tom amigável: — Eu estou com um cliente muito importante, o presidente da Orion & Co., Vinicius. Ele é apaixonado por golfe. Combinei com ele um jogo no Royal Golf Club em Cidade B no dia dezoito. Quero que você vá comigo. Helena ponderou por um instante. Ir com o diretor parecia algo tranquilo, sem imprevistos. Então, ela concordou: — Claro, diretor. — Vinicius tem vários casos que ele pode fechar com o nosso escritório. Se conseguirmos convencê-lo, você vai receber 20% de comissão. Helena, eu sei que sua família tem uma ótima condição financeira e esse dinheiro pode não fazer diferença pra você, mas o que import
Na manhã seguinte, Helena abriu os olhos lentamente. A ressaca fazia sua cabeça latejar como se mil martelos estivessem batendo ao mesmo tempo. Ao baixar o olhar, ela percebeu que estava vestindo um pijama limpo. Por um instante, ficou atordoada. Como havia voltado para casa? E quem trocou suas roupas? A última coisa de que se lembrava era de ter ido ao bar com Inês. Elas tinham pedido modelos masculinos, mas depois de algumas bebidas, Helena já estava completamente bêbada. Seus flashes de memória eram confusos, mas havia algo que não saía de sua cabeça: ela tinha visto Gabriel. Ou será que foi só imaginação? Ainda deitada, ela tateou o celular que estava embaixo do travesseiro e ligou para Inês. O telefone tocou duas vezes antes de ser atendido. — Alô? Helena ficou surpresa. — Mateus? Por que é você? Cadê a Inês? Ao ouvir a voz de Helena, Mateus acordou na hora. Ele estava dormindo profundamente, com Inês em seus braços, quando o som do celular o despertou. Meio ator
Júlia deixou Helena em casa em segurança e, antes de partir, deu algumas instruções à empregada Manuela para garantir que ela fosse bem cuidada. Helena, ainda completamente embriagada, estava deitada na cama, murmurando coisas sem sentido. Enquanto isso, Manuela foi até a cozinha para preparar um pouco de água de cana para ajudar a aliviar os efeitos do álcool. O som da campainha ecoou pela casa, fazendo Manuela interromper o que estava fazendo. Quando abriu a porta, ficou surpresa. — Sr. Gabriel, o que o senhor faz aqui a essa hora? — Como ela está? — A Srta. Helena bebeu demais. Eu estava preparando água de cana para ela. Gabriel abriu a carteira, tirou algumas notas de dinheiro e as entregou a Manuela. — Passe a noite fora. Eu cuido dela. Manuela hesitou por um momento, mas acabou aceitando o dinheiro. — Tudo bem, senhor. Espere só um instante enquanto eu arrumo algumas coisas. Ela deu espaço para que Gabriel entrasse. Ele passou pela porta, trazendo consigo o ch
Sentado no canto escuro do bar, Gabriel mantinha os lábios finos cerrados, enquanto seus olhos profundos brilhavam como um abismo sem fim, carregados de emoções que ele não conseguia esconder. A voz de Helena, embargada pela tristeza e pelo álcool, soou em meio ao barulho: — Gabriel, seu covarde. Já que veio até aqui, por que não tem coragem de me enfrentar? Em um canto discreto, longe de olhares curiosos, alguém ergueu o celular e gravou a cena, capturando cada palavra e expressão da jovem. Júlia, que estava ao lado de Helena, sentiu o coração apertar ao vê-la naquele estado. — Helena, você bebeu demais. Vamos embora, descansar um pouco, tá bom? — Disse Júlia, enquanto segurava Helena e a ajudava a sair do bar, abrindo caminho entre a multidão. Dois seguranças da família Barros seguiam de perto, garantindo que elas saíssem com segurança. …Valdir recebeu o vídeo no celular enquanto aguardava pacientemente no canto de uma suíte luxuosa. Zuriel, por sua vez, estava ocupado