Mag-log inAo ouvir aquilo, Isabela imediatamente soltou a mão de Sérgio.— Nada. — Respondeu ela.Sérgio baixou o olhar para ela, vendo ela com aquela expressão de quem tinha levado um susto, e deu uma risadinha.— Vou lá fora falar umas coisas, já volto.Isabela se encolheu na cama e se enterrou debaixo do cobertor:— Nem precisa me explicar.E, sem mais, puxou o cobertor por cima da cabeça.Logo depois, ouviu os passos de Sérgio se afastando.Ela virou a cabeça para a direção da porta.Já era madrugada. Depois de tudo que Sérgio tinha feito, ela queria mesmo era dormir, mas simplesmente não conseguia.Ela já tinha saído para passeios de barco com amigas antes, mas deitar naquele iate lhe deu uma sensação estranha de inquietação. O barco balançava bastante.Não demorou muito para que ela realmente caísse em um sono meio confuso. Não se sabe quanto tempo depois, alguém a tocou no rosto.Ela abriu os olhos meio tonta, sentiu vontade de vomitar e se inclinou para o lado da cama, tentando vomitando
Isabela não conseguiu se segurar. Ela se virou devagar, enfiou a cabeça debaixo do cobertor e se posicionou de frente para assistir à cena, só com os olhos de fora.Assim que ouviu Sérgio falar, ela se encolheu e apertou o cobertor contra o corpo.— Eu não vi nada.Sérgio soltou um resmungo, se levantou e tirou a camisa suja que usava.Deu alguns passos até a cama dela e, sem aviso, arrancou o cobertor de cima da moça.Deitada ali, com os cabelos espalhados no travesseiro branco como algas sobre a areia, Isabela parecia ainda mais delicada.Sérgio se inclinou, segurou o queixo dela com os dedos e disse com um sorriso torto:— Depois de assistir tanto tempo, cobrar o ingresso não é pedir demais, né?— O quê? Eu não tenho nada a ver com isso! — Isabela arregalou os olhos. Ela retrucou, ofendida. — Não fui eu quem mandou ela te provocar!Para ser sincera, na primeira parte daquilo, Isabela realmente pensou que ia assistir a algum tipo de show ao vivo.A garota era bonita, tinha um rostinh
— Sr. Sérgio.Ao ouvir aquela voz, Isabela sentiu um arrepio percorrer a espinha.Era uma voz feminina, doce, mas com um toque inegável de sedução.Nem precisava ser homem para sentir o efeito, até Isabela, mesmo sendo mulher, ficou com a pele formigando.Ela quis se virar para ver quem era, mas temeu que Sérgio a repreendesse. Então, ela conteve a curiosidade e permaneceu quieta, apenas ouvindo.— Sr. Sérgio, você prefere vinho tinto ou conhaque? Ou... Algum outro tipo de bebida?A mulher o encarava com olhos brilhantes, quase como se tivesse escrito “quero conquistar você” na testa.Era o Sérgio, afinal.Se ela realmente conseguisse se aproximar dele, nunca mais precisaria trabalhar como comissária de bordo.Ela confiava muito na própria aparência. Na época da faculdade, ela foi eleita a musa mais bonita da turma.Pensando naquilo, ela endireitou o corpo e projetou o peito discretamente, como se quisesse mostrar suas vantagens.Sérgio, que estava concentrado no notebook à frente, erg
Isabela fez uma pausa e se virou, saindo do quarto.Luciano provavelmente já tinha voltado para o quarto dele, a sala estava vazia.Quando ela se preparava para sair, Laura a segurou pelo braço:— Senhorita, já está escuro lá fora. Tem gente má andando por aí, para onde você vai?“Lá fora realmente tem perigo”, pensou Isabela consigo mesma.Mas ela não podia ficar.Isabela deu um leve sorriso e disse:— Preciso resolver uma coisa.Assim que disse, ela passou por Laura, indo direto para a porta.Quando saiu da casa, viu Sérgio não muito longe, encostado no carro e fumando.A luz amarelada do poste tornava impossível ver claramente sua expressão.— Não é como se fosse um caso escondido. — Murmurou ele.— Veio me procurar por quê? — Perguntou ela.Ao falar, Isabela não resistiu e lançou um olhar em direção à mansão da família Santiago. Era perto demais.Se Luciano a visse, certamente daria problema de novo.Sérgio percebeu o gesto e soltou uma risadinha de desdém:— Está com medo de quê?
Isabela olhou para Luciano com um olhar provocador.O problema com Naomi já estava resolvido, mas ela voltou porque queria ficar de olho em Luciano.Havia outra questão. Era sobre os pertences que a mãe dela tinha deixado com Luciano na época em que faleceu, já estava na hora de passarem para suas mãos.Ela pegou um pouco de comida com o garfo, com movimentos lentos e elegante.— Pai, meu aniversário está chegando em poucos meses.Luciano lançou um olhar rápido a ela e disse:— E daí?Isabela respondeu, com um sorriso leve:— Então... Aqueles pertences que a mamãe deixou com você quando morreu, não acha que já está na hora de me entregar?Ao ouvir aquilo, Luciano bateu o garfo na mesa com força.Devido à força, o prato saltou e caiu no chão, se quebrando em vários pedaços.Isabela arqueou uma sobrancelha.Ela sabia que Luciano ficaria irritado ao ouvir suas palavras, mas não esperava que fosse tanto.— Como assim, você quer os pertences da sua mãe só porque acha que eu, como pai, ia me
— Alô. — Wellington falou com voz preguiçosa, ainda meio irritado por ter sido acordado de um sonho bom.Isabela hesitou por um instante, mas não se fez de rogada e foi direta ao ponto:— Me ajude a checar um lugar.— Que lugar?— Vou te mandar pelo celular.Ela abriu o aplicativo de mensagens e enviou para Wellington a foto que tinha acabado de tirar dos documenos de Bryan.Wellington olhou a foto e respondeu direto:— Esse lugar não fica em Juazeiro.— Como você sabe?Isabela ficou um pouco surpresa, não esperava que Wellington falasse com tanta certeza.Na foto, Hanna estava em uma boate. Parecia que não tinha ido para se divertir, mas para trabalhar.A roupa era tão reveladora quanto possível, e ela se encostava em um homem mais velho sorrindo de forma forçada.Era algo que até Isabela sentiu nojo ao ver.Se não fosse algo realmente chocante, ela não teria reagido daquela forma.Wellington se virou na cama e murmurou:— Você sabe quem eu sou, né? Em Juazeiro, não tem uma boate que







